Capítulo 34

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O endereço que o Marcos me deu levava para uma área isolada da cidade, mas precisamente uma casa abandonada em meio a uma mata.
Não havia nada ali além de um casebre de madeira, que parecia que ia desabar a qualquer momento, fora isso, havia só o carro do Marcos e muitas árvores em volta.
Estacionei o carro e logo o Marcos apareceu e me segurou bruscamente pelo braço, me levando pra dentro da casa .

- Cadê o Miguel Marcos- Falei impaciente.
- Calma meu anjo, ele está bem, mas antes preciso fazer isso. - Ele me revistou e tirou do meu bolso somente a chave do carro.

Ele não encontrou meu celular pois eu havia o escondido dentro do meu sapato, o lugar mais estranho e improvável possível.
Quando ele constatou que não havia nada que pudesse nos rastrear, ele me guiou até um outro cômodo da casa onde eu vi o Miguel encolhido em um canto.

- Mamãe! -Corri e o abracei.
- Fizeram alguma coisa com você meu amor? - Ele negou ainda abraçado a mim. - Por favor Marcos nos solta.
- Claro que não Ester! Meus planos estão só começando.

Arthur narrando

Já estava tarde e a Ester não havia voltado ainda, já estávamos todos preocupados.

A Kate que estava com a minha mãe,  acabou dormindo dormindo por lá. 

- Meu Deus, onde será que a Ester se meteu? - Lais indagou preocupada. - Já tentou ligar pra ela Arthur?
- Já, mas ela não atende.- Percebi que ela estava muito estranha quando saiu, o que indicava que ela havia ido atrás do Miguel sozinha. - E se ela foi procurar o Miguel? - sugeri.
- Mas como se ela não sabia onde?
- Mas o Marcos pode ter ligado pra ela. Na hora que ela foi pro quarto eu a ouvi falar com alguém.- Bruno comentou.
- Precisamos descobrir.- Precisava pensar, eu não conseguiria ficar ali parado, enquanto as pessoas que eu amava corriam perigo.- Já sei, fiquem tentando ligar pra ela. - Caminhei em direção a porta.
- Onde você vai?- Lais indagou-me.
- Descobri onde ela tá.- Sai e fechei a porta atrás de mim, peguei meu carro e dirigi até a delegacia. Se tinha alguém nessa bagunça toda que poderia nos ajudar, esse alguém era o Michael, irmão do Marcos.

[...]

- Agora Arthur? Não podemos liberar. - disse o sargento Tomas quando eu pedi para ver o Michael.
- Por favor eu preciso falar com ele.- Supliquei. - A Ester e o Miguel podem estar em perigo. - Ele suspirou e permitiu minha entrada.

Fui levado para uma sala e logo em seguida o Michael também entrou.

- Michael eu preciso que me diga possíveis lugares onde o Marcos pode ter levado a Ester.- Fui direto.
- Eu não sei Arthur...- Ele pensou. - Espera acho que meu outro irmão pode te ajudar, ou a minha irmã, eles moram a duas horas daqui.

- Me diz o endereço. -  Ele me passou o endereço e eu dirigir o mais rápido possível.

Como já era tarde da noite ,não havia tantos carro na estrada o que me possibilitou transformar as duas horas em uma hora e poucos minutos.
Cheguei na casa, e apreensivo fui até a porta.

Estava tudo escuro, presumi que estivessem dormindo, mas era um caso urgente então decidi chamar assim mesmo.
Toquei a campainha umas três vezes até  um jovem atender.

- Você sabe que horas são? - Ele falou não em um tom bravo ou grosseiro, mas sério.
- Me desculpa mas é urgente.- Ele arqueou a sobrancelha. Temia que ele pensasse que eu estava bêbado. -  Tem haver com seu irmão, Marcos.
- O que aconteceu?-Percebi que ele ficou interessado em minhas palavras, depois que eu sitei o nome do irmão. Ele deu passagem para que eu entrasse e assim eu fiz.

Contei a ele tudo o que havia acontecido, e o mesmo me ouviu atentamente.

- Me desculpe eu nem me apresentei. Me chamo Alex. - Falou depois de um tempo.
- Prazer me chamo Arthur. - Falei, embora as formalidades não fossem tão importante para mim naquele momento.

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