Capítulo 30.

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Amanhã. Amanhã é o último dia para entregar o dinheiro. Só consegui 160 euros e isso já tinha sido uma vitória.

Falei com a minha mãe. Ela assinou tudo mas no final quando lhe informei que me faltava 40 euros ela apenas suspirou e disse-me que infelizmente não tinha esse dinheiro para me dar.

A Faith ficou destroçada. Ela queria mesmo fazer esta viagem comigo tal qual como eu.

Estou sozinha em casa. Já á 5 dias que vivo sozinha e tenho de admitir que é bastante bom ter a minha privacidade e uma casa inteira só para mim.

Está a passar neste momento na televisão um filme de comédia. Eu como sempre nunca acho graça a um filme onde é suposto ter piada.

A campainha soou pela casa e eu saltei com o susto. Uma desvantagem de estar sozinho: comecamos a ter medo de tudo.

Levanto-me e vou ante pé até á porta. Abro-a devagar e espreito.
Nada.

Acabo por abri-lhe toda e olho para os dois lados. Algo apareve no canto do meu olho chamando a minha atenção para o chão.

Um envelope branco.

Apanha-o e vejo que uma carta vinha agarrada.

Hey Phoe.

Como eu sei que esta viagem iria significar muito para ti, decidi dar mais uma pequena ajuda e dar-te os 40 euros que faltam.

Provavelmente vou me arrepender disto quando me chateares o tempo todo mas mesmo assim quero a tua presença.

E não venhas com "não posso aceitar" ou " já ajudas-te que chegue". Eu faço questão. Vá miúda vai la fazer as malas.

Eu quero aturar-te até em Paris.

Luke xx.

Desatei ás gargalhadas. Não sei se é dos nervos ou de raiva.
Eu lá no fundo estava feliz. O que ele fez é digno de um amigo.
Se o considero um amigo? Mais ou menos. Nem eu sei.

Abri o envelope e retirei as duas notas de 20.

Entrei dentro de casa aos pulos e fui em direção ao meu quarto vestir-me.

Pus uma camisola de manga curta preta e umas calças rasgadas. Acho que estava bom.

O sol já estava a desaparecer por detrás das nuvens estando o céu num tom arosado bastante bonito.

Depois de me vestir peguei nas chaves de casa e abandonei o local.

A minha ansiedade fazia presenca na minha barriga enquanto eu caminhava pelas ruas.

A casa do Luke fica a 10 minutos da minha mas hoje na maneira como estou devo chegar lá em 5.

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Por entre as árvores já conseguia avistar o meu destino. Quando olhei para os portões vi algo que me fez esconder atrás de uma delas.

Ele estava encostado contra o capô do carro da mãe dele. E não.... Não estava sozinho. Estava a beijar uma rapariga. A Joy.

Ele estava de fato e ela com um vestido branco.

Devem ter ido a um encontro de certeza...

Sinto uma sensação de enjoamente crescer em mim fazendo-me querer sair dali.

Eu não estava chateada... Estava vazia. Era algo que eu desconhecia. Eu nunca pensei que o Luke fosse suave e que a sua primeira vez ao sê-lo fosse quando me beijou no chão do corredor da minha casa.

Mas ele estava a ser com ela. Parecia que ela estava a receber algo que eu tivesse gostado.

Sinto algo me bater no ombro e viro-me.

-Hey... Phoebe certo?- eu conheço estes olhos azuis...

-Niall certo?- ele ri-se e acena.

-Algo me dizia que nos iriamos voltar a ver.

-Eu nunca te vi muito por aqui antes das vendas das limonadas.

-Eu mudei-me. Agora moro aqui com a minha mãe... Mais propriamente ao fundo da rua.

-Oh... Eu também.

-Devemos andar na mesma escola.

-Ah sim andamos... Eu estou noutra turma. So conheco o Harry. É um rapaz de olhos verdes...

-Oh sim eu sei quem é.

-Foi o único que falou comigo... e tu.

Nós continuamos a andar e algo me dizia que ele vivia mesmo em frente á minha casa.

-Também falaram na viagem a Paris?

-Ah sim... A minha mãe achou bem eu ir para me ir integrando.

-Ótimo. Eu também vou. Podiamos ir juntos.

-S-sim claro.- vejo-o corar e riu-me.

-Eu moro aqui.- aponto para a minha casa.

-Olha eu vivo mesmo a tua frente.- olho para a vivenda em frente á minha que só agora percebi que estava sem o sinal de "À venda".

-Amanhã podes tocar ás 8. Podemos ir juntos para a escola.- ele volta a sorrir-me e acena.

-Então até amanha Niall.

-Adeus Phoebe.- vou até á minha porta e entro dentro de casa.

Já lá dentro vejo pelo buraquinho ele a coçar a parte de trás e a rir-se levemente antes de entrar na dele.

Eu apenas sorria.

Don't Keep Love Around ¤ l.h  Onde histórias criam vida. Descubra agora