Capítulo 26.

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Cheguei agora a casa. Hoje o dia no inferno passou-se muito mais rápido devido á notícia da viagem.

Eu estava a vibrar de entusiasmo por dentro.

Começo a andar pela minha habitação e não vejo sinal da minha mãe.

Ok, algo se está a passar.

Vou até ao corredor, pego no telefone de casa e marco o número dela.

-Sim?- ouço a voz da minha mãe demasiado baixa.

-Mãe? Onde é que tu estás? Não te vejo desde ontem.

-D-desculpa filha... Passou-se uma coisa com a tua tia eu depois falo contigo.

-A tia está bem?- admito que começo a ficar preocupada.

-Phoebe eu falo contigo em casa já estou a chegar. Encomenda umas pizzas.

-Está bem... Até já.- ela desliga o telefone sem se despedir.

Suspiro e volto a marcar o número, desta vez das pizzas.

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Daqui a nada como a outra metade. Já faz duas horas desde que lhe liguei e a minha figura materna não deu sinais de vida.

Quando ia para dar uma trinca a porta abre-se fazendo-me saltar com o susto.

A minha mãe entra disparada pela casa dentro e bastante atrapalhada.

-Mãe?

-Desculpa amor a tua tia está com uma depressão que nem eu própria a reconheço.

-Oh não... O que se passou?

-Nem eu sei filha... Ela não comia não falava não reagia praticamente... Se não fosse eu a passar o dia com ela ainda morria á sede.

-Acho que devias ir passar uns dias com ela... Eu não quero mesmo que nada de mal lhe aconteça.

-Então e tu?

-Mãe eu estou quase a fazer 17 anos... Eu sei cuidar de mim por uns dias.

-Eu vou ter de pensar nisso...- ela começa a andar para a cozinha mas eu paro-a.

-MÃE.- ela vira-se de repente e eu dou um sorriso.

-E-eu preciso de falar contigo sobre uma visita de estudo.

-Desde que não seja muito cara... Com os remédios da tua tia já gastei pelo menos 100 euros.

Oh bolas.

-Hm... Deixa tar.

-Esta pizza é para mim? -A minha mãe senta-se no sofá e devora a comida.

Quem sai aos seus...

-Pensando bem... Acho que tens razão. Eu vou uma semana para casa da tua tia.

-Oh... quando?

-A partir de amanhã. E você minha menina porte-se bem.

-Sim mamã.- dou um beijo na sua bochecha e subo as escadas até ao meu quarto.

Quando lá chego ligo o computador e começo a navegar nas redes sociais.

"Chorando porque já não sei se posso ir a França... Rip me."

Publico no meu facebook e deito-me na cama.

Eu queria tanto ir...Mas eu sei que a minha mãe não iria ter 200 euros para me dar. Mas valia começar a esquecer as memórias que eu própria já tinha feito na minha cabeça.

Um som vindo do meu computador faz-me espreitar para o ecra e ver o chat do Luke a azul.

Um arrepio percorre a minha espinha e começa a suar das mãos.

De certeza que comi algo estragado na pizza.

Carrego lá e o chat aparece.

*Hey... O que se passa? Já não vais a França? :(*- L

*Como se isso afetasse a tua vida.* -P

*Por acaso afeta... *-L

*Pois... menos uma foda. Mas olha que entre nós não vai voltar a acontecer.*-P

*Pois... Eu meio que já estava á espera*-L

*Ainda bem... mas não... Não sou o banco logo não tenho 200 euros de um dia para o outro*-P

* Eu posso te ajudar*-L

*Não me digas que vais passar a cobrar na tua prostituição :o oh meu deus Luke isso é tão simpático da tua parte. Aceito.*-P

*Mas como é que tu nasceste assim tão parva. Bates-te com a cabeça no hospital foi?*-L

* Que engraçadinho. Vê lá se não te cai os dentes de tanta graça*-L

*Mas a sério... Eu posso te ajudar.*-L

*Pois podes... Eu já sugeri uma maneira.*-P

*Não dessa forma otária eu não me prostituo.*-L

*Que eu tenha visto... Não... Nunca se sabe*-P

*Vá lá deixa-me só dizer as minhas ideias*-L

*Ok, começa*-P

*Não eu quero dizer-te cara a cara para pudermos começar a executá-las... e não sua perversa. Não estou a falar de sexo*-L

*Então prontos amanhã falamos.*-P

*Ok. Ate amanhã, dorme bem*- L.

É mesmo gay este gajo.

Don't Keep Love Around ¤ l.h  Onde histórias criam vida. Descubra agora