Never in your wildest dreams

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Harry

Ainda era muito difícil entender Hannah. Uma hora parecia tudo perfeito entre nós e na outra ela estava distante e aparentemente com medo de alguma coisa que eu não conseguia decifrar. Queria poder conversar e descobrir suas razões, mas ela sempre me distraía com seus beijos e carinhos. Impossível ignorar isso.

Agora estávamos no sofá da sala, nos pegando feito dois adolescentes cheios de hormônios que éramos. Até ela se assustar com um trovão e me empurrar, fazendo nós dois cairmos no chão com um estrondo.

— Puta que pariu!

— Gen!

— Desculpa, mas doeu! Acho que bati meu cotovelo no chão. - choramingou ela, deitando a cabeça no meu peito.

— Pelo menos você caiu em cima de mim. - acho que eu ia ganhar um hematoma em algum lugar mais tarde, mas pelo menos ela não se machucou. Muito.

— É verdade. Obrigada. - ela levantou a cabeça e me deu um beijo. Na mesma hora ouvimos uma porta abrir no andar de cima. Ela me olhou em pânico e eu a segurei, para que ficasse onde estava.

— Espera, se ele descer não vai dar para nos ver das escadas.

— Mas...

— Shhh... Confia em mim, Gen. - ela apenas assentiu e voltou a deitar a cabeça em meu peito. Sentia seu coração acelerado junto ao meu, enquanto a abraçava. Acho que depois dessa, nossos beijos e nossas conversas teriam que ficar para amanhã.
Minutos depois, a porta foi aberta e fechada novamente. Acho que seu pai só precisou ir ao banheiro do andar de cima mesmo. Passei a mão pelos cabelos de Gen e levantei a cabeça para espiar sua falta de movimento. Ela estava dormindo. Linda e tranquilamente.
Queria poder não acordá-la, mas acho que seu pai não aprovaria essa cena em plena luz do dia quando se levantasse e nos encontrasse ali. Me levantei com cuidado e a segurei nos braços.

— Harry?

— Shhh. Estou te levando para a cama, ok?

— Certo. - ela aninhou a cabeça em meu pescoço e eu subi as escadas com ela no colo. Coloquei-a na cama e cobri. Beijei seu rosto, a observei por alguns segundos e saí do quarto.

Tinha sido uma noite agitada, a primeira de muitas, eu espero. Não exatamente como planejei, mas acredito que chegaríamos lá em breve. Ela só precisava confiar mais em mim e permitir que eu a fizesse feliz. Por ora, tudo que eu podia fazer era me deitar e dormir. Amanhã seria outro dia. Ou melhor, outra noite.

***

Acho que nunca mais na vida tinha dormido tanto quanto essa noite. Quando acordei já passava das 10h00m e Gen tinha me deixado um bilhete. Só dizia: "Tem café pronto, daqui a pouco papai estará de volta". Acho que por este motivo ela não tinha sido mais carinhosa no recado.

Havia também uma mensagem sua em um post it colado no meu celular: "Bom dia, querido Hazz. Espero que tenha dormido bem. Saudades. 99077-8899". Acho que esse era um aviso para eu entrar em contato com ela. Adicionei seu número à minha agendas e coloquei uma das fotos que tirei na sua cozinha no dia anterior, enquanto ela fazia o macarrão. Depois mandei uma mensagem para ela.

Harry: Bom dia baby. Senti sua falta aqui do meu lado.

Como ela não respondeu imediatamente, acabei cochilando mais um pouco. Quase meia hora mais tarde acordei com o toque do celular.

— Fala.

— Cara! O que aconteceu com você? O que você ainda tá fazendo aí na América? – Louis sabia mesmo como acordar alguém.

I Swear I'll BehaveOnde histórias criam vida. Descubra agora