Capítulo sete.

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Renata entrou no AP e foi direto para seu quarto, arrancou aquele vestido do corpo e deitou-se na cama, abraçou seu travesseiro, e chorou, chorou com vontade, não sabia ao certo por que estava chorando, se era pela dor no pulso que agora incomodava, se era por ter sido ignorada, ou por ter medo de estar se apaixonando por um homem que parecia inacessível mesmo quando estava a desejando.

Queria respostas a todas as suas perguntas, queria saber por que ele a tratava bem em um momento e no outro a ignorava. Queria saber por que ele dera o vestido a ela se aquilo ia lhe magoar. Queria saber por que ele ignorava aquela forte atração que tinha quando estavam no mesmo cômodo. Queria saber por que estava ali agora pensando nele.
Como alguém com quem nem havia dormido, estava mexendo tanto com seus sentimentos? Como? Por quê?
Com essas perguntas adormeceu.

Victor estava voltando para casa com várias perguntas na cabeça. Queria entender tudo que passava em sua mente, como conseguia desejar uma mulher e ao mesmo tempo ignora lá, não queria isso, queria ter almoçado com ela, e depois à levado para seu quarto e feito amor com ela até seus corpos não aguentarem mais. Amor? Quando essa palavra passou por sua cabeça, ele a balançou em negativa. Já tinha amado uma vez e seria impossível amar outra mulher. Victor não era santo, depois que sua esposa morreu ele se envolveu com outras mulheres claro, mas foi apenas sexo, nenhuma sequer ele levou para casa, algumas delas foi mais de uma transa, mas apenas isso. Mas aquela feiticeira estava mexendo com ele, quando ele a via, sentia um tesão incontrolável, uma vontade louca de agarrar sua nuca e beijar sua boca como aquela noite no carro. Tinha tanta vontade de não deixa lá para trás, mas ao mesmo tempo que sentia essa vontade louca de se entregar aquela mulher, tinha a impressão de Jasmine estar observando tudo aquilo, tinha jurado ama lá e respeita lá todos os dias de sua vida, e agora ele estava ali pensando em outra mulher, a querendo mais que tudo. Victor não podia quebrar aquele juramento que fizera a esposa ele sabia disso, e era isso que ele iria fazer.

Domingo o dia amanheceu chuvoso Victor resolveu passar o dia inteiro dentro de casa não estava com ânimo para nada, estava se sentindo um caco, mal dormira a noite, passou a maior parte dela tentando eliminar aquele perfume de rosas do seu quarto, a feiticeira tinha deixado seu par de meias no quarto dele, eram as meias mais cheirosas que ele já tinha visto. Passou horas com elas nas mãos, apertando cheirando, lembrando, o gosto do seu beijo, sua língua. Aquela mulher seria difícil de esquecer, Victor estava decidido a deixa lá para trás, mas era difícil de mais não pensar nela. Seu pau parecia ganhar vida própria nos últimos dias, era só se lembrar do perfume dela que ele logo se levantava, Victor chegou a acordar algumas vezes depois de sonhos com a feiticeira todo gozado. Ele mais parecia um garotinho de doze anos pensando e sonhando com as garotas do colegial. Essa mulher estava deixando ele louco.
Largou as meias de lado e foi para a cozinha preparar um café da manhã, de preferência ovos e bacon, assim aquele cheiro de comida, esconderia o perfume de rosas da feiticeira.

Naquele domingo chuvoso Renata levantou cedo, tomou um banho demorado e foi para cozinha preparar o café da manhã, fez bolinho de chuva para combinar com o tempo. A porta da sala se abriu.

- Nossa que cheiro bom! -Disse Melissa entrando, logo atrás dela estava Rodolfo.

- Está bom mesmo.

- Bom dia casal, que bom que resolveram dar sinal de vida!
- a voz de Flávia vinha pelo corredor. - Eu estava preocupada, Melissa

- Estou bem irmãzinha! -
Melissa era só sorrisos, pelo jeito nosso patrão Deus grego abrasileirado dois estava tratando nossa amiga bem.

- O café está pronto! - falei e fui logo me servindo de uma caneca enorme.

Durante o café da manhã Melissa e Rodolfo não paravam de trocar carinhos, pareciam um casal de adolescentes apaixonados, Rodolfo estava tratando minha amiga bem, e isto me deixou feliz, tudo que eu mais desejava para minhas amigas era que fossem felizes.

- Renata o Rodolfo tem um convite para você! - Melissa falou toda empolgada.

- Para mim?- perguntei desconfiada, qual seria esse convite? Por mais que eu me esforçasse, nada passava pela minha cabeça.

- Como você já sabe Judith minha secretária já esta na idade de se aposentar,- foi logo falando Rodolfo- com isso vou precisar de uma nova secretária. Chamei Melissa mas ela me disse que não tem nada a ver com ela, a ela me indicou você. Gostaria de subir de cargo? De assistente para secretária executiva?

- Nossa eu vou adorar, um salto e tanto principalmente no meu curso, assim não me preocupo com os estágios. Eu só preciso de um tempo para avisar Vera, e ajuda lá a se organizar.

- Eu disse que ela iria aceitar, eu aceitaria mas tenho planos para minha carreira. - Melissa estava confiante.

- Então está decidido! Você começa na semana que vem! Vou conversar com o RH, uma semana é tempo suficiente para você deixar tudo organizado com Vera. Também vou pedir a Judith que adiante algumas coisas para você.

- Nossa senhor Rodolfo muito obrigada, estou muito feliz. - disse isso e corri dar uma abraço em minha amiga, - mas mudando de assunto você me deixou curiosa, que planos são esses para sua carreira?

- Rodolfo conversou com um amigo dele que é um dos sócios de uma emissora de TV, e conseguiu um cargo de repórter junior para mim. Começo na outra semana.

Minha amiga era só felicidade, jornalismo era tudo que Melissa mais queria desde que morávamos no abrigo, ela sempre brincava de repórter adorava entrevistar os bichos de pelúcia e as bonecas. Ver o sonho dela se realizando mexeu comigo e com Flávia também que não se aguentou e se juntou ao nosso abraço entre lágrimas, não foi preciso dizer nem uma palavra, estávamos as três muito felizes. Rodolfo até saiu de perto acho que uma lágrima escorreu de seu olho esquerdo, mas ele não queria que víssemos, essa mania dos homens serem durões.

Depois das lágrimas e do café conversamos mais um pouco. Melissa era só empolgação e confesso que eu também. Uma hora depois os pombinhos foram para o quarto de Melissa, e eu e Flávia lavamos a louça e fomos assistir um pouco de televisão, mas acabei cochilando e me mudando para o meu quarto. Passei o resto do dia lá dormindo, estudando, lendo, e lembrando das mãos de Victor no meu corpo, seus beijos, como queria estar deitada em sua cama agora sendo explorada por aquelas mãos, pela sua boca. Esse homem estava me deixando louca.

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Uma promoção sempre é bem vinda.

Quem será que vai servir o cafezinho para Victor agora?

Quem quiser ocupar o cargo, deixa sua estrelinha.

Hahaha


Liberta-me  (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora