Don't Keep Love Around ¤ l.h

Capítulo 10.

Depois de me capacitar mentalmente que não tinha outra hipótese senão de trabalhar com ele decido falar para combinar-mos as coisas.

-Eu-

-Eu- olha que bom já até falamos ao mesmo tempo. Reviro os olhos e suspiro. Já começamos mal.

-Tas a espera do que para falares?- pergunto.

-Agora era a suposta parte em que diziamos " fala tu primeiro" ao mesmo tempo.- Ai que puta de vida a minha agora huh.

-Mas tu pensas que estamos num filme? Normalmente a rapariga tá toda apaixinadinha pelo rapaz. ISSO CONNOSCO NÃO FUNCIONA.

-Pronto tá bem fala baixo.

-Eu juro que grito ainda mais alto se me voltas a dar uma ordem.

-És mesmo insuportável.- ele resmunga e vira-se de novo para a frente.

-Local, data e hora.

- Minha casa, amanha ás 3 da tarde.

-Tu deves pensar que eu vou para a tua barraca.

-Olha lá ó estúpida tu já lá estiveste e tenho a certeza que de barraca não tem nada.

-Prefiro que seja na minha.

-Enfim, como queiras.

-Eu depois mando-te mensagem a dizer as horas.

-Fixe.

-Fixe.

-MUITO BEM MENINOS. Podem arrumar e sair mais cedo. Vemo-nos na próxima aula.

Ditas estas palavras, a turma levanta-se num ápice e saem todos porta fora num abrir e piscar de olhos.

Não os posso censurar.

Percebo de uma sombra ao meu lado e levanto o meu olhar encontrando a Faith com uma cara de lamento.

-Nem vale a pena.- respondo á sua dúvida mentalmente se haveria de dizer algo.

-Vê pelo lado positivo... Ao menos não ficaste com a Joy.

-Preferia ter ficado com ela. Poderia usar o seu cabelo na maquete para fazer de terra.

-Ai se tu não nascesses terias de ser inventada.

-Então mas e tu... - levanto-me com a mochila ás costas e cruzo os braços enquanto sorrio.

-E o Ashton...- as bochechas dela ganham imediatamente uma cor rosada e eu rio-me com isso.

-Vou á casa dele.- ela sussurra e eu fico entusiasmada arregalando os olhos.

-Vê lá se o fodes. Ele não é nada de se deitar fora.- a Faith olha imediatamente para todos os lados á procura de alguém que tenha ouvido.

-Eu só quero ser amiga dele.

-Sim claro eu também só quero ganhar 5 euros no euromilhões e já fico satisfeita.

- Tu devias era de querer ganhar é juizo.

-Vamos lá ao bar que eu tenho fome.- ela coloca o seu braço no meu e saimos da sala.

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-MÃE CHEGUEI.- fecho a porta e deixo as minhas coisas no chão indo até á cozinha.

-O Calum já foi?- ela pergunta-me depois de me dar um beijo no topo da minha cabeça.

-Como é que tu sabes que ele se ia embora?

-Ele pediu-me ajuda não sabia como te havia de dizer.- dou um suspiro e sento-me numa das cadeiras.

-Depois de me deixar na escola eu perguntei-lhe como seria e ele disse que tinha de ir de volta para a Austrália.

Brinco com os meus dedos no meu colo ao mesmo tempo que tento controlar as lágrimas de novo.

Eu odeio chorar.

-Eu sei que é duro para ti. Eu conheço- te filha á 16 anos. Por mais forte e dura que tu aparentas ser tens um coração de manteiga e é pena tu não deixares ninguém o derreter.

-Eu ja deixei uma vez mãe... não correu bem.

-Tens apenas de saber escolher as pessoas que deixas.

Oh mãe se tu soubesses...

-Bom há outro assunto que eu queria falar contigo...

-Sim claro diz.

-Amanha tenho de fazer um trabalho com um colega e queria saber se ele podia cá vir.

-Depende do trabalho.- a minha mae olha com aquele olhar para mim como se tivesse a insinuar algo mais.

-É de geografia. Uma maquete.

-E o teu colega quem é?

-Não o conheces...

-Eu amanhã não estou cá logo convinha-me saber qual é o rapaz que mete os pés na minha casa.

-Confia em mim. Ele não me toca com um dedo.

-O pior é que eu sei que isso é verdade. Estou mais preocupada com a saúde dele nas tuas mãos.

-Pois...-digo baixinho. Vamos ver se me controlo.

-Mas posso?

-Sim mas juízo.-olhamos uma para a outra e rimos. Tanto eu e a minha mãe sabemos que em ambas as nossas cabeças o juízo não ocupa lugar. Já é genético.

De: Phoebe
Para: balde de bosta

Amanhã ás 15 tás aqui. Adeus.

De: balde de bosta
Para: Phoebe

Vou pensar no teu caso.

Que raiva que eu tenho deste gajo.