Um minuto de silêncio pelo meu coração que definitivamente pode não sobreviver a esse momento. Sim, era ele. O próprio Harry Edward Styles me oferecendo carona, esse sem dúvidas é um momento que eu precisava de uma selfie para registrar. No entanto, precisei conter os ânimos e os hormônios e fazer meu cérebro focar no que realmente importava. Não, e não era me atirar em cima dele.
— Hã... Soaria estranho se eu perguntasse o que está fazendo por aqui? – disse, assim que entrei no carro e ocupei o banco do carona ao seu lado.
— Soaria estranho se eu dissesse que estava dando uma volta e por acaso vi você? – respondeu ele, com as mãos no volante, mas olhando para mim.
— Eu... – não sei... – Acho que... Enfim, para onde você estava indo?
— Lugar nenhum, na verdade. Só vim espairecer, conhecer mais do lugar.
— Mas aqui não tem nada. Além desse lago, claro. – falei, apontando na direção do lago.
— Não posso concordar com você. – ele sorriu e passou uma das mãos pelos seus lindos cachos. – Quer comer alguma coisa?
— Você não ia me levar para casa? – pergunta errada Gen! Tá louca? Jesus! – Quer dizer, eu pensei...
— Você quer ir embora?
Respira.
— Bom, já estamos perto da hora do jantar de qualquer forma. Só preciso ligar para o meu pai e avisar. Antes que ele chame a polícia ou algo assim, sabe? – sorri, pegando o celular do bolso. – Aonde vamos comer?
— Errr... Eu esperava que você pudesse me dizer. Não conheço muita coisa nessa cidade.
— Certo. A verdade é que aqui em Ridgway você não tem muita opção. Tem o restaurante do vilarejo, os do parque ou come em casa.
— E você sabe cozinhar Gen? – perguntou ele, sério.
— Isso não vem ao caso e não é uma opção. – respondi, devolvendo o olhar e sentindo os cabelos da minha nuca se arrepiarem quando ele disse meu nome. – Acho que tem uma lanchonete legal na estrada. Eu a vi quando viemos para cá. Deve ser no máximo uns vinte e cinco minutos de carro até lá.
— Ótimo. Vamos então?
— Ok. Pode sair do parque e pegar a estrada principal à esquerda então. – informei.
— A senhorita é quem manda!
Não consegui entender de imediato de onde vinha aquela animação e boa vontade toda, mas de qualquer forma eu não conhecia o Harry-Harry, só o Harry-Cantor, que já era maravilhoso por si só. Esse Harry amigo e normal era novo para mim, não que eu não estivesse adorando, mas eu não tinha ideia de como agir perto dele. Deixando um pouco de lado minhas questões filosóficas, peguei finalmente o celular e liguei para o meu pai. Não sem antes fazer uma boa oração.
— Pai?
— Hannie? O que foi? Já saiu do trabalho?
— É, sim, mas eu vou demorar um pouco para voltar...
— O que houve? Está fazendo hora extra? – queria eu poder dizer que sim.
— Não... É que... – olhei de soslaio para Harry, que me olhou e depois voltou a olhar a estrada, escura àquela hora. – Eu vou sair para comer com um amigo...
— Como assim? Que amigo? Onde você está? – meu pai, sendo meu pai. Drama mode on.
— Tô aqui perto pai, é um amigo do trabalho. Não se preocupa, não demoro.
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I Swear I'll Behave
FanficEnquanto meu pai conta os minutos para eu passar no vestibular e ser alguém na vida, eu conto os segundos para poder ir ao último show do One Direction antes do fim da banda. Não era só a vida dos meninos que mudaria depois daquele show, mas eu não...