One direction, one week

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- Mas pai... - resmunguei pela quarta vez, quando a história de que eu tinha enjoo em alto mar não colou.

- Hannie, aquilo está mais para um lago do que para mar. Além do mais, se tem algum motivo real para você não querer trabalhar no barco com Eddie - disse meu pai, me olhando sério. - Você tem que me dizer, do contrário, estamos acertados.

Revirei os olhos para ele e saí da sala, subindo as escadas correndo, dois degraus de cada vez. Me joguei na cama e olhei para a foto do Harry no meu celular fazendo bico.

- O que vai ser de nós agora baby? - e mais uma vez eu falando sozinha, feito uma louca.

Hoje era domingo, meu último dia para pré-férias e última chance de convencer meu pai a não trabalhar durante elas. Faltava menos de uma semana para o show, que já seria no sábado e eu não tinha mais ideias criativas. Tentei parecer doente, com o pé quebrado, preocupada com os estudos, com medo de gente nova, fobia de sol, mas nada abalou a proposta incrível de um lindo e cativante trabalho de verão. Tentei de tudo, menos a verdade, pois no fundo eu sabia que se dissesse ao meu pai aí é que minhas chances de ir ao show cairiam para menos que zero.

Não por ele não gostar dos menino, que na verdade ele mal conhecia, mas sim por achar que meninos: sejam em carne e osso ou a quilômetros de distância, atrapalham minhas chances de um futuro digno e promissor. Maluquices dele.

Mandei outra mensagem para Rachel, intimando e avisando que se ela fosse viajar sem vir me ver acabaria com a vida dela.

Eu: "Cadê vc mulher?! Tô surtando aqui!"

Rach: "Calmaaa! Miga sua loka... já disse, fala logo pro tio Lou..."

Eu: "Já não falei p vc vir aqui hj?"

Rach: "Take it easy q eu tenho uma vida p cuidar! Kkk tô indo uu"

Eu: bjs

Rach: bj amor

Finalmente. Quem sabe Rachel vindo aqui eu de repente teria uma ideia brilhante para salvar minha vida, meu show e minhas férias. Se eu pudesse adiar aquele trabalho em uma semana, seria perfeito. Quem liga em trabalhar depois de estar na presença daquela perfeição em forma de homem? Eu não.

No momento, minhas opções eram: trabalhar de quinta à domingo no tal barco no Ridgway State Park e correr feito louca para o show, sozinha, de carona, em uma viagem de cinco horas até Denver. Logo, impossível.

- Eu quero morrer! - gemi, batendo os braços na cama.

- Ainda está cedo para isso e Rachel já chegou. - disse meu pai, colocando a cabeça para dentro do quarto.

Apenas levantei a cabeça e olhei feio para ele.

- Não culpe o mensageiro! - e saiu dali, dando espaço para Rachel entrar.

- Rach... - choraminguei, pulando em cima dela.

- Gen, você precisa parar com isso. Já te disse há dias e, te dei uma solução. Mas...

- Faltar o trabalho na cara de pau na primeira semana não é solução!

- Mas você é uma maricas, uma frouxa, uma cuzona que vai perder o Mr. Gostoso Styles e Companhia por causa de uma droga de barco.

- Ouch! Não sei por que ainda dizem que você é minha amiga! - falei, batendo nela e me levantando da cama. Fui até a penteadeira e me sentei, para namorar mais uma vez o passe do meet and greet que a rádio tinha me dado e que eu usaria em breve. De qualquer jeito.

I Swear I'll BehaveOnde histórias criam vida. Descubra agora