Capítulo vinte e cinco.

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Eram exatamente nove horas da manhã quando Victor entrou no café da Cloe, ao fundo uma mulher morena com um sorriso falso no rosto esperava por ele.

- Bom dia Victor, estava ansiosa pelo nosso encontro. Já pensei em todos os detalhes da despedida...

- Cala essa boca Jennifer! Não vai ter despedida nenhuma com você! Eu quero saber o que significa isso! - ele cuspiu as palavras, colocando o desenho sujo de sangue em cima da mesa.

- Nossa como você anda nervosinho, sua namorada não tem feito o serviço direito? Eu posso te ajudar com isso se quiser. - a voz enjoada dela deixava Victor cada vez mais impaciente.

- Ela não faz serviço nenhum! É minha namorada, não minha prostituta. Agora me diga o que significa isso, ou eu juro que te faço engolir esse maldito desenho. - a voz de Victor estava assustadoramente calma ao terminar de falar.

- E como eu vou saber? Não faço a mínima ideia. - respondeu com uma voz sínica.

- Não se faça de idiota. Eu sei muito bem que estava lá, um dos meus funcionários te viu. Então é bom começar a falar ou se não irá se arrepender.

Os olhos de Jennifer se arregalaram a entregando na mesma hora, nesse momento Victor teve certeza absoluta de que ela era a responsável por tudo aquilo.

- Eu fui lá sim, mas estava atrás de Rodolfo, no começo pensei que ele estava na sua antiga sala. Mas só depois de entrar lá, vi que você a ocupava agora pois eram suas coisas que estavam lá. Então fui até a outra sala e quando passei pela sala da secretária, dei de cara com aquele vestido ridículo. Aí resolvi dar um susto na noiva e manchei ele com sangue. - ela sorriu por um breve momento ao se lembrar de algo - Então a patética da sua namorada saiu do elevador. Quando ela entrou na sua sala eu me escondi. Depois quando ela pegou o desenho e começou a passar mal, minha vontade era de rir. - Ela soltou um gargalhada e depois de ver o olhar gelado de Victor continuou.

- Depois que ela desmaiou eu saí. O recado não era bem para ela, mas a bobinha é tão frágil que não pode ver um pouco de sangue e já desmaia. Era para ela levar o desenho para a noiva. Não desmaiar como uma garotinha assustada.

- Renata não é uma garotinha assustada! E como você conseguiu este sangue?

- Contatos meu amor, todo mundo tem seus contatos. Tenho um conhecido que trabalha em um laboratório, arranjar um pouco de sangue para assustar uma noiva foi fácil. Pena que a amiguinha estragou tudo.

Os olhos de Victor ficaram fixos em Jeniffer, sem perceber seu punho se fechou e as veias de seu pescoço começaram a dilatar. Seu maxilar ficou tenso e com um auto controle que nem mesmo ele sabia de onde vinha, disse com a voz assustadoramente baixa e sem emoção.

- Fique longe da minha namorada!

Dito isso ele se levantou e antes de sair escutou ela dizer.

- Como você consegue Victor?

- Consigo o que? - ele se virou novamente, elevando o tom da sua voz.

- Dormir com ela na mesma cama que dormia com Jasmine? Você não se sente mal com isso? Você está traindo ela na cama onde faziam amor. Na mesma cama onde você fez amor com ela pela primeira vez...

- Cala boca! - ele gritou chamando a atenção dos outros clientes.

- Calar a boca? Dói né, ver o quanto você está traindo a mulher que dizia amar. Seu casamento não passou de uma mentira, se você amasse Jasmine de verdade jamais, a trairia deste jeito, jamais levaria uma mulher para a cama que era dela. Para o quarto que ela decorou, para o apartamento que ela te ajudou a esco...

Liberta-me  (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora