O prédio do FBI estava, como de costume, agitado. Muitas pessoas saindo para "missões" e muitas pessoas chegando delas. Aquele edifício grande feito de uma pedra estranha e acinzentada me lembrava muito um formigueiro. Atravessei a porta, passei meu cartão de identificação para liberar a entrada e fui rapidamente até o elevador vazio mais próximo. Dei sorte. Realmente odiava pegar elevador lotado. Entrei junto com apenas duas pessoas: um homem e uma mulher, altos e fortes, parecendo terem saído de uma campanha de suplementos alimentares - estereótipos perfeitos de agentes do FBI.
Na verdade, quando dizia que trabalha para o FBI, normalmente as pessoas se mostravam decepcionadas. Então vinha a explicação de que eu não era um "agente especial" como os que estão toda hora na tela do cinema. Eu era uma simples médica que analisava cadáveres. E aí elas se decepcionavam novamente pelo FBI real não ser igual ao FBI de Hollywood. Pelo menos não em tudo.
A porta do elevador estava quase fechando quando algo voou entre suas abas. Fiquei em choque por alguns instantes - não seria a primeira vez que um maníaco tentaria invadir a sede do FBI em Quântico - até me dar conta de que era apenas uma dessas bolsas de couro, comumente usadas para carregar computadores. Se realmente houvesse um computador ali, acho que ele já era.
Minha grande surpresa foi quem surgiu atrás da bolsa: Dr. Spencer Reid. Assim que as portas do elevador reabriram completamente para sua entrada, ele me cumprimentou com um sorriso tímido e pediu desculpas aos presentes elevador em um tom bastante envergonhado. Poucos andares depois o casal robusto saiu e nos deixou a sós.
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- Viu Henry este final de semana? - ele me perguntou, no intuito apenas de evitar o silêncio constrangedor.- Sim! Cada dia maior e mais lindo. - respondi com sincero encantamento pelo meu sobrinho.
- Preciso visitá-lo essa semana. Comprei alguns quadrinhos do Batman para ele. - disse, nitidamente empolgado. Apesar de Henry não saber ler ainda, Reid sempre o presenteava com livros infantis. Eu apoio, devemos sempre estimular a leitura das crianças para o desenvolvimento do intelecto.
- Ele vai gostar muito! Adora o Batman.
- Somos dois. - disse Reid com um sorriso envergonhado, como se não quisesse admitir que gostava de um super-herói.
- Então somos três! - disse tanto por gostar mesmo quanto para deixá-lo mais à vontade. Ele olhou com cara de incrédulo, como se não acreditasse que uma "menina" poderia gostar dessas coisas de "menino", mesmo sabendo que ele, assim como eu, não acreditava que esse tipo de divisão existisse. Sorri.
O elevador se abriu no mesmo instante. Nos despedimos e eu segui para minha sala. Teria que me inteirar dos trabalhos a fazer antes de seguir para o necrotério.
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Um amor inesperado (Criminal Minds)
FanfictionMaggie tem uma vida boa. É jovem, formada em medicina e possui um cobiçado emprego no Federal Bureau of Investigation (FBI), onde atua como legista. Seu sonho é trabalhar com a Behavioral Analysis Unit (BAU) e ajudar o time a traçar perfis de serial...