Capítulo 7

155 19 0
                                    

Como sempre tomei banho, e pela primeira vez em toda minha vida eu não sabia o que vestir, não era meu primeiro encontro, nem festa, nem encontro casual, eu apenas ia à casa do meu amigo vizinho, almoçar com ele e fazer um trabalho de escola, e eu preocupada com o que vestir, era realmente uma verdadeira agonia.

Resolvi vesti um shorts, não muito curto, optei por um short florido e uma camiseta cinza, deixei meus cabelos soltos e calcei meu all-star branco, peguei meu celular e sai. Chegando na casa de Max toquei a campainha e quem abriu foi sua irmã.

- Olá! Max está? - eu disse

- Está sim! Está a sua espera lá no jardim, vem vamos. Ah e muito prazer, sou Maria.

- Muito prazer Maria, sou Anne! - Saímos para o jardim ao encontro de Max.

Chegando lá, Max estava arrumando a mesa que estava debaixo de uma casinha de maracujazeiro, tudo muito bonitinho, ele me cumprimentou e disse pra eu me sentar que já ele serviria o almoço.

- Espero que goste de lasanha. - disse ele

- Claro gosto sim. - eu disse. - E seus pais?

- Saíram em uma viajem de negócios, voltam só amanhã a tarde.

- Gente, por favor, vocês tem muito tempo para conversar, eu estou com fome! - disse Maria impaciente

- Ok Maria vamos comer.- disse Max sorrindo e servindo um enorme pedaço de lasanha para Maria. Era muito legal ver como os dois se davam bem, seria muito bom se eu tivesse um irmão ou irmã, compartilhar as coisas, brigar sem motivo e em poucos minutos fazer as pazes, seria muito bom.

Terminamos de comer, Maria foi para seu quarto, disse que queria dormir pois dormiu muito tarde na noite passada por conta de um teste de matemática. Max me levou para conhecer a casa, me mostrou tudo, desde o jardim até a sua garagem, subimos ao seu quarto para começarmos o trabalho. O quarto dele era parecido com o meu, cheio de posts, vários livros, CD's, uma guitarra, e perto da cama um violão, é, ele tem bom gosto.

- Então, o que vamos fazer? - perguntei.

- O que você gostaria? - ele disse

- Pensei em um vulcão, mas acho que muitos vão fazer por que é muito fácil, temos que fazer uma coisa única, exclusiva, uma coisa que nos agrade e agrade ao professor.

- Um vulcão seria bacana. Por que não fazemos a replica de nossa cidade? Escola, ou até mesmo do nosso bairro?

- Legal, mas não vai dar de fazermos hoje, temos que montar no computador, fazer tudo direitinho.

- Calma Anne! – ele tocou minha mão, estava torcendo para que ele não tivesse percebido o quanto eu estava nervosa. - É só pra semana que vem, vamos conseguir. - ele sorriu, pegou o violão e começou a tocar.

- Gosta de música? - ele perguntou

- Sim! Gosto muito.

- Canta pra mim Anne, tenho certeza que sua voz cantando é tão bela quanto seu sorriso.

- Acredite, eu não canto muito bem Max, sou um desastre no canto. Canta você, parece que gosta muito disso. - ele sorriu.

- Eu Amo quando você faz isso!

- Faço oque? - o olhei confusa.

- Fica vermelha toda vez que eu sorrio pra você. - fiquei mais vermelha ainda, e então ele se aproximou de mim e começou a cantar.

- Eu dedico essa música pra você, se chama Photograph do Ed Sheeran, espero que goste. - Então ele começou:

"Amar pode doer
Amar pode doer às vezes
Mas é a única coisa que eu sei
Quando fica difícil
Você sabe que pode ficar difícil algumas vezes
É a única coisa que nos faz sentir vivos

Noites de PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora