A situação parecia ficar cada vez pior. Os poucos convidados que estavam próximo à piscina, logo estavam aglomerados em volta dela. Assim como os que estavam dentro da casa e agora saíam para ver o que era aquela agitação do lado de fora. Tudo aconteceu muito rápido e saiu de controle de uma forma que eu mal podia imaginar. Não queria ficar igual uma louca gritando por Harry, mas a segunda opção parecia bem pior. Chamar o meu pai. Que a qualquer minuto chegaria ali.
Enfim, como atitudes idiotas e impensadas são o meu ponto forte, fiz o que tinha de fazer. Tirei os sapatos e pulei atrás dele. Bastou um minuto para Harry perceber onde eu estava e largar daquela briga estúpida. Ele não só, não ia querer que eu me machucasse, como também não ficaria nada feliz com as pessoas me vendo com o vestido molhado e colado ao corpo. Ele deu um impulso para trás e se afastou de Dom, vindo em minha direção.
— Você está maluca! – gritou ele. E não foi uma pergunta. – Anda, vamos sair daqui logo. Antes que eu acabe com esse babaca!
Em reposta, eu apenas cuspi uma quantidade considerável de água e me apoiei nele.
— Isso ainda não acabou! – gritou Dom, às nossas costas. – Ela vai ficar comigo de novo e você vai ver!
Harry parou no lugar onde estava, a poucos centímetros da escada e olhou para trás. Eu apertei o braço dele, impedindo que se afastasse, mesmo estando indignada com o que aquele cretino estava dizendo. Eu não fiquei com ele!
— Ela nunca vai ficar com você seu filho da puta!
Agora, imagina a minha surpresa ouvindo ele xingar pela primeira vez. Por minha causa. Deus que me perdoe por fazer aquele garoto pecar!
— Vamos logo, Hazz. – falei, puxando o braço dele novamente.
Subimos a escada da piscina e nos encaminhamos depressa para a porta dos fundos. De jeito nenhum que eu ia passar por dentro da casa, pingando daquele jeito, e correndo o risco de ser barrada pelo meu pai. Lá fora, demos a volta e logo estávamos na rua principal. Harry caminhava a passos largos e eu correndo atrás dele, mal conseguia acompanhar. Mesmo correndo o risco de pisar em qualquer coisa e esfolar o pé, ainda assim era melhor andar descalça do que tentar correr com aquele salto.
Paramos diante de um carro e ele abriu a porta pra mim.
— Entra.
Demorei um segundo para reconhecer o carro e o motorista ao volante. Era Scott, o segurança que me ajudara outro dia a encontrar o quarto de Niall, e o carro ainda era aquele alugado por Harry quando chegou aqui. Eu só não sabia o que ele estava fazendo aqui.
Entrei no banco de trás e Harry veio em seguida. Sentou do meu lado e pediu para Scott seguir para o hotel. Que hotel? Surpresa: eu também não sabia. Tudo que eu sabia era que o momento estava crítico demais para o meu gosto e até agora nenhum de nós tinha dito uma palavra a respeito. Observei quando ele tirou a camisa ensopada e a torceu, pela janela do carro.— Para onde estamos indo? – tá, eu ouvi, para o hotel seja lá qual for, mas precisava falar alguma coisa.
— Hannah... – ah meu pai... Só falta ele achar que aquela situação foi culpa minha. – Eu tenho que te levar pra casa, eu sei. Mas agora... Eu preciso que você fique comigo. Tudo bem?
— Sim. – o que mais eu poderia responder? Ele finalmente estava olhando pra mim. Não só olhando, havia uma intensidade, uma energia diferente, que não estava ali antes. E eu simplesmente estava presa aquele olhar e tudo que ele pedisse.
Chegamos a um hotel perto do centro da cidade. Saímos do carro e Scott permaneceu lá. Harry segurou minha mão com firmeza e entramos. O lugar era simples, porém bem organizado e as paredes claras davam impressão de que era novo em folha. Mesmo com a placa da recepção informando que estavam ativos há uns quinze anos. Fomos até o elevador e ele apertou o botão que levava ao oitavo andar.
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I Swear I'll Behave
FanfictionEnquanto meu pai conta os minutos para eu passar no vestibular e ser alguém na vida, eu conto os segundos para poder ir ao último show do One Direction antes do fim da banda. Não era só a vida dos meninos que mudaria depois daquele show, mas eu não...