[3] Behavioral Analysis Unit

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Além de JJ e Hotch, a BAU conta com mais quatro agentes cativos e uma analista-técnica. Dentre os agentes há uma novata, Kate Callaghan, a qual não conheço muito bem. Tudo o que sei sobre ela é que adotou a sobrinha de 13 anos após a morte da irmã e do cunhado, criando-a como filha junto com seu marido.

Derek Morgan, outro agente da BAU, pode ser classificado como o colírio do time. Moreno e alto, já seduziu quase 90% das mulheres do FBI. Pelo que contam, não é do tipo canalha, mas do tipo que "acaba achando algum motivo para você terminar com ele, algo que o deixe ainda mais fofos a seus olhos". Se você não entendeu, não se preocupe: eu também não entendo. Essa foi a frase que ouvi de uma de suas últimas paqueras, minha colega de repartição. Quanto a Morgan, tenho apenas um comentário: ele me pareceu bastante legal quando o conheci em um jantar na casa de JJ e Will e sua simpatia comigo persiste, mas definitivamente não é o meu estilo. Dá para perceber que também não sou o estilo dele. Ele é um "gentleman" e um bom amigo.

A analista-técnica, Penelope Garcia, é o tipo de pessoa que você desejaria ter em seu círculo de amizades. Por sorte, eu tenho. Conheço ela há não muito tempo, mas com certeza é uma de minhas melhores amigas. Com cabelos longos e cacheados, sempre sorrindo e cheia de acessórios muito coloridos, Garcia é uma fofura. Apesar de não viajar com o resto do grupo, está sempre disposta a fazer de tudo para ajudar os que a cercam. Além de ser um gênio nos computadores - uma hacker exemplar - e manter uma bela amizade com todos que se relaciona, ela tem uma afinidade especial com Morgan. É um amor diferente, inexplicável, puro, de pessoas que nasceram para ter essa amizade. Eles têm até mesmo codinomes como "baby girl" e "baby boy" para conversarem! São divertidíssimos.

Também trabalha na BAU o "paizão" de todos, David Rossi. Com quase 60 anos, voltou ao FBI após ter se aposentado em uma carreira de sucesso, com diversos livros publicados sobre a "caça" de serial killers. Milionário e fundador da BAU, trabalha porque ama. Trabalha porque enlouqueceria se não o fizesse. É muito admirado em todo o FBI e ousaria dizer que até mesmo em todo o país. Cuida de todos os demais agentes da unidade como se fossem filhos, sempre dando conselhos e os ajudando.

O gênio da unidade, Dr. Spencer Reid, é o que mais me intriga. Memória fotográfica, leitura super-rápida, Q.I. altíssimo e inúmeros PHDs são apenas alguns de seus atributos. Com 27 anos, é bastante magrelo e usa os cabelos levemente compridos sempre bagunçados: a típica visão de um NERD. É conhecido por evitar contato físico, não gosta nem mesmo de aperto de mãos e usa a justificativa de que isso facilita a proliferação de germes - e como esse é um assunto que conheço bem, concordo com ele. Então vem a grande contradição: embora possa parecer arrogante, não chega nem perto disso. É querido e amável, um excelente amigo. Ele e Penelope são os padrinhos de Henry, o que faz nossa aproximação ser maior.

Reid é completamente o oposto do que sua vida amarga deveria ter o tornado. Quando criança, o pai abandonou a família por não aguentar os surtos da mãe, esquizofrênica e alcoólatra. Com 18 anos, teve de internar a mãe à força em uma instituição onde ela permanece até hoje. Ele não fala muito nela e, até onde sei, não vai visitá-la com muita frequência. Desde que tomou conhecimento da doença, Reid vive numa grande dúvida, não sabendo se sofrerá como a mãe.

A esquizofrenia, como minha formação médica me permite explicar, possui um provável fator genético gerador presente nas mitocôndrias maternas, herdadas pelo zigoto no momento da fecundação. Por isso, Reid tem alguma chance de desenvolver a doença, e isso é algo que o consome.

Além da preocupação com a doença, há cerca de 2 anos Reid sofreu com uma grande tragédia. A garota que ele gostava, Maeve, a qual considerava sua namorada, foi morta em sua frente por uma "stalker", uma espécie de perseguidora obcecada. Eles se conheciam apenas por conversas telefônicas e a primeira vez que a viu foi já sob a mira da arma da "stalker". Até recentemente, Maeve ainda aparecia nos sonhos de Reid e isso o perturbava muito. Ele sempre se culpou pela morte de Maeve.

Um amor inesperado (Criminal Minds)Onde histórias criam vida. Descubra agora