Capítulo 3

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Um ano e três meses

Eu estava na casa da Laís, já que hoje eu estava de folga, assim como ela. Havia passado antes na casa da minha mãe. O Caio estava crescendo rápido demais, já inventou até uma história de que tem uma namorada na escola.

- Eu já sou bem crescido, ter uma namorada é algo completamente normal. - Dizia ele convicto de suas palavras.

A novidade da vez é que a Laís está grávida, ela descobriu há quatro meses, ela está bem perto de completar o quinto mês de gestação.

Estávamos conversando sobre o filho ou filha dela. De repente eu comecei a me senti um pouco mal e tudo se escureceu.

Rafael narrando.

Eu estava no escritório olhando alguns papeis dos processos do mês anteriores quanto fui interrompido pelo som do meu celular, na tela do celular piscava o numero da Laís, o que era um pouco estranho.

-Alô?- Coloquei o telefone pressionado entre o ouvido e o ombro, enquanto usava as mãos, agora desocupadas, para arrumar minha mesa incrivelmente bagunçada.

- Rafael, a Ester passou mal, eu estou com ela no hospital, ela está bem, mas preciso que você venha aqui. - Ela falou tão despreocupada que até me pareceu brincadeira.

- O que aconteceu com ela?- Indaguei preocupado, já saindo do escritório.

-Vem logo pro hospital. - Ordenou.

- Ta, já estou a caminho.

Ester narrando.

Abri meus olhos e encarei a Laís ao meu lado. Ela me parecia tão despreocupada.

- O que houve. - Me sentei na cama.

- Nós estávamos conversando, aí você desmaiou. O doutor fez uns exames e já deve está voltando. E eu liguei para o Rafa, ele já deve está chegando. - Ela tinha um sorriso contido, o que me deixou um pouco intrigada.

- Tenho a impressão de que você sabe de alguma coisa.

Ela abriu a boca para me contar, mas parou assim que o doutor Leonardo entrou no quarto.

- Bom dia Ester, quanto tempo. - Ele me cumprimentou com um aperto de mão.

- É mesmo, acho que foi necessária essa situação para poder nos ver novamente. - Brinquei. - Afinal, o que, que eu tenho?

-Bom, fizemos o seu exame e não há nada errado com você, você só teve uma queda de pressão, mas isso é normal no seu caso.

- No meu caso? Como assim?

- Você está grávida Ester, de três semanas para se exato, então a queda de pressão pode ser constante em alguns casos. Descanse um pouco, te libero em alguns instantes.

E ele saiu e eu fiquei ali de boca aberta.

Claro que eu estava feliz em está grávida, mas a notícia veio muito rápida.

- EU VOU SER TITIA. - O grito da Laís, me fez lembrar de que eu não estava sozinha no quarto.

- E eu vou ser mamãe. - Falei um pouco baixo.

- Parabéns amiga. Quero ver como o Rafa vai ficar.

Ouvi alguém bater na porta e em seguida um Rafael bem preocupado entrar.

- Amor, eu vim o mais rápido possível. O que houve?

- Bom, acho que vou deixar vocês conversarem - Laís piscou para mim e saiu.

- Estou bem sim, foi só uma queda de pressão... Acho que podemos decorar o outro quarto.

Ele me olhou confuso.

- Como assim?

- Colocar uns móveis e pintar. - Falei contendo o sorriso.

- Claro, tem uma cor em mente?- Ele entrou na conversa, mas sem entender o assunto.

- Não sei, pode ser rosa ou azul talvez. - Coloquei a mão na barriga, talvez assim ele entendesse o que eu queria dizer na entrelinhas.

Demorou um pouco para a ficha dele cair, mas vi o brilho nos olhos dele quando ele finalmente entendeu.

- Vo... Você está...

- Grávida. - completei.

- Eu vou ser pai!- Ele ainda estava desacreditado.

Ele me abraçou e me beijou.

[...]

- Amiga você já pensou nos nomes. - Laís estava no trabalho, estávamos na cantina comendo. Ela já estava com seis meses de gestação, e eu havia completado um.

- Ainda não. Acho que ta muito cedo, além do mais, eu quero escolher junto com o Rafa. Tomei um pouco do café que estava sobre a mesa.

A Laís estava esperando uma menina, ela estava radiante.

- Preciso ir, tenho um paciente agora. - Ela se levantou e saiu pouco depois o Rafa apareceu para irmos para casa.

- Vou tomar um banho. Volto rápido. - Eu fiquei na sala enquanto meu marido foi em direção do quarto. Ele voltou em depois de alguns minutos. Eu havia colocado um filme. - Ta assistindo o que? - Rafa veio em minha direção e sentou-se ao meu lado, me puxando para deitar em seu peito.

- Não sei. Acho que é "Corajosos". - Me aconcheguei nele e fiquei sentindo seu perfume. - Amor. Você já pensou em algum nome pro nosso filho?

- Não exatamente, não achei que já era pra pensar. Você escolheu algum?

- Ainda não. O que você acha?

- Se for menino. - Ele pensou um pouco. - Miguel. - Ele falou e eu concordei.

- No caso se for menina pode ser Keila, sempre achei esse nome lindo.

- Miguel ou Keila. Vou amar muito.

Sorri.

Quando deu umas 18h00min fomos nos arrumar para ir pro culto.

[...]

O culto foi uma bênção.

Depois do culto fomos a uma lanchonete comer alguma coisa.

- Como é que elas conseguem comer tanto. - Bruno nos olhava admirado enquanto o Rafa ria da situação.

- Ei fica quieto, além do mais estamos grávidas. Estamos comendo por dois. - Falei.

- Acho que é por cinco. - Comentou meu marido, em resposta a Laís revirou os olhos e eu joguei uma batata nele.

Isso foi um crime contra a comida, mas ele mereceu.

Quando terminamos de comer, pagamos a conta e fomos para casa. O caminho todo, eu fui conversando sobre nosso filho, ou filha, era surreal pensar que havia um pequeno ser humano crescendo dentro de mim. O Rafa também estava ansioso com tudo isso. Mas acima de tudo, estávamos felizes, e isso era o que importava.

Continua

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." II Coríntios 5.17

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