No control

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Eu estou totalmente perdida, para não dizer outra palavra feia. Era uma maravilha sentir a boca de Harry na minha, suas mãos passeando pelo meu corpo, seu cheiro entorpecedor e, enfim, não tinha do que reclamar. Tenho certeza que um milhão de garotas no planeta já imaginou como seria beijá-lo e garanto que pelo menos uns noventa por cento delas estão certas. Como ele mesmo me disse, eu precisava relaxar e deixar minha preocupação em stand by pelo menos um pouco.

Tudo estava indo muito bem e eu não precisava pensar em depois, em quando ele fosse embora do Colorado. Certo? Só precisava me concentrar nas mãos dele, deixando um rastro de calor por onde passavam. Aquelas mãos subindo pelas minhas coxas, pelo quadril e indo parar embaixo da minha blusa e... Opa!

- Harry, Harry! - chamei, me desvencilhando dele e pulando de cima da pia, com o coração na boca.

- O que foi? - perguntou ele, desnorteado.

- Eu... - você o quê Gen? Santo Cristo... - Eu preciso mesmo ir. E... Você também!

- Minha nossa! - disse ele, rindo e se curvando de encontro a pia. - Pensei que tinha morrido alguém!

- Des... Digo, a gente não pode continuar aqui. Vão nos achar ou pior.

Pior para mim na verdade, que podia perder o trabalho e ainda ouvir muito do meu pai. A verdade é que isso era o de menos, o que importava mesmo é que eu tinha bom senso e principalmente uma virgindade a zelar! Tá, foda-se que ele é o Harry Styles, em certo ponto, ainda não tô pronta para ficar com alguém desse jeito e depois correr o risco de nunca mais ver a pessoa. Principalmente ele sendo essa pessoa. Qual é, o cara não usou nem metade do seu charme comigo e eu já estava caidinha por ele. Uma coisa eu posso afirmar: não está sendo fácil. Queria chorar agora.

- O que foi? - perguntou ele, segurando meu queixo e me fazendo olhar para ele. - Ficou tão pensativa de repente.

- Nada.

- Nada?

- Coisas, Harry, coisas. - fui até a pia e lavei o rosto, tentando colocar as ideias no lugar.

- Alguma coisa em que eu possa ajudar? - sussurrou ele, se aproximando de mim pelas costas e dando um beijo no meu pescoço.

- Não! - respondi, me virando de uma só vez. Má ideia.

- Que tal um banho? Ajuda a relaxar... Você tá tão tensa...

- De jeito nenhum! Tome banho você! Eu... - ele tinha uma forma muito eficiente de me fazer calar a boca. Segurou minhas mãos na base de suas costas e me beijou devagar dessa vez.

- Tem certeza, Gen? - essa voz rouca e esse peito colado no meu já eram golpe baixo. Por favor!

- E-eu...

- Tem alguém aí? - gritou uma voz feminina, batendo na porta em seguida. - Hazz? Você tá aí?

Ah meu pai, era ela, de novo. Por uma fração de segundo eu fiquei feliz por ela existir.

- Responde! - sussurrei para ele, que estava achando muito engraçada aquela situação toda.

- Já vou!

- Mas que droga! - resmunguei, esfregando o rosto.

- Está triste por que fomos interrompidos Gen?

- Não! Sim! Ah...

Então ele me abraçou e beijou minha testa. Não um abraço quente e apaixonado com os últimos, mas um abraço terno e carinhoso, como quem diz: "fique tranquila, vai dar tudo certo". E eu simplesmente me deixei levar.

I Swear I'll BehaveOnde histórias criam vida. Descubra agora