Capítulo 8

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Acordei sentindo uma coisa estranha, como se algo estivesse me lambendo. Abri os olhos, era Luke, amo quando ele me acorda, minha vontade é de dormir o resto do dia, mas tinha que arrumar a casa, levanto e vou até a cozinha tomar café, eram umas nove horas da manhã, desci as escadas só de pantufas e meu pijama de ursinhos mesmo, não tinha por que me arrumar para tomar café. Fui à cozinha e fiz algumas torradas com leite, e indo em direção a sala pra assistir TV ouvi o barulho do trinco na porta abrindo, me assustei quando vi, era vovó.

- Vó? Mas, você não ia chegar ontem a noite? Onde você estava?

- An... Anne, eu estava resolvendo alguns assuntos fora da cidade, tive um imprevisto e então acabei dormindo na cidade vizinha mesmo.

- Mas que assuntos são esses vó, me conta o que você esta fazendo?

- Nada, nada minha filha, é só umas coisas importantes que eu tive que resolver nada de mais.

Ela subiu para seu quarto meio estranha, e me deixou sozinha na sala, o que será que ela esconde de mim?

****

*Algumas semanas depois*

Era hora do jantar, vovó tinha preparado lasanha, Max vinha jantar aqui em casa.

- Vó, já terminei de arrumar a mesa, agora vou subir e me arrumar.

- Tudo bem querida.

Subo rumo ao meu quarto, separei um short simples uma camiseta de alcinha, e entro para o banho. Quando estou saindo do banheiro eu ouço a campainha tocar.

"deve ser Max" - penso

Arrumei-me o mais rápido possível e desci as escadas.

- MAX! - grito

- ANNE! - Ele corre e me abraça. - Eu estava com saudades! – sussurra.

- Nós nos vimos ontem...

- Então, ontem de manhã, há vinte e quatro horas, tempo demais! - ele sorriu e me beijou.

- Venham pombinhos vamos jantar. - disse vovó

Então fomos, comemos a deliciosa lasanha de minha avó, maravilhosa, não sei como ela consegue cozinhar tão bem.

- Nossa tia Rosy, a senhora caprichou hoje, aliás, como sempre! - disse Max.

- Obrigado querido. - disse vovó

- Ah vó, deixa de ser puxa saco. - eu digo sorrindo - Vem vamos assistir alguma serie. – peguei na mão de Max.

Fomos eu e ele para o sofá da sala assistir serie na Netflix. Passaram-se alguns minutos e o telefone tocou. Corri para atender, mas quando eu estava me aproximando da mesinha em que o telefone estava minha avó gritou desesperada:

- NÃÃOO!!! NÃO ATENDA!

Mais era tarde, eu já havia atendido.

- Alô? - eu disse

- Mãe? - a voz do outro lado da linha respondeu e imediatamente minha avó tomou o Telefone e gritou:

- EU DISSE QUE EU ATENDERIA!

Deixei-a falando com a tal mulher, mas algo dentro de mim me deixava impaciente, eu conhecia aquela voz de algum lugar. Sentei no sofá e comecei sussurrar com Max o que acabara de acontecer.

- Eu sinto amor, eu sei que eu conheço aquela voz, eu só não consigo me lembrar. - eu disse

- O que a mulher disse?

- Ela falou "Mãe", mas não pode ser, minha mãe morreu a doze anos atrás, e minha avó não teve outros filhos.

- Quem poderá ser?

Noites de PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora