Half a heart

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Harry

Não consegui parar de pensar que o motivo pelo qual ela estava me evitando, era por eu ter sido duro demais em relação à sua amizade com Niall. Afinal, se ele estava afim da minha garota, o problema era dele e não dela. No entanto, quando resolvi ir até lá e o pai dela quis saber por qual motivo ela estava tão triste, tive certeza de que havia algo mais.

Ele disse que ela não poderia me ver agora, mas usou um "quem sabe mais tarde" não muito convincente. Esperei até que ele saísse, sem ela, e fiquei do lado de fora tentando pensar em algo ou esperando que ela resolvesse aparecer. Duas horas mais tarde, dei uma volta de carro pelo quarteirão e retornei à casa de Gen.
Ela não queria me ver, mas se ela estava mal eu precisava fazer alguma coisa. Nem que tivesse de escalar o telhado dela!

Dei à volta na casa pelos fundos e me deparei com a expressão assustada dela ao encontrar meu olhar pela janela da cozinha. Quer dizer, primeiro ela parecia assustada e depois meio feliz e triste por me ver. Eu não ia permitir que ela ficasse assim, não enquanto eu estivesse ali.

Fiz sinal pra que ela abrisse a porta e sequer lhe dei tempo de respirar quando nos encontramos cara a cara. Eu a puxei pra perto de mim e a beijei como se estivéssemos nos vendo pela primeira vez. Talvez assim ela se lembrasse de como é estar comigo e esquecesse qualquer bobagem que a estivesse atormentando até agora.

Só a deixei se afastar quando estávamos ambos sem fôlego. Ainda assim, continuei envolvendo-a em meus braços, percorri os lábios devagar pelo contorno do seu rosto, cobrindo-a de beijos do maxilar ao pescoço. Até ela resolver me interromper.

— Harry... – sua voz parecia séria e preocupada. Nem um pouco da reação que eu esperava ao encontrá-la.

— Gen, está tudo bem, eu tô aqui agora e... – falei, tentando mantê-la perto, mas ela baixou as mãos ao longo do corpo e se afastou exasperada.

— Não, Harry! Não está tudo bem! – ela caminhou na direção da bancada da pia e apoiou as mãos, de costas pra mim.

— O que foi Gen? – fui até ela e coloquei as mãos em seus ombros, numa tentativa de acalmá-la. – Não queria que você ficasse chateada, aquilo tudo foi... Eu só estava... Chateado, ok?

— Harry... Não é isso. E-eu...

— Não há nada... – eu a virei de frente pra mim e tomei seu rosto com as mãos, uma de cada lado. – Nada que não possamos resolver juntos.

Ela abriu a boca pra dizer algo e hesitou, olhando pra mim, como se fosse chorar enquanto seu lábio inferior tremia ligeiramente.

— E-eu beijei o Niall. – ela disse aquilo de uma só vez, como se fossem suas últimas palavras e piscou com força, como se não acreditasse que aquilo tinha saído de sua boca. Então, se afastou de mim uma vez mais, quando eu a interrompi, segurando seu braço.

— Espera! – ela olhou pra minha mão apertando seu braço com força e eu imediatamente a soltei. – O que você está dizendo?

— Por favor, não me faça repetir. – pediu, cruzando os braços ao redor do corpo e encarando o chão.

— Como não Hannah? – eu queria não estar gritando, mas não consegui, nem mesmo quando ela estremeceu ao ouvir minha voz cortante e incisiva tão perto. – Você me diz uma porra escrota dessas e espera que eu faça o quê? Te dê os parabéns pela honestidade?

— Não, eu...

— Como? Quando foi que isso aconteceu? – minha cabeça estava a mil por hora, com imagens dela e Niall sorrindo, juntos, e próximos como naquela foto que circulou pela internet. – Eu preciso saber, Hannah.

I Swear I'll BehaveOnde histórias criam vida. Descubra agora