Capítulo 5

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                  Aurora

Hoje é sábado, já são 4:00 da tarde exatamente, estou sentada em minha cadeira giratória organizando as planilhas do Del Valle no computador, estou muito pensativa sobre o jantar de negócios que teremos. Mas além disso, penso em economizar nos gastos para juntar o dinheiro usado nos mesmos para contratar um detetive particular para tentar encontrar minha tia Ana. Há anos tento procurar um modo de encontrá-la.

                ____·····____

- Vamos. - Victor pronunciou docilmente tocando em meu cotovelo, fazendo com que sentisse um levo arrepio ao seu toque.

Assenti vendo o mesmo dá um sorriso sem que seus dentes ficassem à mostra, naquele momento senti uma certa segurança.

Saímos da empresa, entramos em seu carro e partimos rumo ao restaurante em que penso que encontraremos alguns empresários para decidi fechar algum contrato, mas não sei se é isso mesmo que faremos lá. Victor não me falou nada sobre este jantar.

- O que faremos lá, além de jantar? Digo... fecharemos algum contrato com algum empresário, ou...

- Não. Não fecharemos nenhum contrato com algum empresário... bom mais - cerrou um dos punhos para cobrir a boca enquanto tossia e depois voltou a posicioná-la no volante. - Menos. Eu tenho uma proposta para lhe fazer. - virou o rosto em minha direção dando um sorriso perfeito e em seguida voltou sua atenção para o trânsito.

Engulo em seco, isso atiça minha curiosidade em cheio e não a prendo.

- Como assim uma proposta?

- Você saberá. - detectei um certo mistério em sua voz.

Após longos minutos silenciosos, paramos em um restaurante que de primeira vista parecia ser um dos mais caros da cidade.

Victor desce do carro, o contorna e abre a porta para mim como um completo cavalheiro que demostra ser.

- Grata. - sussurro docilmente quase inaudível, vendo um sorriso brincar em seus lábios. Tomei a frente em direção a porta do restaurante que continha uma placa em luzes azul neon " house of dreams", Victor seguia meus passos por trás, como se fosse um guarda-costas.

Ao entrarmos no lugar, reparei a beleza do restaurante, os tons vermelho vinho, azul marinho, branco gelo e cinza dos papéis de parede que cobriam o lugar, as luzes brancas fluorescentes dos  lustres de cristais que iluminavam o local, o brilho das cerâmicas do piso, as mesas e as cadeiras de madeira davam um charme e um ar apaixonante ao local.

Nos dirigimos a uma mesa e antes que eu possa fazer algo mais Victor puxa uma das duas cadeiras para mim.
- Sente-se. - sussurrou em meu ouvido fazendo com que perdesse um pouco de sanidade que voltara a ter em poucos segundos após aquele momento. Agradeci mostrando-lhe um de meus melhores sorrisos.

Em questão de segundos após estarmos sentandos um garçom veio a nossa mesa e nos atendeu prometendo trazer um peixe grelhado, uma salada com a compania  de um champanhe.

Nos encaramos por incontáveis minutos após o garçom ter se afastado de nossa mesa, os olhos de Victor fitavam os meus com intesidade, assim como eu fitava as duas íris que me pareciam duas pedras de ónix negras, eu sabia que nesses últimos dias meus sentimentos estavam confusos em relação à Victor, eu não mais o que sentia.

Aquela conexão que tínhamos quebrou-se após Victor baixar seu olhar,  inspirar uma boa quantidade oxigénio e dizer sem rodeios:

- Enfim, como lhe disse tenho uma proposta a fazer, quero que me diga se aceita ainda neste jantar. Bom, minha irmã irá viajar por uma longa temporada e preciso de uma babá para cuidar da filha dela, que a propósito é minha sobrinha, Alexa. Preciso saber se você aceita ser a babá dela?

Eu não sabia o que dizer. Como assim ser babá da sobrinha dele? Não que eu não gostaria, apesar de não conhecê-la, mas como ser babá e ser secretária ao mesmo tempo?

- Éhh... eu preciso de um tempo para pensar.

- Se você aceitar, só irá trabalhar de babá e você mesma contratará uma nova secretária. - completa com expondo uma expressão séria.

Olho para os lados pensando e depois de alguns minutos pensando digo meio receosa:

- Eu aceito, mas preciso saber mais.

- Você terá o mesmo salário, terá que ficar praticamente o dia todo cuidando dela. Então vai ter que dormir na mansão. Terá folgas e  trabalhará de segunda a sexta. Então aceita?

- Aceito. - ao ouvir minha resposta Victor tira um documento e uma caneta pedindo para que eu assinasse, mesmo sabendo que aquilo falava sobre a troca de empregos li tudo só por precação.

Algum tempo depois o garçom traz nossos pratos e  nos servimos.

- Quando começo? - questionei após ter terminado.

- Segunda, então?

- Está bem.

Victor chama o garçom e pede a conta:

- Can we have the check, please.

- Yes, Sir.
(Sim, Senhor).

De repente Victor diz ao garçom, meio nervoso como se lembrasse de algo:
- Wait, waiter bring surprise.
(Espera, garçom traga a surpresa).

Como assim surpresa?

O garçom traz um enorme buquê de flores, me entrega  e se afasta.

Sinto o perfume das jasmins, leio a mensagem escrita jo cartão que veio junto com as fores e me pergunto o por que daquilo

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Sinto o perfume das jasmins, leio a mensagem escrita jo cartão que veio junto com as fores e me pergunto o por que daquilo. Minhas flores preferidas.

- Obrigada. - sorrio para Victor imaginando o quanto vermelha posso estar.

                _____·_____

(Foto da frase escrita na mensagem junto com as flores, acima).

#❤❤❤❤❤❤💋💋💋💋💋paravocês

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