Numa tarde de sábado estava eu passeado com Luke meu cachorro. Não havia nada para fazer, minhas aulas só começam na semana que vem, e eu estava bastante entediada de ficar em casa lendo, então resolvi levar Luke para passear pelo quarteirão e respirar ar puro.
Minha vizinhança era bastante grande, todos bem simpáticos e acolhedores. Uma vizinhança normal, com pessoas normais. Tinha a Dona Cleudes que morava no fim da rua, as crianças a chamavam de bruxa por ser um pouco velha e muito misteriosa. O Senhor Wilbur, um velho gordo e folgado que sentava na varanda de sua casa e ficava gritando com as pessoas que passavam. Se fosse mulher dizia o quando sua bunda era enorme, e se fosse homem dizia que era pra ele não passar na sua calçada novamente, pois só era permitido passar moças jovens e bonitas.
Mas havia uma casa que não tinha ninguém, estava com placa de vende-se a semanas ,mas nunca apareceu um comprador. A casa era grande com vários quartos e assim como a minha uma varanda com um quarto de frente o meu, era bonita e com um jardim bem elegante.
Quando eu estava voltando do passeio com Luke, já a tardinha, de longe avistei um caminhão de mudança na casa de frente a minha, eram novos moradores, pareciam ser muito bons de condição tinham vários artefatos e quadros belíssimos. Era a Família Jones, senhor e senhora Jones, e seus dois filhos Maria de 12 anos e Max de 18. Não fui logo de cara falar com eles apenas sentei na minha varanda com meu livro e comecei a ler, mas minha avó sempre querendo ser simpática e fazer novas amizades convidou-os para um jantar aqui em casa, para nos conhecermos e sermos bons vizinhos.
Ajudei-a a preparar o jantar, fizemos um jantar não tão elegante mas delicioso. Subi para meu quarto para tomar banho e me arrumar pro tal "jantar", quando subi olhei da varanda sem sair do quarto e vi Max, confesso que pela decoração do quarto assim como eu gosta muito de rock e pop. Era alto, de boa postura, cabelos lisos e castanho claro, olhos verdes e nariz atrevido. Também lia livros, não consegui decifrar de que gênero eram os livros, mas pareciam ser bons também.
Fechei as cortinas e fui tomar banho. Terminei e desci as escadas para receber os novos vizinhos, não quis me arrumar demais apenas vesti um shorts branco com uma camiseta vermelha e deixei meus cabelos soltos. Estava tudo pronto quando a campainha toca.-Pode deixar que eu abro Anne. - disse vovó.
Então eles entraram. Mag e Joe Jones eram administradores de empresas e resolveram mudar-se pra cá para buscar novos trabalhos e conhecimento em nossa cidade. Entraram de mãos dadas, pareciam se amar muito.
- Mil perdões senhora Marrie, Maria não pode vir pois estava muito cansada da longa viagem, acabou adormecendo em seu quarto e não quisemos acorda-la. - disse Mag com uma voz suave e meiga.
- Mas trouxemos Max nosso primogênito.- Falou o Joe, e logo em seguida Max entrou. Fiquei um pouco vermelha, não imaginava que ele era tão bonito de perto, mas tentei conter-me.
-Sentem-se, logo servirei o jantar. - Disse vovó.
Sentaram-se a mesa e começaram a conversar sobre coisas que, eu nem sei de onde minha avó tirou tanto assunto com alguém que acabou de conhecer. Terminamos o jantar e tiramos a mesa para servir a sobremesa.
- Anne querida, por que não leva Max para passear pelo jardim enquanto eu termino aqui? Assim se conhecem melhor e quando a sobremesa estiver servida eu chamo vocês. - disse vovó sempre querendo dar uma de cupido, e os pais de Max pareceram apoiar, então fomos.
Passeamos pelo jardim onde as luzes da piscina e dos chafarizes iluminavam tudo, e as estrelas formavam uma linda noite. Não conversamos muito, eu que sou a mais tagarela estava completamente travada, enquanto ele parecia distante pensando em outras coisas. Uns 5 minutos de silêncio se passaram e ambos não dissemos uma só palavra, então resolvi quebrar o silêncio.
-Oi! Está tudo bem? - eu disse
-Está sim Anne, está tudo ótimo, me desculpa é que eu não te conheço e não sei o que conversar. - Disse ele com um sorriso de lado.
-Ah então vamos nos conhecer né! - como sempre disse da boca pra fora, parecendo uma tonta, mas por um instante ele me olhou e sorriu. Fiquei com vergonha então mudei de assunto.
- Vai estudar onde.?
- Numa escola aqui perto, não sei o nome, vou fazer o terceiro ano e você estuda onde?
- A poucas quadras daqui, também farei o terceiro. Quem sabe não temos sorte e estudemos na mesma escola. - ele sorriu e acenou com a cabeça que sim.
Passamos um bom tempo conversando ali no banquinho perto das roseiras, já nos conhecíamos o suficiente, pode se dizer que já éramos "amigos". Ouvimos vovó gritar que a sobremesa estava pronta então fomos comer.
- Voltaram bem felizes hein? - disse vovó com um sorriso malicioso. - Sabia que em pouco tempo seriam amigos.
Nos olhamos e começamos a sorrir discretamente.
Ficaram ali um bom tempo, já eram onze da noite então foram embora. Despedi-me de Mag, Joe e por fim de Max, ficamos meio sem ação, não sabíamos se apertávamos as mãos ou se nos abraçávamos então resolvemos nos abraçar e foi um dos melhores abraços do mundo, fiquei meio sem jeito e depois senti uma leve atração, mais contive-me. Nos olhamos, com seus belhos olhos e sua doce voz ele disse:
- Boa noite!
Subi as escadas, tomei banho, vesti meu pijama e fui dormi pensando no quão bom foi o dia de hoje. Acordei assustada com uns gritos desesperados de minha avó dizendo...
# Oi oi gente
Mais um capitulo. Deixa a sua curtida e compartilha ai por favor.
Até o próximo capítulo :*
VOCÊ ESTÁ LENDO
Noites de Prata
RomanceAnne Évans, uma menina de 17 anos cheia de vida. Órfã de mãe, pai que nunca deu o ar de sua graça, ela viveu toda sua vida com sua avó, que sempre zelou e cuidou muito bem dela, mas que depois que cresceu Anne percebeu que sua avó é cheia de mistéri...