Capitulo 35

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Acho que naquele momento não existia um alguém mais confuso que eu.

- Não mamãe, deixe-me conversar com ela, você não esta em condições para isso agora, se recupere primeiro e em casa conversamos todas juntas. Vamos Anne, temos muito que conversar. - ela beijou a mão de minha avó, e nos retiramos da sala, pedimos a uma enfermeira para que ficasse de olho em minha avó até voltarmos, Jeason teve de ir para casa, então aquela mulher e eu fomos a uma lanchonete no mesmo quarteirão do hospital.

Enquanto caminhávamos nada me passava pela cabeça a não ser questionamentos, o que estava acontecendo? Quem era aquela mulher e o que estava fazendo ali? Como e de onde me conhecia? Por que chama a minha avó de mãe se a única filha que minha avó teve (ou pelo menos eu sei que teve) foi minha mãe? Minha mente estava um tanto conturbada com toda aquela situação.

Chegamos, sentamos em uma mesa perto da janela, ela de um lado e eu do outro lado, de forma quem ficamos frente a frente, então ela pediu dois sanduiches, dois sucos e começou:

- Imagino que esteja muito confusa neste momento, com inúmeras perguntas na cabeça, mas eu prometo tentar responder a todas elas. - ela disse com uma calmaria cativante, e eu confesso que ela era muito bonita, parecia aquelas modelos famosas sabe? Um pouco alta, cabelos mais ou menos compridos, com algumas luzes loiras, tinha seus olhos verdes e penetrantes, com um corpo invejável.

- Primeiramente, quem é você? De onde veio e como conhece minha avó?

- Eu sou Rachel, sou praticamente uma tia sua. Não é muito fácil dizer de onde eu vim por que eu não tenho um lugar fixo onde eu fique, eu viajo sempre para vários lugares, agora por exemplo eu estou vindo de Cancun, uma cidade na costa do México, e sua avó é minha mãe.

- Como? Ela sempre me disse que a única filha que ela teve foi minha mãe.

- É um pouco complicado, eu fui bailarina até os meus 15 anos, eu e sua avó nos conhecemos numa vez que ela viajou para minha cidade natal, eu era órfã e bem pequena mias ou menos uns sete anos. Eu morava junto com as outras meninas na escola de balé, era uma como uma irmandade que ajudava crianças órfãs e de pouca renda, era bem humilde, e estava prestes falir. Na nossa quase ultima apresentação sua avó assistiu, eu fiz uma apresentação solo, e ela adorou, resolveu ajudar a nossa escola e me adotar também, me trouxe pra cá e vivemos um bom tempo juntas.

- E o que aconteceu depois? Nunca me falaram de você.

- Eu cresci, e com a ajuda de sua avó no auge de minha carreira eu comecei a fazer muito sucesso, com 10 anos eu recebi uma bolsa de estudos para estudar fora do país, mamãe achou bom que eu não rejeitasse aquela oportunidade única, e eu fui, completei meus estudos e me tornei uma bailarina profissional, desenvolvi uma paixão por moda, me aprimorei e me especializei no assunto, hoje eu faço os dois, por isso viajo tanto.

- E por que só voltou agora?

- Por que eu senti que precisava voltar, e eu estava com muita saudade desse lugar.

- Gostei de você, é mais simpática do que aparenta ser, só não entendo por que minha avó nunca falou de você pra mim.

- Sinceramente eu também nunca concordei em esconder isso de você, sempre fui louca para conhecer a minha sobrinha linda! - ela sorriu e segurou minha mão. - Talvez ela achasse que isso seria o melhor a fazer, você mais do que ninguém sabe como ela é, mas por favor perdoe-a por isso, ela precisa de nós.

- Sim eu mesmo com tudo que ela fez e tem feito eu a amo, ela é uma das pessoas que eu mais amo na minha vida.

- Você tem a mesma compaixão e amor intenso de sua mãe. – sorri ao ouvir aquilo, amava quando me comparavam a minha mãe, ela era o meu exemplo.

-Mas falando nela, você não é tão velha assim, conheceu minha mãe?

-Sim, uma pessoa amável, carinhosa, educada, paciente, dona da voz mais linda que eu já ouvi, uma verdadeira flor, nós duas somos muito amigas.

- "Fomos" você quis dizer não é? Minha mãe morreu já faz 13 anos.

- Como disse?

- Minha mãe, Karmem Marrie Évans faleceu quando eu tinha 5 anos de idade.

- Bem, esta é uma historia meio delicada, eu prefiro que você saiba junto com sua avó.

- Agora que você começou tem que terminar. E eu tenho todo direito de saber, vai falar da minha mãe não é? Por favor, não me esconda nada. – eu comecei ficar muito nervosa.

- Está bem, você tem toda razão, eu vou te contar tudo.

O garçom chegou com nossos pedidos, ela tomou um pouco de suco, apoiou os cotovelos na mesa, cruzou os braços e olhou no fundo dos meus olhos dizendo:

- Sua mãe não morreu Anne, e nunca esteve morta. – Ao ouvir aquilo senti meu coração a apertar, não sabia se sorria ou se chorava, minha mente estava muito confusa.

- O que aconteceu com ela? – meu olhos começaram a marejar.

- Ela teve problemas muito sérios e precisou ir embora, nós duas como eu disse SOMOS muito amigas, e mantemos contato até hoje. Você merece saber de tudo Anne, mas eu não sou a melhor pessoa para lhe contar esta historia toda, é melhor que ela mesma te conte e explique tudo isso.

#Opa Kkk Oi Oi gente.

Mais um capitulo pra vocês, espero que tenham gostado, ainda estamos no plano de terminar o livro até o fim do ano, por isso ainda virão diversas surpresas pela frente. Estou participando de um projeto super importante, no qual se der tudo certo provavelmente eu possa publicar este livro, ou não, tudo vai depender de como eu me sair. Preciso que curtam e compartilhem o quanto puderem por que isso vai ajudar mais ainda. Continue acompanhando, amo muito cada um de vocês.

Beijos e até o próximo capitulo. :*

Noites de PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora