Capítulo 4.

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-Finalmente que te encontro.- digo assim que a vejo sentada no balneário agarrada ao telemóvel.

-Eu é que estava á tua espera.

-Como assim? Tu mandaste mensagem para ir ter ao ginásio.

-Sim mas isso foi antes de saber que não iamos ter aula depois eu mandei mais 7 a dizer para vires ter ao balneário porque pensei que tinhas ido embora.

-Hm pois, eu adormeci.- ouço ela dar uma gargalhada e sento-me ao seu lado.

-Entretanto nem sabes quem entrou de rompante por ali a dentro.- ela olha-me e assenta para que eu continue.

-Luke. Gaja da nossa turma. Quase a se fuderem.

-A sério!?- ela pergunta-me e eu aceno. De repente gargalhadas surgem da sua boca fazendo-me rir tambem.

-E tu o que fizeste?

-Interrompi a foda deles.

-Deve de ter sido hilário.

-Por acaso foi mas para mim. A gaja tentou armar-se em esperta comigo e depois ouviu o que não queria.

-Tu também não tens papas na língua... qualquer dia-

-Qualquer dia o quê? Eu não tenho nada a perder só a ganhar.

-Pois porque a perder já se foi a tua virgindade.- a Faith tapa a boca com a mão e ri-se baixinho.

-Eu juro que te bato.

-Mas agora a sério... Há algo que eu sempre te quis perguntar.

-Ui não vem ai coisa boa mas pergunta lá.

-Bom, agora que tu já não és virgem... Como é que fazes quando sentes assim falta de sexo.- sinto as minhas bochechas aquecerem e o meu olhar desvia-se do dela.

-OH MEU DEUS EU DEIXEI A PHOEBE ENVERGONHADA.- A minha melhor amiga levanta-se e começa a dar pulos de felicidade e eu tapo o meu rosto com as mãos.

- Pronto pronto pronto desculpa... Mas como é que fazes?

Já vi que não vai desistir.

- Mansturbo-me.

-Mas como? - ela volta a sentar-se e a olhar para mim com bastante interesse em que eu continue.

- Com os dedos.

-Mas tu enfias?

-Ai a sério podemos falar de outra coisa?

-Explica-me eu também quero fazer só que não quero romper o íman.

-Tu só o rompes com sexo mas se não quiseres enfiar devido á ardência podes apenas acariciar a tua vagina com movimentos circulatórios os de vai vém até encontrares a maneira que te dá prazer.

-Oh...- a sua cara mostra-se pensativa e eu começo-me a rir.

-Por favor não me digas que vais chegar a casa e tentar.- faço figas com os dedos.

-Por acaso vou.

-Mas o que é que eu fui fazer.

-Phoe eu já queria fazê-lo á algum tempo.

-Mas tu tens a certeza que não queres esperar por um rapaz que te vai roubar o coração.

-Oh vá lá o máximo de amor que vou receber é o teu e ambas sabemos que tu não tens pila.

-Como eu gosto muito de ti vou assegurar-me de tu o fazeres o mais tarde possível. Hoje vens a minha casa ver um filme.

-Por mais que o convite seja tentador eu tenho de ir cuidar da minha irmã. Hoje o infantário estava fechado.

-Oh está bem.

-Mas não te preocupes se quiseres falar manda mensagem.-sorriu-lhe e dou um beijo e um abraço de despedida.

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Caminho até ao portão com uma vontade enorme de terminar a minha estadia por hoje no inferno. Depois de passar o cartão e chegar cá fora os meus olhos encontram-se com outro par de olhos escuros e vibrantes. Um arrepio desce pela minha espinha e sinto-me a transpirar.

-Nao pode ser.- a minha voz sai baixa e fraca.

-CALUM!!!- Ele fica estático tal como eu e parece que nenhum de nós se consegue mexer. Os nossos olhares parecem continuar a lerem-se um ao outro tanto que de repente ambos corremos um para o outro.

O meu corpo encaminha-se para trás e os meus braços enrolam-se no seu pescoço. Ele abraça-me contra ele e eu faço o mesmo.

-Eu tinha tantas saudades tuas.- digo no seu ouvido enquanto tento controlar a minha voz e impedindo as minhas lágrimas de caírem.

-Eu também pequena.

-hm hm - alguém parece fingir tossir ao nosso lado e os nossos corpos ao fim de algum tempo se separam.

Calum Hood: o meu ex melhor amigo que se foi embora há dois anos para a Austrália e que eu nunca mais soube dele. Ele era quase como a minha alma gémea sendo que tudo o que eu fazia ou dizia passava por ele primeiro por telepatia. Ele conhece-me tal e qual ou melhor que a Faith. Nós eramos os três mosqueteiros como diziamos mas depois apenas ficamos nós duas.

As nossas testas descansam uma na outra e sinto uma lágrima escorrer pela minha cara. Merda.

-HM HM.

-Já ouvi porra.- viro-me para a pessoa ao seu lado e outro arrepio passa por mim. Luke.

-O que é que tu estás aqui a fazer?

- Nós somos primos duh- ele cruza os braços e olha para mim como se eu fosse estúpida .

-E depois? Eu já sei disso desde que o conheço e lamento até desde esse próprio dia.

-Nós somos da mesma turma logo ele pediu-me para o trazer cá e pediu à Faith para te manter ocupada no balneário.

- Seu manipulador! - dou um mini soco no seu peito e ele ri-se. Eu rapidamente volto a abraçá-lo

-Tinha tantas saudades do teu riso.

-Vá pombinhos vamos embora.- o Luke diz impaciente.

-Vamos embora? Tás a delirar só pode.

-Queres lá passar a noite Phoe? Eu qurria tar contigo.

-Claro que quero. Diz-me que a lesma não vai.

-Ahahaha sim o Luke vai.

-Toma- reviro os olhos e começo a caminhar até ao seu carro tal como eles. Devido ao meu entusiasmo vou um pouco mais á frente.

-AI ESSE RABO! Ouço o Luke gritar.

-VAI SONHANDO- grito de volta. Coloco a minha mão na maçaneta da porta da frente e o atrasado faz o mesmo.

-Eu vou á frente- digo olhando para cima para a sua cara.

-Ai não vais não.

-Vão os dois atrás. Assim não há discussões.- abro a boca em resposta.

-Calum!

-Phoebe!- os nossos olhares sérios transformam-se em divertidos ao mesmo tempo e ambos sorrimos.

- Acho que preciso de vomitar.- lá tá ele a estragar tudo.

- Tu precisas é de ir ao veterinário cuidar-te. E é no cérebro.

Abro a porta de trás e sento-me o mais afastada que posso do outro banco. E não é que ele se foi sentar no meio ao meu lado? Que raiva pah.

Don't Keep Love Around ¤ l.h  Onde histórias criam vida. Descubra agora