Capitulo 23

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Uma ambulância chegou e fomos direto para o hospital, meu pai assim que soube foi avisar os pais de Max, eu não conseguia pensar, tudo o que me passava pela cabeça era que o grande amor de minha vida estava morrendo e eu não podia fazer nada para impedir que ele partisse. O levaram direto para a sala de emergência, e não podia entrar ninguém, o que me deixava mais desesperada ainda, se ele tinha de partir, que pelo menos eu passasse os últimos segundos de sua vida ao seu lado. Meu pai chegou, e com ele veio Mag e Joe, Mag assim como eu estava desesperada, uma enfermeira nos levou para a sala de espera para que nos acalmássemos e pudéssemos estar bem para que quando Max acordasse visse que estávamos bem.

Horas se passaram e nenhuma noticia sua, eu tentava mostrar que estava bem, conseguia disfarçar para as pessoas, mas eu dentro de minha alma sabia que não estava bem, tentava ser forte, mas a tristeza me consumia, a preocupação não me deixava pensar, tudo que eu queria era que nada disso estivesse acontecendo.

Já eram quase cinco da manhã quando trouxeram Max para um quarto onde ele passaria algumas noites internado em observação. Mag e Joe tinham prioridade de entrar primeiro pois eram os pais, ficaram com ele uns trinta minutos e depois foram conversar com o médico, então eu entrei, ele aparentava estar bem, um pouco pálido mas segundo o doutor ele estava melhor. Todos saíram e eu fiquei sozinha com ele, não me importei com nada, a cama era espaçosa, eu me deitei ao seu lado e segurei sua mão que agora estava fria e branca.

- Por favor não me deixa. - eu disse com o choro engasgado na garganta e um lagrima escorreu em minha face.

- Meu amor. - sua voz fraca e trêmula. - Todos nós um dia partiremos, meus dias foram menos do que eu esperava mas tudo bem, tudo tem um proposito, tudo tem o seu motivo. Mas quero que saiba que mesmo eu partindo, em toda minha historia de vida eu nunca, jamais amei alguém como eu te amo.

- Pode ficar por aqui só mais um pouquinho?

- Por você eu ficaria, mas tem alguém precisando de mim lá em cima, e eu preciso ir.

- Vai ficar quanto tempo aqui no hospital?

- Uns três dias, e logo estarei em casa para aproveitarmos o maior tempo possível juntos.

- Não faz mais isso comigo por favor, quase parto junto com você. - ele sorriu, e beijou minha testa, eu o abracei e fechei os olhos.

- Senhorita Évans acorde. - já era meio dia, nem percebi que havia dormido, acordei com a enfermeira me chamando pois estava na hora do almoço de Max. Olhei para mim e percebi que ainda estava com a roupa e maquiagem do casamento, meu pai me levou para casa para que eu me trocasse, comesse algo e depois eu poderia voltar para ficar com Max, obedeci, afinal eu estava mesmo precisando de um bom banho.

Fui para casa, estava tudo exatamente como eu deixei, recebi noticias de que Rick e Alisson acabaram cancelando a festa por conta do que houve com Max, saíram em lua de mel e resolveram fazer a festa quando voltassem. Tomei banho, um banho bem demorado para relaxar bastante, vesti um vestido bem confortável, comi um prato de comida feita que meu pai trouxe para que eu me alimentasse, mas a casa estava em um silencio muito estranho, algo estava errado, Luke havia sumido. Olhei em todos os cantos da casa, no jardim, na sua casinha onde ele geralmente fica e não o encontrei, já estava preocupada por que ele não costuma sair de casa a não ser quando vamos passear. Com os nervos a flor da pele fui pegar o celular para ver se Maria não o tinha visto pois ela as vezes leva Luke para sua casa e brincam juntos, quando já estou com o celular em mãos a campainha toca. Ao abrir a porta eu encontro Jeason com Luke ao seu lado, que ao me ver pula em mim e me derruba no chão.

- Como o encontrou?- perguntei

- Não foi eu, ele me encontrou. - Ele estendeu a mão e puxou me levantando. - Eu estava caminhando de manhã cedo por aqui, e ele começou a latir na porta do jardim, quando me aproximei ele saiu, estava com a guia na boca então o levei para passear comigo já que não tinha ninguém em casa. O trouxe só agora por que não ia deixa-lo sozinho com o risco de sair novamente, ouvi você cantando no banheiro e deduzi que estaria em casa.

- Como assim me escutou cantar no banheiro? - fiquei com vergonha pois não sabia que eu alguém me escutava cantar.

- Eu gosto muito de sentar no jardim para tocar violão ou ler algum livro, e sempre quando estou lá eu escuto você cantar. Ta bom eu admito que você canta até bem.

- Sei que não, mas obrigado assim mesmo, e obrigado por cuidar de Luke. Até que quando você não é insuportavelmente chato, é uma pessoa boa. - eu sorri.

- Haha, eu chato? Você que é muito estressadinha e sempre quer ser sabidona.

- Eu já falei pra não me chamar assim, palhaço!

- Ta bom, ta bom, não precisa se alterar, eu já estou indo.

- Esta bem, obrigado novamente.

- Até logo então. - ele me deu um beijo no rosto, dei um passo para traz pois não esperava por isso. - Estressadinha. - ele sorriu e piscou o olho direito, fiz careta e fechei a porta. Como pode existir uma pessoa assim?! Mesmo chata, aparentemente boa, interessante e misteriosa, capaz de confundir qualquer um.

***

Uma semana se passou, Max já havia saído do hospital, ele estava andando agora de cadeira de rodas pois devido a doença muito avançada ele já não aguentava fazer muito esforço. Hoje fazíamos exatamente um ano e três meses de namoro, e Max sempre se adiantava e preparava alguma surpresa para mim, mas eu me preparei e hoje era a minha vez de surpreende-lo...

# Oi Oi gente

Mais um capitulo, espero que gostem, curtam e comentem o que vocês acharam.

Até terça :*

Noites de PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora