Enquanto meu pai conta os minutos para eu passar no vestibular e ser alguém na vida, eu conto os segundos para poder ir ao último show do One Direction antes do fim da banda. Não era só a vida dos meninos que mudaria depois daquele show, mas eu não...
Tudo bem, tudo bem. Já estava na hora de eu ser sincera com Harry. Mas era tão difícil pensar em qualquer coisa com ele me beijando e metade dos botões da minha camisa abertos. Tenho certeza de que a última coisa que ele queria era falar. Não importa, eu precisava tentar.
— Hazz... Espera... Eu preciso te falar um coisa...
— Pode falar... – é... Muito fácil você falar isso!
— É que eu... – céus... Não me olha com essa cara...
— Você?
— Eu...
— Hannie! Hannie! – chamou uma voz aguda lá da frente da loja. Não era possível.
— Não acredito. – Harry encostou a testa em meu ombro e deu um suspiro alto.
— Nem eu. – não por alguém ter chegado, porque era bem possível, mas por quem eu achava que tinha chegado. Fechei os botões da blusa correndo e dei um beijo no rosto de Harry. – Espera aqui, por favor.
— Okay. – ele não estava lá muito feliz, mas no momento não tinha muito que eu poderia fazer. Corri para a frente da loja antes que nosso "visitante" inoportuno fosse me procurar.
Chegando lá, ele estava debruçado no balcão e mexendo no celular, como se houvesse esquecido o que tinha ido fazer ali.
— O que você quer aqui Dom? – falei, revirando os olhos e parando na frente daquele idiota. Sim, ele era um idiota pé no saco, apesar de neto da Margot. Lembro bem de quando era caidinha por ele e levei um belo fora na frente de metade da turma, um ano atrás. Foi um dos piores momentos da minha vida. Agora que eu finalmente superei, ele parece ter resolvido me enxergar e fazer piadinhas infames toda vez que nos vemos.
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#DOM (na foto)#
— Nossa querida, pensei que estava com saudades. – ele tentou segurar meu queixo e eu virei o rosto. – Faz quanto tempo? Um mês? Dois?
— Dom, fala logo o que você veio fazer aqui e me dá licença. – eu já estava impaciente e também não queria que ele visse Harry.
— Meu doce, seu pai me pediu para vir aqui.
— É mesmo? E por que ele não me avisou? – meu pai ia ouvir hoje! Não acredito que ele fez isso de novo! Uma vez já tinha tentado me juntar com Dom, um menino "nota dez" como ele dizia, claro que no futuro, quando estivéssemos fora da escola. Enfim, o que importa é que ele não tinha ideia das escrotices daquele menino. Talvez já fosse hora de saber.
— Se você não ficasse dormindo... – ele apontou para minha camisa, que para minha vergonha estava abotoada nos buracos errados. – Em vez de trabalhar, talvez soubesse.
— Eu não estava... Esquece! E para quê ele te mandou? – fiquei de costas para ele e arrumei a camisa, morta de vergonha.
— Hannie, vamos. Não seja má comigo. Já passamos dessa fase... – ele atravessou o balcão e ficou de frente para mim, em toda a sua gloriosa altura e lourice.