Capitulo 36

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Arthur narrando

Já se passou uma semana desde que a Ester entrou nesse hospital, ela não acordou do coma, mas o médicos estão otimistas, só que em mim a agonia ainda era grande.

O Miguel já havia recebido alta do hospital, e ficou muito triste em ver a mãe do jeito que ela estava, mas até ele si mostrava mais forte que eu. Os pais da Ester ficaram com o Miguel e todos os dias eles i vê-la no hospital.

Eu procurava ir todos os dias depois do trabalho, e durante essa semana toda eu saia de lá com a frustração de não ter visto nem um sinal de que lá iria acordar. Queria que ela pelo menos mexesse a mão, talvez assim essa agonia diminuísse.
Tentava de todas as maneiras possíveis manter minha fé firme, mas as vezes parecia tão difícil. Não conseguia ficar um minuto se quer sem pensar nela.
Precisava manter a fé, todo dia meditava na palavra de Deus, via como Ele fazia e faz do impossível possível.

A Mayra foi sentenciada a 60 anos de prisão. De acordo com a juíza que deu a sentença, ela não foi apenas cúmplice no sequestro do Miguel e da Ester, ela também foi acusada por tentativa de homicídio, pois foi ela quem atirou no Pablo, segundo o delegado Pierre, ele havia descobrido todo os esquemas do Marcos, e como o Marcos nunca quis fazer os trabalhos sujos mandou que a Mayra fizesse por ele. Teve outros delitos, mas isso não importa.
Marcos não saiu dessa vivo, não que eu estivesse feliz com isso, pois ele não chegou a confessar a Cristo como salvador, e ninguém merecia ter um fim como ele teve.
Descobri também que a filho não era meu.
O garoto se chamava Lucas e foi passada a guarda dele pra avó, já que ela que cuidava do guri desde o nascimento.

Eu estava na empresa, depois passaria no apartamento da Ester para ver o Miguel.

- Raquel você assume tudo aí pra mim, vou ter que sair. 

Raquel é sócia na minha empresa, foi contratada após a saída do Paulo Micael. Meu primo havia saído por vontade própria, mesmo eu tendo insistido para que ele permanecesse no cargo. 

- Você mudou bastante primo, que esse novo Arthur cresça bastante, e junto com ele a empresa da família. - Foi o que ele disse antes de entrar no elevador e sair da empresa.

Raquel é uma ótima sócia e amiga também, tem me dado muita força nesse momento.

[...]

Em poucos minutos cheguei no apartamento da Ester. Toquei a campainha e a mãe dela atendeu.

- Arthur! -Ela sorriu como sempre fazia. Notava nela que apesar do sorriso no rosto ela estava triste, mas se mantinha forte, já sei de onde a Ester herdou tanta força. - entre. - me deu espaço para entrar e assim eu fiz.

Assim que o Miguel me viu correu até mim e me abraçou.

- A vovó e eu fomos ver a mamãe hoje. Eu contei uma história da bíblia pra ela.- Ele sorriu
- Sério? Qual foi a história?- Perguntei sorrindo.
- De Moisés.- Ele se sentou no sofá e eu sentei ao lado dele.
- Acho essa história muito bonita, é uma das minhas favoritas. - Ele sorriu em resposta.

Fiquei mais alguns minutos ali com ele e depois fui pro hospital, dei meu nome na recepção e depois fui até o quarto onde a Ester estava.
Eu havia levado um violão para o hospital, já planejava levar a alguns dias, mas nunca havia tomado coragem para levar. As hoje depois que o Miguel disse que havia contado uma história para ela eu tive a idéia de cantar pra ela.

Entrei no quarto, puxei uma cadeira e me sentei próximo a cama dela. Como eu sentia sua falta, do sorriso que só ela tinha.
Não posso dizer que sou apaixonado por ela. Paixão e fraca e passageira, eu amo. E como diz em 1 Coríntios 13, o amor tudo suporta.

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