Yellow

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Dois seguranças ainda esperavam por nós do lado de fora, isso sem contar os que estavam em um outro carro, à distância. Assim que entramos no banco de trás do veículo Harry mal me deu tempo de respirar, me puxou para seu colo e ficamos um bom tempo nos beijando. Até que o carro deu uma freada brusca e quase caímos do banco, comecei a rir sem parar e ele me acompanhou. O motorista se desculpou e disse que algum maluco tinha passado correndo na sua frente.

— Isso só pode ser um sinal. – falei, me sentando no banco ao seu lado.

— Sinal de quê Gen? – questionou ele, roçando o nariz no meu pescoço.

— De que a gente tem que ir devagar aqui... Sabe?

— Não, não sei.

— Você pode... Conversar comigo, por exemplo. – eu estava claramente nervosa, a ponto de ter um colapso e por algum motivo ele não percebia.

— Tem alguma coisa te preocupando? – acho que agora ele percebeu.

— Não! – imagina, nada. – Claro que não. Só queria... Sei lá.

— Tá bom, sobre o que quer falar?

— Ah Harry, sei lá. Hoje foi um dia especial para você e os meninos. O que pretende fazer agora nessas suas "férias"?

— Hum... Ainda não parei para pensar nisso. Por quê?

— Ah, nada. – o que eu estava pensando? Não ia perguntar para ele de cara se ele pretendia me largar, mas também não parava de pensar no assunto. – É que os outros meninos tem planos e tal...

— Você diz o Niall, por exemplo? A propósito, sobre o que vocês estavam falando mais cedo no restaurante?

— Sobre nada. Eu saí, ele estava lá e só. – não foi?

— Certo. Não parecia nada. – disse ele, abrindo a porta do carro para sair.

Ótimo. Agora a culpa era minha por ele estar com ciúmes e imaginando coisas que não existem. Não tive tempo de ficar chateada ao pensar que ele estava com ciúmes de mim. Saí do carro com um sorrisinho bobo e rezei para ser forte o bastante pelo resto da noite.


Harry

Era óbvio que eu estava chateado. Principalmente por ela dar uma atenção especial a Niall. Eu sei que nós dois somos diferentes, mas ainda assim ele tem suas qualidades e eu tenho as minhas, que não tenho certeza se são suficientes para ela. É muito difícil saber o que ela pensa, pois parece que o tempo todo fica resistindo a mim, quando eu só precisava que ela se entregasse de coração. Eu não sabia exatamente o que existia ou não entre a gente, mas estava fazendo o possível para descobrir.

Saí do carro e a encontrei do outro lado, como sempre, nunca me dando a chance de ser um cavalheiro. Entrelacei seus dedos aos meus e entramos no hotel. Paul nos aguardava no saguão, como sempre, ele dizia que seu trabalho só terminava quando estivéssemos todos descansando tranquilamente em nossas camas. Assim que me viu, pediu para falar comigo a sós um minuto e avisou que Kendall estava aqui, quer dizer, no meu quarto me esperando. Era só o que me faltava hoje.

Peguei a chave de outro quarto e pedi que Paul dissesse a ela que eu não tinha hora para voltar. Isso basicamente estragava alguns dos meus planos, mas o que eu podia fazer?

— Por que não vamos para o seu quarto? – estranhou Gen.

— Temos mais privacidade aqui. – ela pareceu não gostar muito da minha resposta. De novo senti aquele distanciamento que ela colocava entre a gente. Eu precisava acabar com isso.

I Swear I'll BehaveOnde histórias criam vida. Descubra agora