Epílogo

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                    Aurora

        No dia seguinte, o meu cansaço continuava forte assim como o sono, Victor não me deixou sozinha um momento se quer na noite anterior. Karen acabara de acordar. O médico responsável autorizou a minha entrada para falar com ela.

Me aproximo da mesma, que me olha com algumas lágrimas no rosto.

- Aurora, o que faz... aqui? - ela pergunta com a voz falha.

- Eu queria ver como você está. Como se sente?

- Com o corpo dolorido e dor de cabeça... mas estou bem... Mas eu... eu não sinto as pernas... por quê? Por quê? - sua voz soa desesperada.

- Karen... ê...

- Não minta... por favor... me conta o que aconteceu comigo? - ela respira fundo.

- Karen eu sinto muito mas você está paralítica. - me sento na poltrona.

- Eu merecia isso. - ela diz chorando. - Me perdoa Aurora por favor... por tudo que eu fiz... - engole seco.

- Te perdoo. Mas não se esforce, está bem?

Ela assenti.

- Eu vou cuidar de você.

Karen arregala os olhos depois de escutar as minhas palavras.

- Depois de tudo que eu fiz? - questiona olhando no fundo dos meus olhos.

- Sim. Você fez o que fez por obsessão, ia comentendo um erro grave, mas se arrependeu e graças a você eu estou viva. E você merece uma segunda chance. - após o dito lágrimas escorrem pelos meus olhos.

- Quem foi o culpado pelo meu acidente?

- Luke. Ahm... ele diz que você o conhece.

- Luke. Quero vê-lo. - ela parece surpresa.

- Tá. Vou chamá-lo.

Chamo Luke que entra no quarto no mesmo instante em que o chamo.

Me sento no sofá da sala de  espera.

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                  Karen

Quem diria eu aqui neste estado, pagando por todos os meus erros, paraplégica, com o corpo completamente dolorido, inclusive a cabeça. Eu mereço.

Luke adentra o quarto e se senta na poltrona onde Aurora estava.

- Me desculpe Karen, eu não queria atropela-la. Como você está?

- Bem na medida do possível. - quase minha voz falha.

- Você vai me denuciar? - ele pergunta como se um peso tivesse caído sobre suas costas e precisasse tirá-lo.

- Não. Mas quero que faça algo por mim.

- Que coisa?

- Cuide de mim.

- Por quê você quer que eu cuide de você?

- Não... pergunte. - por fim ela falha.

Pego em suas mãos e as aperto. Ele retribuí o aperto.
Luke aproxima seu rosto do meu, sua respiração é ofegante, o que faz meu coração acelerar bem rápido.
Luke ponhe sua mão esquerda em minha testa e a retira em questão de segundos.

- Você não tem febre. -ele diz me fazendo sorrir.

- Luke, acho que eu te amo. - Penso comigo mesma.

Aurora I Onde histórias criam vida. Descubra agora