Capítulo 32

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                   Karen

          Ao sentir lágrimas escorregarem dos meus  olhos, limpos-as rapidamente e contínuo a contar como tudo aconteceu:

- Eu a olhei caída no chão por alguns segundos e foi quando eu percebi o que fiz, de repente todos os maus que cometi vieram na minha cabeça e eu me desesperei completamente, eu fuí até ela para ver se estava viva, comprovei e percebi que ela estava ardendo em febre do nada. Meu telefone tocou nesse momento, era um médico do hospital daqui dizendo que meu pai havia morrido. Me desesperei muito mais, eu não sabia o que fazer. - pauso para tomar fôlego e respirar. - Então eu a levei de Los Angeles com a ajuda de uma amiga minha, ela é médica, ao chegarmos em Nova York, Aurora foi consultada, ela teve uma hemorragia interna, perdeu muito sangue e precisava de sangue O- . Como o hospital não tinha esse tipo de sangue, tive que doar uma parte do meu sangue e antes de acontecer a cirurgia, os médicos disseram que ela poderia... poderia. - suspiro com mais lágrimas vazando dos meus olhos, mesmo  tentando segurá-las. - perder a memória, enlouquecer ou voltar normal da cirurgia. Isso poderia acontecer porque a hemorragia foi na cabeça perto do cérebro. Depois da cirurgia, fui vê-la. - suspiro novamente, limpando as lágrimas do meu rosto que escorriam sem parar. - Ela perdeu a memória, ela não sabia quem era, quantos anos tinha, não se lembrava de  ninguém e não tinha nenhuma lembrança. - pauso. - Me desculpa Victor. ME DESCULPA EU NÃO QUERIA MACHUCÁ-LA. ME DESCULPA. - grito com um rio de lágrimas saindo pelos meus olhos.
Ele se levanta com um olhar furioso.

- Você é louca podia tê-la matado. Eu nunca... Nunca perdoaria você se isso tivesse acontecido. - Victor diz alterado.

- ME DESCULPA. EU ESTAVA FORA DO JUÍZO. ME DESCULPA. - digo tentando parar de chorar.

- Onde ela está? - fala secamente.

- Na minha casa. - respondo limpando os resquícios de lágrimas do meu rosto.

- Karen, você me destruiu. Ela é a pessoa que eu mais amava na vida. E você a tirou de mim, agora ela não se lembra mais de mim... - interrompo-o.

- Você pode reconquistá-la. - suponho rapidamente. Ele não fala nada e me encara.

- Eu vou te ajudar. -complemento num susurro.

- Isso é sério? - Victor pergunta ainda me encarando parecendo não acreditar em nenhuma palavra que eu disse, ele estava com uma cara feia.

- É. - suspiro meio confiante.

- E antes que você diga algo. Eu vou avisar que só vou fazer isso para mostrar que estou arrependida do que eu fiz a vocês e que... - paro e contínuo depois. - Eu acho que vocês merecem ficar juntos.

Conversámos sobre isso e sobre os assuntos da empresa, lembrámos que também amanhã a empresa de Nova Iorque fará cem anos, decidimos então organizar uma comemoração de última hora, voltámos ao assunto da reunião até a mesma começar.

A reunião foi normal e é claro que Victor foi o que mais falou, sobre o balanço geral da empresa, de funcionários, o lucro, os produtos e houve uma apresentação dos pequenos problemas que a empresa tinha, apresentado por alguns donos de algumas filiais que a empresa tem, enfim foi discutido sobre tudo por isso a reunião foi um pouco demorada.

Quando terminamos a reunião eu e Victor decidimos administrar a empresa. Seria por um tempo. Victor poderia me ajudar na administração e reconquistar Aurora, como sou a única pessoa que ela conhece até agora, tirando os empregados vai ser mais fácil ajudar Victor.

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                   Aurora

Estou fitando o anel presente no meu dedo, ele é lindo, percebi o ontem, já tentei tirá-lo do meu dedo mas não deu certo, tento tirá-lo novamente. Puxo o mas não dá ele não saí, giro o de um lado para o outro mas não saí de jeito nenhum. Uma pergunta toma conta da minha cabeça. Será que eu tenho um namorado? Ou estou noiva? Mas se eu estivesse noiva Karen me contaria e se eu tivesse um namorado ela também me contaria, ela não teria motivos para esconder isso. Então é melhor tirar essa ideia da cabeça, mas como eu não posso tirar essa ideia por quê o anel está justamente no dedo anular perto do mindinho.

Aurora I Onde histórias criam vida. Descubra agora