[Epílogo]

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JJ estava linda usando um vestido azul turquesa feito especialmente pra ela enquanto terminava de ajeitar meu sobrinho mais velho em seu terno novo

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JJ estava linda usando um vestido azul turquesa feito especialmente pra ela enquanto terminava de ajeitar meu sobrinho mais velho em seu terno novo. Henry estava crescido, com seus quase oito anos de idade, e o meu encantamento por ele permanecia imutável.

- Margaret LaMontagne! - batidas fortes na porta encobriam a voz tão conhecida por mim - Se você escolheu o vestido que me mandou foto eu vou te bater, mocinha! - as batidas continuavam e JJ foi abrir a porta - Aquele vestido era horrív... AI MEU DEUS! - minha mãe me olhou de cima a baixo umas 5 vezes enquanto permanecia paralisada com a boca aberta - Você está... um anjo, uma princesa! A minha princesa. - já podia ver lágrimas nos olhos exageradamente maquiados dela.

- Mãe, por favor... - eu revirei os olhos - Não agora...

- Minha menina cresceu, virou mulher e agora... - ela veio em minha direção e quase me esmagou em um abraço enquanto já começava a soluçar.

- Está tudo pronto aqui? Já está quase na hora! - Will apareceu na porta com Michael, meu sobrinho mais novo, agora com 2 anos, já arrumado com o mini-terno em seu colo - Mamãe, por favor, solte a Maggie senão você vai atrasar ainda mais essa cerimônia...

- Não! - ela me soltou e começou a secar as lágrimas - Nada mais será atrasado aqui, já chega meu avião que demorou horas para sair. Henry, Michael, olhe só vocês! Estão tão grandes! - ela correu para seus netos e eu fiquei alisando meu vestido para tirar qualquer possível amassado daquele abraço de urso.

Virei de costas para eles, assim poderia dar uma última conferida no enorme espelho antes de ir para o carro. Aquele era para ser um dos dias mais felizes da minha vida, das nossas vidas, e eu só conseguia pensar nas minhas mãos que não paravam de tremer.

O vestido branco sobre meu corpo estava impecável. O decote coração, a ausência de alças, a saia com tules, tudo parecia perfeito. Meus cabelos, agora mais para lisos do que cacheados, tinham pequenas tranças nas laterais, onde eu insisti em prender flores que combinassem com o vestido. A fita de cetim passava ao redor de minha cintura e terminava em um laço com as pontas caídas bem no meio das minhas costas. Não havia mais tempo, eu tinha que ir logo antes que ele começasse a pensar que eu havia desistido.

Ele. Spence. Meu futuro marido. Eu mal podia acreditar naquelas palavras. Eu mal podia acreditar que aquele dia havia chegado tão depressa. Parecia fazer tão pouco tempo que tínhamos tomado essa decisão...

Virei de costas para o espelho e saí pela porta, entrando no carro que me levaria até o lugar da cerimônia. Não, não seria numa igreja, isso foi uma coisa que nós dois concordamos de cara. Seria um espaço aberto, com muitas flores e apenas um juiz de paz.

JJ, mamãe e meus sobrinhos foram no carro da frente enquanto eu e Will fomos no de trás (eu pedi para ser assim, seriam menos chances de minha mãe destruir sua maquiagem chorando já no caminho). Minhas outras duas madrinhas (além de JJ) eram Penelope e Anna, ambas já estavam lá esperando. Elas também usariam vestidos turquesa, essa foi a decisão que Penelope tomou e que foi acatada por todas.

O trajeto de carro passou num piscar de olhos. Quando desci do carro, minhas madrinhas já estavam a postos para ajudar a ajeitar o vestido. Todas estavam tão lindas que escrevi uma nota mental para agradecer Penelope mais tarde.

Em contraste com a rapidez anterior, meu mundo entrou em câmera lenta no momento em que dei o primeiro passo em direção ao "altar". Eram tantos rostos conhecidos virados para mim. Eu era o centro das atenções, a noiva entrando na cerimônia de casamento, a atração principal da noite. Não fosse meu irmão caminhando ao meu lado, talvez eu tivesse virado as costas e saído correndo.

Mas tudo fez sentido no instante em que fiz a curva que me deixou de frente para ele. A vontade de fugir foi embora, dando lugar ao desejo desesperado de chegar logo ao lado dele. Spence estava lá na frente, me esperando de terno cinza-claro e camisa branca. O cabelo desgrenhado que eu tanto amava, as mãos apertadas de nervosismo. Desejei que o momento congelasse ali por algum tempo para eu poder guardar cada detalhe daquela cena, eu queria lembrar de cada centímetro dela durante todos os anos da minha existência. Minha existência ao lado dele. Tudo que já havíamos construído juntos e que iríamos construir dali para frente.

Seu olhar ao me ver, ficando mais brilhoso por algumas lágrimas que insistiam em brotar ali naquele instante. Seu sorriso saindo lentamente, se ampliando e se tornando grande, o maior de todos que eu já tinha visto. Tudo isso me encantava, me fascinava. Diana ao seu lado, minha mãe e cunhada mais ao longe. Estava tudo perfeito. Perfeito como ele era para mim.

E, nesse momento, eu me senti preparada como nunca para dizer a frase que mudaria minha vida dali pra frente. Eu sabia o que deveria dizer, mas, acima de tudo, eu sabia muito bem o que queria dizer. Sim, eu aceito.

Um amor inesperado (Criminal Minds)Onde histórias criam vida. Descubra agora