Capítulo 11.

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Já são 14:58... Eu juro que se ele não aparecer ás 15 arranco-lhe os tomates.
Não dá nada de jeito na televisão fazendo o meu nível de aborrecimento ainda maior. O toque da campainha faz-me levantar do sofá bastante rápido e o meu coração acelera... com o susto provavelmente.

Vou até á porta e observo-me ao espelho.

-Mas o que é que tu estás a fazer Phoebe!?- pergunto-me a mim mesma quando me apercebi que estava a arranjar o cabelo.

Levo a mão até á maçaneta e abro-a aparecendo uma das torrer gémeas á minha porta... com cabelo loiro.

-Hey.- ele volta a coçar a parte de trás do pescoço e eu controlo-me para não lhe perguntar o porque de ele o fazer.

-Oh olá entra.- afasto-me dando-lhe passagem e ele faz o que eu lhe disse.

-Hmm... Eu trouxe alguns livros que achei interessantes. Tem bastantes lugares desde culturais até a parques de diversões.- ele dá uma pequena gargalhada no final e eu levanto as sobrancelhas.

-Enfim... Vamos masé trabalhar.- vou de novo até ao sofá e sento-me olhando para o emplastro que ainda está de pé.

-Estás á espera do que para te sentares?

-Não é no teu quarto?.- ele parece desiludido e eu abro a boca.

-Não querias mais nada... Ficas aqui e já tens sorte.

O Luke parece perceber a mensagem e senta-se.

-Deixa lá ver esses livros.- retiro-os do seu colo e começo a folhear.

Por acaso tem bastantes imagens e textos interessantes. Vi pelos menos duas em que a maquete iria ser incrivel... Ou o Coliseu ou a Torre de Pisa.

-Gosto destes.- mostro-lhe e ele mostra-se pensativo.

-O Coliseu... Podemos abranger várias vertentes dentro deste assunto e preparar uma apresentação bastante precisa.

-Ok... Antes de começarmos vais utilizar português fluente comigo e não de políticos. Segundo enquanto tivermos a fazer algo não me vais tocar com um dedo. Terceiro nada de piadinhas parvas senão sais daqui ao pontapé entendido?- ele dá um sorriso quase não visível e eu reviro-lhe os olhos. Qualquer dia apanho um problema por fazê-lo tantas vezes.

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Quanto ao trabalho? Está a correr demasiado bem para ser verdade. Estamos sentados no chão com as coisas no sofá.

Eu estou a fazer o coliseu em 3d e ele a fazer pesquisas e um texto para apresentar-mos.

-Hmm... Luke?- chamo-o e ele levanta a cabeça e olha para mim.

-O que achas?-estou nervosa enquanto ele analisa o que eu fiz e vai arregalando os seus olhos azuis marinhos.... Mas que raio!?! O que é que eu estou para aqui a dizer??

-Isso está... wooow. Phoe tu tens imenso jeito.

-Obrigada... Admito que algumas peças deram bastante trabalho. Mas acho que isto não cai para o lado... Espera.- pego na cola quente e colo uma peça que estava solta... Com osto deixo cair um pouco na minha perna e dou um grito.

-MERDA! ISTO ESTÁ QUENTE.- Tento tirar a cola com as mãos mas faço pior.

-EU VOU BUSCAR ÁGUA- Ouço o Luke gritar e sair da sala a correr.

Levanto-me e tiro os calcões passando com o tecido no local.

Quando percebo que não adianta viro-me para ir eu buscar a água. Assim que o faco embato contra o Luke que despeja a água em cima de mim.

Olho logo para ele que faz o mesmo antes de olhar para o meu corpo e para o que aconteceu.

-D-desculpa.- ele volta a olhar-me nos olhos.

-Hm... Não faz mal. Eu vou só- fala demasiado baixo mas sou interrompida com os lábios dele nos meus.

Quero empurrá-lo. Quero bater-lhe e dizer que isto não é um daqueles momentos tipicos de um filme ou um livro. Por mais que a minha mente me forçe para fazê-lo os meus lábios fazem exatamente os mesmos que os dele.

De repente o meu corpo é puxado contra o dele e as minhas ancas a serem apertadas com as suas mãos. A minha lingua ganhou vida própria e decidiu explorar um pouco mais.

Sinto as suas mãos descerem pelas minhas ancas e irem até ás minhas nádegas apertando-as contra ele.

O sentimento de comichão na minha barriga volta a aparecer mas desta vez já não me incomoda tanto. Era como se estivesss cheio de fome mas agora estava finalmente a comer algo.

Circulo os meus braços no seu pescoço e ele volta a dar-me um puxão fazendo-me suspirar.

Algo rígido é sentido na minha bacia e uma onda de calor invade a minha espinha.

Num movimento rápido ele agarra na parte de trás das minhas pernas e eu subo para o seu colo esfregando-me nele. O nosso beijo torna-se violento e as nossas linguas sentem a humidade uma da outra ansiando por mais e mais.

-Oh fodasse.- o Luke geme entre o beijo e deita-nos com demasiada força no sofá e eu sinto algo que me incomoda... A MAQUETE.

Por mais que eu queira parar o beijo não consigo. As mãos deles sobem pela minha camisola e as minhas pelo seu tronco.

-Luke... Tira.- permaneço com os olhos fechados e agarro na bainha da camisola puxando-a com toda a força que tenho e ele facilita baixando a cabeça dando-me alguns segundos de consciencia.

Nós temos de parar.

Volto a perder noção da realidade quando o meu pescoço é preenchido de beijos molhados e eu não consigo evitar em não me arrepiar e contorcer.

-Eu... Quero... Fuder-te... Com... Tanta... Força.- ele diz e eu mordo o seu lábio.

Os nossos corpos ainda não pararam de se esfregar um no outro e a saliencia dele tornou-se enorme.

Um barulho vindo detrás de nós faz-nos levantar demasiado rápido e ver que alguem tinha chegado.

Merda. Merda para quem chegou e merda para mim que voltei a fazer aquilo que prometi a mim mesma que não voltaria a acontecer.

Don't Keep Love Around ¤ l.h  Onde histórias criam vida. Descubra agora