Capítulo 25.

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O dia amanheceu, eram umas três da manhã quando levei Max para casa ontem. Hoje vovó chegaria, todo ano ela me traz um presente, o que será que ela trouxe este ano? Enquanto tomava banho ouvi sua voz lá na porta gritando: - ANNE! CHEGUEI MEU AMOR! Terminei meu banho e imediatamente desci para vê-la. Quando a vi pulei e a abracei.

- Estava com saudades. - sussurrei.

- Eu também estava minha flor. - ela beijou minha testa. - Mas e ai, o que aconteceu por aqui enquanto eu estava fora? Não aprontou nada não é mocinha? – ela fez uma cara malvada e imediatamente sorriu.

- Claro que não vó, sabe que me comporto. Aconteceram várias coisas por aqui, mas depois eu te conto direitinho, quero saber como foi lá.

- Lá foi a maravilha de sempre, claro que não foi como as outras vezes que eu fui com você, mas essa foi ótima, fiz até uma amiga.

- Vó todos os anos você faz várias amigas. – revirei os olhos e sorri

- Isso é verdade. - ela sorriu. - Ah, já estava me esquecendo do seu presente, tome. - Ela me deu uma caixinha de musica, era toda vermelhinha com varias pedrinhas brilhantes, e dentro tinha uma bailaria que girava enquanto a caixinha reproduzia o Lago dos Cisnes de Tchaikovsky, era uma das sinfonias que eu mais gostava, minha mãe e eu sempre brincávamos juntas no jardim, éramos as princesas do lago dos cisnes, e dançávamos a linda valsa com nossos príncipes imaginários, era muito divertido. Agradeci minha avó pelo maravilhoso presente e subi para meu quarto, coloquei a caixinha na cabeceira perto de minha cama, deitei e fiquei quietinha ouvindo o doce som daquela caixinha, e adormeci.

Eu estava em uma igreja muito bonita, estava tudo decorado com varias flores, vários laços, parecia ser o cenário de um casamento, o noivo estava lá, perto do reverendo. E começaram a entrada, as damas de honra, as alianças e a florista, e começava a entrar uma menina de cabelos compridos, o vestido curto e rodado vermelho, com uma rosa branca em uma mão, e na outra um microfone, ela vinha cantando, era uma musica romântica, bem conhecida por sinal. A noiva vinha logo atrás, mas estava com o rosto coberto, e quando a menina se aproximou de onde eu estava eu a reconheci, ela era eu. Fui para perto dela, mas ninguém me via, era como se eu fosse um espirito que andava por ali, mas ninguém me via ou se quer tocava em mim. Ela chegou o altar, e cumprimentou o noivo, que deu um beijo em sua testa e ela se retirou, olhei para o rosto do noivo, também o conhecia. - Pai? - eu dizia, mas ela não me ouvia, apenas olhava para a porta, pois a noiva estava entrando, ela também estava linda, mas não conseguia ver o seu rosto. Todos que eu conhecia estavam ali, meus amigos, parentes, vizinhos, inclusive Jeason, ela estava sentado ao meu lado de mãos dadas comigo, e nós parecíamos muito felizes, Kelly e Ben também estavam lá, Kelly estava segurando um bebezinho nos braços, Allison estava grávida, mas eu não via Max, ou se quer a sua família, ninguém. E a noiva já estava no pé do altar, lentamente ela sobe o véu que cobria o seu rosto, e quando finalmente eu veria a noiva, escuto alguém me chamar. – Anne? Anne! ANNE!!!! - e acordei.

- Você dormiu demais queria. - minha avó dizia. - levante-se, coma algo e se arrume, vamos para a igreja hoje.

- Que igreja?

- A que eu frequento Anne, a do Reverendo Samuel.

- Está bem. - desci e comi algumas panquecas com suco de laranja que minha avó havia feito. Depois que arrumei para ir à igreja, vesti uma saia rodada preta com uma camiseta branca e um tênis branco, peguei uma das bíblias de minha avó, então saímos.

A igreja não era muito grande, mas não era tão pequena, como vovó e eu chegamos um pouco atrasadas já tinham varias pessoa na igreja, ela sentou-se lá na frente junto com suas amigas, e eu não quis ir lá para frente, procurei um lugar mais atrás, e tinha um lugar vazio, as pessoas quando chegavam na igreja ajoelhavam-se e oravam, mas eu quase nunca vinha a igreja, e não sabia orar, apenas me ajoelhei e fiz a oração que minha avó me ensinara quando pequena. Ao me levantar olhei para o lado, e o vi, Jeason, já esperava encontra-lo mas não ao meu lado.

- Você de novo. – sussurrei.

- Olha se você quiser marcar um encontro a gente combina ta? - ele sorriu.

- Sem piadinhas hoje ta engraçadinho?! - eu disse fazendo careta.

- Desculpe, é por que sai assim, naturalmente. - ele sorriu. - Achei que não frequentava igrejas.

- Não mesmo, eu venho com minha avó, ela diz que todos nós devemos ter um pouco de santidade em nossas vidas, por mais pouco que seja.

- E ela esta mais que certa. – ele acenava com a cabeça.

- Não tenho muito o costume, mas eu gosto.

- Moramos um atrás do outro, vivemos nos encontrando por ai, às vezes nos desentendemos, mas quem nunca não é? Por que não somos amigos?

- Não sei, acho que por que nunca nos demos a oportunidade, só conheço o "Jeason ignorante", "arrogante" que só sabe me irritar.

- E eu só conheço a "estressadinha". - ele disfarçadamente sorriu, fechei a mão como quem vai dar um murro, mas respeitei o local onde estávamos.

- Calma. - ele sorriu. - Amigos? - ele estendeu a mão.

- Amigos. - eu apertei sua mão de volta.

Conversamos bastante, e descobrimos varais coisas um do outro, inclusive coisa que temos em comum, confesso que ele não era nada do que eu pensei. Vovó nos levou para jantar com a família do reverendo, comemos numa pizzaria que ficava ali pertinho, a pizza de lá era ótima, conversamos bastante, rimos e nos divertimos muito. E quando quase tudo parecia estar bem, o meu celular toca, era uma chamada de Mag, já estava nervosa pois ela quase nunca me ligava.

- Alô? - eu disse.

- Anne?

- Sim Mag, o que aconteceu? – estava com uma voz preocupada já temendo o pior.

- Calma, esta tudo bem! – dei uma respirada funda e aliviada. - Só liguei para avisar a você caso fosse lá em casa e não encontrasse ninguém, não estranhe, Max se sentiu mal outra vez, e vai ter que ficar no hospital permanentemente, pois se acontecer outra recaída novamente ele pode não resistir. Mas não se preocupe, ele já esta bem, já consegue respirar sozinho, e já está conversando normalmente. Não precisa vir aqui hoje, pode deixar que nós cuidaremos dele, venha aqui amanhã depois de meio dia que ai você fica o resto da tarde e depois eu volto para ficar a noite está bem?

- Tudo bem eu entendi, por favor, dê um beijo nele e diga que eu o amo muito.

- Esta bem, boa noite querida.

- Boa noite Mag.

Voltei para a mesa, terminamos o jantar e fomos todos para suas casas. Cheguei em casa, deitei no sofá e fui assistir um filme com vovó. Peguei o meu celular e fui olhar minhas mensagens, havia uma mensagem de Max.

Boa noite para a menina mais linda desse mundo. Não vai esquecer do nosso compromisso de amanhã hein! Ah, e eu também te amo.

Como eu poderia me esquecer, amanhã era um dia mais que especial, era a ultima note de Silver Nights da temporada.

#Oi oi gente

Mais um capitulo, espero que gostem, não esqueçam de votar, comentem o que acharam.

Bjs e até o próximo capitulo. :*

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