JHON.
Olá, sou Jônatas Peterson, sou formado em química e psicologia, e estou muito feliz de estar dando aula na escola na qual eu estudei quando eu era jovem, mas essa escola me traz um grande trauma, um peso nas costas que eu me arrependo muito hoje. A 17 ou 18 anos atrás, quando eu estudava aqui conheci uma menina, muito linda, namorei ela uns dois ou três meses nos conhecíamos desde a primeira séria do ensino médio. Numa noite chamei ela e uns amigos para comer pizza, e eu já bêbado não me lembro de nada, me contaram apenas que eu e minha amada fomos para um motel, dias depois recebi notícias que ela havia sido abusada, e pior, eu era este estuprador, mas mesmo eu estando bêbado, eu sei que não cometi tamanha crueldade, eu a amava muito para ter feito isso. Ah como eu me arrependo do que fiz, se eu pudesse voltar atrás e reparar o meu erro, faria tudo diferente, e não carregaria tamanha mágoa em meu peito.
Muitas vezes tentei procura-la para que ela me perdoasse, mas nunca mais a vi, acho que ela talvez foi embora com sua mãe para outra cidade e eu resolvi fazer o mesmo, tentar esquecer, refazer minha vida, e quando tudo parecia estar melhor eu recebo a notícia de que ela estava grávida, naquele momento eu fiquei feliz pois eu iria ser pai, mas muito triste por que não poderia nem chegar perto de meu filho ou filha, saber como era o seu rosto, poder dar todo o meu amor e carinho. Muitas vezes quis voltar para minha cidade e procura-la novamente, mas não conseguia, ela não queria me ver nem pintado de ouro, até que um dia parei de procura-la, por que não adiantaria mais de nada, a mais triste, desesperadora, e dolorosa notícia chegou até mim em uma noite fria de outono, tarde da noite, o telefone tocou e a pior das piores coisas aconteceu, o grande amor de minha vida morreu de acidente de carro em uma rodovia perto da cidade, e o pior, morreu sem eu saber se me perdoara ou não, sofri vários dias por conta de sua morte, aos poucos segui a vida, não tive outra mulher em minha vida a não ser ela, tentei sair com outras mulheres mas era inevitável, as memórias dominavam a minha mente, lembrava do seu rosto, seu sorriso, seu perfume, e nenhuma das outras mulheres eram como ela.
Voltei para reencontrar minha filha, ser o pai que ela precisa e também ter o seu perdão, pois sei que não foi fácil viver todos esses anos sem pai e sem mãe, sendo criada apenas por sua avó, vê-la, abraça-la, e dar todo amor que não pude dar todo esse tempo.
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O professor entrou na sala, ele não era muito feio não, tinha olhos negros, cabelo meio ondulado, barba bem feita, era um homem bastante formoso aos olhos das mulheres da idade dele. Colocou seus materiais em sua bancada e apresentou-se para a classe:
- Bom dia turma! Sou o novo professor substituto de vocês, meu nome é Jônatas Peterson, mas podem me chamar apenas de Jhon, ou professor Jhon. Ficaremos juntos o semestre inteiro, o antigo professor de vocês tirou uma licença bem grande e não virá esses seis meses, o que ocorrerá que ficaremos bastante tempo juntos. Então vamos começar a aula nos apresentando, peço que de um por um levante e se apresente para mim.
E assim foi, de um em um foram se apresentando os alunos da classe, até que chegou minha vez:
- Olá! Sou Anne Évans, seja bem vindo professor Jhon.
E por um minuto ele calou-se e me olhou de uma forma estranha como se me conhecesse, não disse nada, apenas sentei-me em minha bancada e fiquei pensando. Logo o professor voltou à realidade e passou uma tarefa, que poderia ser em trio ou dupla, Alisson já estava bem próxima de nós e fez um trio com Rick e Kelly, não fiquei chateada por ela não ter me colocado, sabia que Kelly era mais próxima que eu, e que Rick era praticamente seu "ficante", então fui em busca de alguém para fazer dupla ou trio comigo, mas todos já tinham seus trios e duplas, até Violet tinha seu trio, que claro Violet a insuportável e suas discípulas.
Sentei-me e já sem esperanças folheei o trabalho para ver se tinha a possibilidade de eu faze-lo individual e quando eu estou sentada, calmamente sinto alguém tocar meu ombro, me arrepiei, eu conhecia aquele toque.
- Max. - eu disse virando de costas devagar.
- Olá Anne, dormiu bem?!
- Claro, dormi sim, como não dormiria. E você?
- Também dormi muito bem. E ai vamos fazer de dupla?
- Cla...claro! Vamos sim!
- Então ta, na minha casa então, três horas.
- Ok!
Ainda não entrava na minha cabeça que eu iria a casa de Max, certo que já temos uma certa "intimidade" pode se dizer assim, mas sempre ele vinha na minha casa ou na escola, nunca fui a casa dele, estava meio nervosa mas consegui disfarçar.
Faltavam dez minutos para que acabasse a aula, o professor nos entregou uma lista para que puséssemos nosso dados pessoais, como nome dos pais, telefone, endereço e outros coisas mais, ele disse que gosta muito que seus alunos o conheçam e que ele conheça seus alunos. O horário bateu, fui a última a entregar minha listinha de dados, não preenchi quase nada apenas meu nome, telefone, endereço e com quem eu morava, afinal não sabia o nome do meu pai, minha mãe infelizmente já havia morrido, eu não tinha irmãos, apenas entreguei a ele e ele disse:
- Anne Évans? - dei meia volta e disse:
- Sim professor.
- Seus dados, você é órfã?
- Até onde eu sei só de mãe.
- O que houve com seu pai?
Naquele momento engoli o meu choro e disse;
- Aquele infeliz? Não sei nada dele, e prefiro não saber. - eu disse cheia de fúria.
- Mas por quê? O que ele lhe fez?
- Me desculpe, mas prefiro não falar disso. - Saí da sala e fui para o refeitório.
"Meu deus, que passado tem essa garota, seus olhos são como os de minha amada Karmem, o que ela me contou se aparenta um pouco com meu terrível passado, mas não pode ser ela, não, não é possível, é apenas fruto da minha imaginação, ela não é minha filha, está fácil demais para ser verdade."
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No refeitório sentei com meus amigos, desta vez Max sentou-se conosco, bem do meu lado, por que ele tem essa incrível capacidade de consegui me tirar do serio? E por que eu gosto tanto disso?
- O que o professor queria com você Anne? - Perguntou Alisson tirando-me de meus pensamentos.
- Perguntar por que eu não preenchi toda a lista, quer saber eu achei ele muito estranho e intrometido, claro, eu gostei muito de sua aula, como ele interage conosco, mas ele me olha de um jeito diferente, como se já me conhecesse, é estranho. Depois ficou me perguntando coisas sobre minha mãe, meu pai, meu passado.
- Ah, deve ser impressão sua, ele é psicólogo, talvez ele deva que você tem algum problema e ele talvez queira resolver, sei lá.
- Graças a Deus não tenho problema nenhum. - eu disse sorrindo.
O sinal tocou e fomos liberados, os professores iam fazer uma reunião sobre nossas futuras avaliações. Sai do portão e estava caminhando para ir pra casa quando Max me chama:
- Anne espere!- ele gritou e eu parei para espera-lo.
- Sim Max, o que houve?
- Nosso trabalho, quer almoçar lá em casa hoje?
- Eu? Ta... Ta bom, e.. eu vou, claro. - falei toda sem jeito
- Então ta! Vem eu te levo de moto, você se troca e vai lá pra casa.
- Ok, então vamos.
Saímos na moto dele e fomos para casa, estava tão ansiosa e nervosa por aquele momento. Desci da moto e subi para o quarto, tinha me arrumar para o almoço.
# Oi Oi
# Mais um capítulo pra vocês, espero que gostem.
Obrigado vocês que me deram ideias e opiniões, ajudaram bastante.
Continuem me ajudando para o capítulo ficar ainda melhor.
Beijos da Tezinha :* :v
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Noites de Prata
RomanceAnne Évans, uma menina de 17 anos cheia de vida. Órfã de mãe, pai que nunca deu o ar de sua graça, ela viveu toda sua vida com sua avó, que sempre zelou e cuidou muito bem dela, mas que depois que cresceu Anne percebeu que sua avó é cheia de mistéri...