Last first kiss

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— Pai! Chega! – como eu disse, a responsabilidade de consertar aquela merda ainda era minha, mas eu precisava agir de forma adulta pelo menos uma vez. – Tá bom?

— Hannah, você não sabe o que...

— Sei sim, pai. Fui eu quem inventou essa história de primo.

— Você o quê?

— Sim, eu inventei essa história. Eu menti. Agora, temos que resolver isso entre nós dois. O Harry não tem nada a ver com isso.

— Não é o que me parece. – meu pai estava à beira de um colapso nervoso. Acho que ele só não saiu mais do lugar por não saber o que fazer, colocar Harry ou eu pra fora de casa. Talvez.

— O Harry vai embora e nós vamos resolver isso, sozinhos. – essa era a parte que mais me doía.

— Gen! – protestou Harry. – Eu não vou te deixar aqui sozinha!

— Ela não está sozinha garoto!

— Pai! – olhei pra ele séria. Já estava difícil o bastante segurar o choro e ele não estava ajudando. – Harry, a casa é dele. E não acho que ele queira você aqui e eu... Quero que você se sinta bem onde estiver. Comigo.

— Gen, eu quero ficar do seu lado. O que acabamos de falar...

— Eu sei, Harry. – sorri pra ele, mas deixei uma lágrima escapar. Ele a limpou com o polegar. – Mas, você mesmo disse que não começamos isso do jeito certo. Eu preciso consertar algumas coisas e preciso da sua ajuda também. Só que não desse jeito.

— Certo. – disse ele, relutante. – Eu vou sair, porque você pediu e eu entendo o que disse. Não sou tão bem vindo aqui.

Ele olhou para o meu pai, que estava de braços cruzados, esperando aquela cena acabar como se fosse o final de uma novela mexicana barata. E obviamente não fez nenhuma objeção à sua partida.

— Vou pegar minhas coisas no quarto. – disse ele, me deixando sozinha na sala com meu pai.

— Estou muito decepcionado com você Hannah.

— Pai, por favor. Eu sei que não tenho direito de pedir nada, mas, só me dá um minuto. – respirei fundo e abracei o corpo, sentindo um frio repentino. – Por favor.

Diante do silêncio dele, entendi que tinha permissão. Saí dali e fui atrás de Harry, que já puxava sua mala pelo corredor. Me atirei nos braços dele e deixei saírem as lágrimas que tanto me esforcei para segurar.

— Hey. Você sabe que isso não é um adeus. – balancei a cabeça concordando, enquanto molhava a camisa dele com meu choro descontrolado. – Olha aqui pra mim.

Entre lágrimas e soluços, tentei me concentrar nas palavras dele.

— Eu amo você. Não vou te deixar escapar tão fácil. – chorei ainda mais por saber disso. – Vou fazer o que eu puder para ficarmos juntos, de verdade, logo.

— Harry...

— Você quer casar? Podemos ir e casar agora!

— Não seja bobo! – só ele pra me fazer rir numa hora dessas.

— Você não quer casar comigo? – que pergunta!

— A gente nem está namorando ainda. – ressaltei, enxugando os olhos com as costas das mãos.

— Eu amar você não resolve isso?

— Nem vou te responder isso.

— Tudo bem, cuido disso em breve.

I Swear I'll BehaveOnde histórias criam vida. Descubra agora