Aurora Montesco é uma jovem, órfã de 20 anos e tem um de sonho de encontrar sua tia.
Depois de se formar ela tenta procurar um emprego e acha na Del Valle Enterprises como secretária do presidente da empresa Victor Del Valle, um homem jovem e podero...
- Aura, eu preciso te dar uma notícia muito importante. - Victor sussura em tom de voz sério.
- Então fala.
- Sua tia foi encontrada. - tento processar as palavras ditas de sua boca, contudo não consigo. Eu devo ter ouvido errado.
- O quê? Você está brincando? - questiono tentando não perder o equilíbrio para ter um desmaio.
- Eu não poderia brincar com uma coisa tão séria, Aurora.
Tento conter às lágrimas dos meus olhos, mas não consigo, algumas lágrimas escapam. Passo o polegar no rosto, limpando-as.
- Vamos. - Ele aponta para mansão. Assinto e pego em sua mão.
Entrámos passando pela segurança. Ao chegarmos na entrada da casa, uma mulher abre a porta, é Alessandra, minha tia. Meus olhos enchem-se de mais lágrimas. Ela me olha por alguns segundos e repete meu nome incrédula em seguida:
- Aurora. - me abraça emocionada.
- Tia Alessandra. - retribuo o abraço sentindo as lágrimas dos olhos escorreram pelas minhas bochechas, por sorte a maquiagem é á prova d' água. Me sinto tão feliz, a sensação no meu peito não tem dimensões, finalmente eu encontrei a minha família. E o calor que emana em meu corpo é bem vindo, assim como o conforto que ele me proporciona por causa do abraço.
- Senti saudades, muitas saudades. - Alessandra diz ainda abraçada a mim.
- Estou tão feliz de encontrá-la, tia.
Nós separamos. Ela faz o gesto para que eu entre na casa, entro, reparo na decoração da sala é muita linda, a vários porta-retratos. Mas observo alguns que me impressionam. Alessandra nota que estou observando os porta-retratos.
- É... - ela me interrompe.
- Era a sua mãe, quando era jovem, ela ainda está viva.
- O quê? Essa é minha mãe? Ela é tão parecida comigo.
- Sim. Por isso não tenho dúvidas que você é minha sobrinha.
Pego um dos retratos.
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- Caramba! - Victor fala em sua surpresa. Alessandra sorri.
- Aurora, quero lhe contar toda a história. Você pode se sentar. - ela aponta para o sofá.
- Claro. - me sento no sofá sentindo sua maciez e conforto.
- A alguns anos, Claire, sua mãe, conheceu Fernando, meu irmão e alguns meses depois ela ficou grávida de você. Mike, seu avó materno, não apoiou o namoro e quando soube da gravidez, ele ficou muito irritado, deixou sua mãe e meu irmão juntos até o final da gravidez, quando você nasceu ele a tirou de Claire e Fernando e a colocou em um orfanato. Nós não sabíamos onde você estava, o que Mike fez com você? Claire perguntou várias vezes para Mike onde você estava, ele não disse. Ela tentou de inúmeras formas saber onde você estava, mas não conseguiu. Nós também tentámos, mais foi em vão. Anos depois Mike morreu, ele deixou uma herança para Claire e não contou onde você estava. Claire entrou em depressão, Fernando a levou para este país em que estamos. - fez pausa para tentar cessar o choro. - Eu fiquei no Brasil, onde eles moravam ou melhor nós morávamos. E alguns meses depois da morte de Mike, eu encontrei no seu quarto uma carta onde ele dizia o nome do orfanato onde ele colocou você. Eu fui nesse orfanato. Falei com a diretora, apresentei uma foto da sua mãe e eu lhe vi, quando tinha uns catorze anos, era igualzinha a sua mãe e continua sendo. Entreguei umas fotos minhas para a diretora e saí do Brasil para resolver uns problemas da empresa do meu falecido marido, Stefan. Quando voltei para vê-la, soube que você se mudou para este país e tentei procurá-la e soube que você estava a minha procura e aqui estamos. - concluí.
Lágrimas escapam dos meus olhos, por trás do sofá, Victor me abraça. Alessandra também se encontra ao choro.
- Onde minha mãe e meu pai estão? - interrogo limpando minhas lágrimas.
- Eles moram em Nova York. Eu avisei que tinha encontrado você, naquela época, eles ficaram muito felizes, mas quando resolveram ver você, você já tinha viajado. Mas quando soube que você viria e poderia reencontrá-la, depois de anos, chamei os até aqui. Então Claire e Fernando estão aqui.
Sinto que alguém está atrás de mim, sem ser Victor. Viro meu rosto e vejo meu reflexo mais velho, minha mãe, com certeza ela deve está na casa dos trinta anos e vejo um homem mais velho na mesma casa dos trinta, que imagino ser meu pai.
- Aurora, filha. - eles dizem em coro, tentando cessar o choro. Me levanto do sofá, contorno o mesmo e abraço meus país. Mais lágrimas saem, me sinto um oceano. O abraço é tão forte, comfortante e emocionante.
- Filha, a anos eu queria vê-la. Minha princesa! - Minha princesa! - eles repetem.
Nos afastamos e conversamos a noite toda. Descubro muitas coisas que eu não sabia. Minha mãe tem 35 anos. Meu pai tem 38 anos. Ou seja minha mãe me teve com 15 anos, meu pai tinha 18 anos. Eles tem uma empresa de cosméticos e várias filiais espalhadas pelo mundo todo. Claire e Fernando tem uma casa ou melhor uma mansão em Los Angeles, eles são muito reservados, assim como Alessandra e não se tem muitas notícias deles espalhadas pelos meios de comunicação. Conto para eles algumas coisas sobre mim.
Me sinto muito feliz, explodindo de alegria.
Victor ver o horário no relógio de pulso. Ele parece meio nervoso, mas tenta disfarçar.
- Bom. Já está tarde. Ahm... Vamos fazer assim, no domingo poderíamos almoçar, todos nós e sua família, Victor? Que tal?
- Certo. Está bem. Marcado ao meio-dia.
Nós conversamos mais um pouco, me despeço de minha tia Alessandra e meus pais. Saio da casa com Victor e caminhamos até o carro, entramos.
- Obrigada, Victor. - coloco meu cinto de segurança.
- Obrigada pelo quê?
- Obrigada por me ajudar a procurar meus pais e minha tia.
- Deve agradecer a Karl, não a mim. Mas eu que agradeço.
- Pelo quê?
- Por me amar. E me fazer o homem mais feliz do mundo. - sorrio corada. Ele me surpreende com um beijo.
- Eu amo seus sorrisos. - diz com o rosto quase colado ao meu e me beija novamente.
Ele volta a sua posição, coloca a chave na inguinição e dá a partida. Ficámos calados durante a maior parte do percurso. Mas ao nós aproximámos da mansão. Quebro o silencio.
- O quê você gosta em mim?
- A sua beleza, os seus sorrisos que me encantam, a sua generosidade, a sua bondade e a sua doçura que fazem o meu amor crescer a cada dia que se passa. Tudo.
- E o que você gosta em mim? - retruca.
Penso, poderia dizer tudo. Mas só vou destacar os principais pontos.
- A sua beleza, que as vezes me faz ter ciúmes, os seus sorrisos, que me deixam feliz, a segurança que me proporciona... Uma lista infinita. - tiro o cinto.
Victor estaciona o carro na garagem, desce do carro rapidamente, contorna e abre a porta para mim. Desço do carro, segurando sua mão e fecho a porta.
- Por quê você é sempre tão cavalheiro?
- Eu gosto de ser assim com você.
- É melhor irmos, já está tarde. E amanhã você irá trabalhar.
- Certo. - diz desanimado.
Entrámos na mansão, todas as luzes estavam apagadas, tenho certeza que todos estavam dormindo, subimos as escadas com cuidado, passei por todos os quartos, entrei no meu, me troco, me encosto na parede e suspiro, hoje definitivamente não é o dia do sono chegar. Me deito na cama e tento dormir, mas não consigo. Rolo de um lado, rolo do outro, bufo sem paciência. Mas não adianta. Bom acho que Victor deve está dormindo. Minha barriga ronca, ah é claro, eu jantei muito cedo e a fome está batendo.
Pego meu roupão de dormir e saio rumo a cozinha, preparo um copo de leite e alguns biscoitos de chocolate. Pareço Alexa agora nos seus lanches.
Como e volto para o corredor.
Sem querer tropeço em alguma coisa, faço muito barulho, quando penso que vou me dar mal...