Strong

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Domingo de manhã, ao acordar, pensei que tinha tudo para ser um dia tranquilo. E até poderia, se não fosse a confusão que eu tinha arrumado. Enfim, ainda faltava muito para às 18h e uma coisa era certa: eu não precisaria me preocupar com roupa.
Minha rotina matinal era a mais normal possível, comer, ver TV, checar as redes sociais, não me preocupar com o almoço, já que meu pai costumava cozinhar aos domingos e fazer alguma coisa com Rachel. Nossas aulas voltariam na segunda. As férias passaram rápido demais, como sempre, mas pelo menos dessa vez fiz algo de útil. Útil e maravilhoso.

Rachel apareceu na minha casa pouco antes da hora do almoço.

— Bom dia, gata! – disse, assim que abri a porta, ainda com roupa de dormir.

— Bom dia, entra aí. O que houve? Sua mãe te expulsou de casa?

— Ha ha, muito engraçado.

— Você nunca aparece aqui antes das duas. Isso são hábitos europeus? – ri da cara dela e me joguei no sofá.

— Bom dia, Rachel. – disse meu pai, que passou por ali carregando um saco de verduras. – O que faz tão cedo aqui?

Olhei pra ela com uma cara de "o que foi que eu te disse?" e ela revirou os olhos.

— Nada de mais seu Mark, só cansei de dormir. – ela se jogou no sofá ao meu lado e meu pai deu de ombros, voltando à cozinha.

— Vai, fala logo o que você quer. Porque quando vem com essa cara logo cedo, não pode ser coisa boa. – conhecer Rachel desde meus oito anos, além de um senso de percepção maior que o dela, me dava certas vantagens. Como sempre saber que ela estava aprontando algo, por exemplo.

— Para Gen, não fiz nada dessa vez!

— Pelo menos você admite! – cutuquei a costela dela, fazendo-a rir.

— Então. Acontece...

— Hum... Eu preciso mesmo ouvir isso?

— Na verdade não, mas como eu sou uma boa amiga, a melhor delas, prefiro não te deixar na mão sem nenhum motivo.

— Como assim me deixar na mão? – levantei do sofá de um pulo e me sentei direito, olhando séria pra ela.

— É que... Acho que não vou poder ir ao jogo com vocês mais tarde.

Acha?

— Não, não posso. Desculpa.

— Como assim não pode Rachel Ashford? Não brinca comigo! – o que eu ia fazer agora?

— Droga Gen. Minha mãe me obrigou a ir naquele troço do meu pai lá no clube. Ela disse: "moça, não é só porque passou uns dias fora de casa que pode mandar no seu próprio nariz". – não fosse o meu desespero iminente, talvez até teria rido de Rachel imitando a mãe. Era engraçado demais.

— Ah Rachel! O que eu vou fazer agora? – afundei a cabeça na almofada do sofá e pensei seriamente em continuar ali pelas próximas horas.

— Vai ao jogo, ué.

— Simples. Como não pensei nisso antes? – respondi, estreitando os olhos pra cara de pau dela.

— Gennie, agora você que tá fazendo drama. Você mesma me disse que o Niall é um cara muito legal, adorável, bonito e... Enfim, a questão é, que fazer amigos nunca é demais, principalmente quando eles são da 1D.

— Tá bom, já entendi!

Rachel estava certa, pelo menos dessa vez, o que eu precisava era relaxar e parar de sofrer por coisas que não existem. Mais tarde ele ia me encontrar e ia dar tudo certo.

I Swear I'll BehaveOnde histórias criam vida. Descubra agora