Já umas seis da tarde, estávamos voltando da praia. Nosso bairro é um dos mais altos da cidade, e fica uma vista linda da cidade inteira, Max e eu sentamos no banquinho que tinha perto da casa do senhor Wilbur, debaixo de um poste de luz, e ali, perto de anoitecer estávamos nós, vendo a partida do sol e a chegada da lua com as estrelas.
- Não suportaria a ideia de te perder sabia? - eu disse olhando pra ele.
- Não pense isso, no que depender de mim você nunca vai me perder! - ele disse me beijando.
Já de noite Max veio me deixar na porta de casa, estava bastante cansada porém muito feliz, me despedi dele e entrei. Subi para meu quarto e fui tomar banho, desci para jantar e assistir alguma coisa. Vovó estava no banho, e eu sentada no sofá com uma bela pratada de macarrão, quando eu escuto a campainha tocar.
"Mas já? Será mesmo que é ele?" - Pensei.
Levantei e fui abrir a porta, e meus pensamentos estavam certos, era mesmo ele, professor Jhon.
- Sabia que viria, mas não que seria tão cedo assim. - eu disse sorrindo.
- Prometi que viria, e aqui estou. - ele sorriu.
- Entre professor, minha avó esta no banho, mas não deve demorar. - Ele entrou
- E ai, como foi seu dia hoje? Presumo pelo seu sorriso que deve ter sido muito bom não é mesmo? - Ele perguntou.
- É, foi sim, foi ótimo, não imaginaria nada melhor. Professor o senhor é casado? – Poderia ser que eu estava sendo intrometida, mas eu queria conhecê-lo melhor.
- Não minha querida, bem que eu queria, mas nunca mais amei nenhuma outra mulher como minha amada rosa branca, tão linda, a lembrança do seu lindo rosto em minha mente, não permite que eu me encante por nenhuma outra mulher, é como se ela continuasse aqui, comigo, viva, e como se fossemos nos encontrar a qualquer momento.
- Você fala dela com tanto amor, tanta intensidade, deve tê-la amado muito.
- Mais do que você pode imaginar, ela foi o grande e extremo amor de minha vida.
- Eu sempre gostei de historias de amor, e sonhei desde pequena em ter uma historia de amor bonita assim.
- Todos um dia somos alcançados por essa dádiva, você também vaiconseguir, tenha fé.
Depois de vários minutos conversando com o professor Jhon, ouvi passos descendo as escadas, vovó estava descendo, será que ela vai gostar do professor tanto quanto eu? Espero que sim, mesmo com só alguns meses de convivência ele já se tornou muito especial na minha vida. Vovó estava descendo, era agora, era a hora, eles se encontrariam. Quando ela desceu, nem olhou para nós, pois estava com um livro nas mãos então eu disse:
- Vó! Quero que conheça alguém - disse apontado para o professor.
Ela virou-se, olhou, derrubou o livro no chão, estava pálida, parecia que havia visto assombração, e quando dei por mim ela estava no chão desmaiada. Imediatamente eu e professor Jhon corremos para socorrê-la, era um verdadeiro desespero, minha avó era uma senhora saudável, mas não deixava de me preocupar, ela era muito importante pra mim, não sei o que aconteceria se não a tivesse comigo. Professor Jhon a socorreu e conseguimos reanima-la.
- Rosy? Rosy você está bem?- ele disse e ela meio zonza respondeu:
- Sim, sim estou melhor.
- Anne querida pegue um como de água para sua avó, por favor? - eu fui.
- É você mesmo Jônatas?- perguntou Rosy baixinho.
- Sim tia Rosy, sou eu!
- Toma vó. - eu disse. - Bom vó, já que esta melhor vou deixar vocês a sós um pouco, qualquer coisa me chame.
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Noites de Prata
RomanceAnne Évans, uma menina de 17 anos cheia de vida. Órfã de mãe, pai que nunca deu o ar de sua graça, ela viveu toda sua vida com sua avó, que sempre zelou e cuidou muito bem dela, mas que depois que cresceu Anne percebeu que sua avó é cheia de mistéri...