Outono

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  VOOOLTEI
Oi amores como vocês estão?
Fiquei horas em frente ao computador olhando para o Word e pensando em como começar, eu tinha tantas maneiras de escrever esse cap, e de longe esse foi o começo que mais gostei, esse em especial é um dos meus caps preferidos, eu amo a essência dele e espero de coração que vocês gostem. E não me matem.

Queria agradecer a Tais Oliveira, autora de Corações Feridos, que recomendou a fic EU SURTEI obrigada mais uma vez.
Quero agradecer a todos que vem acompanhando e comentando a hist, eu já disse o quanto amo vocês? Psé eu amo muitaaaao.

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"Eu era uma concha vazia. Como uma casa abandonada - condenada - por meses eu estive completamente inabitável. Agora eu estava um pouco melhorada. A sala da frente havia sido um pouco concertada. Mas isso era tudo - só um pequeno pedaço." ---Bella

Eram meados de outubro e as folhas já não possuíam a mesma beleza da primavera passada. Tudo parecia sem sentindo, sem razão. A linda morena de olhos verdes das outras estações murchou junto com as flores.

Dois dias haviam se passado desde que seu paraíso particular havia virado um inferno, as malas estavam na porta esperando a chegada do dono, e ela permanecia no mesmo lugar em que ele o havia a deixado. A porta se abriu e ela respirou fundo.

-Regina, eu espero que entenda a minha decisão...- Os olhos vermelhos focaram nos olhos que tanto amava.

-Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença... até que a morte nos separe- citar aqueles trechos lhe machucava ainda mais- Você não cumpriu sua promessa.

-Você morreu a muito tempo Regina, você se entregou a isso e deixou de ser quem era. Está se jogando em um buraco sem saída, olhe para o espelho. - Ela nada disse. -Seu corpo, sua essência, seu eu. Você se perdeu de si mesma.

-E então em vez de me salvar você escolheu me deixar, Daniel?- Não haviam mais lagrimas, não tinha de onde tirar, ela chorou por meses, sua cota havia acabado.

-No outono tudo morre- ele começou- Eu costuma achar que você tinha vida dentro de si, mas vejo que você morreu junto com as flores. -Regina riu irônica e se levantou.

-Sai da minha casa, da minha vida. Desaparece. -Apontou para porta ainda abraçando o próprio corpo.

-É o que eu mais quero.

A porta bateu e suas pernas falharam, seu mundo havia acabado. Nada mais fazia sentido, seu corpo sangrava e feridas que jamais se cicatrizariam se formaram. Naquele momento todas suas fraquezas estavam expostas, e o reparo por dentro demoraria anos e mesmo assim ela nunca voltasse a ser quem era antes.

Por fora ela inda era Regina Mills e ninguém jamais veria o seu outro lado.

Com o passar do tempo tudo passou a fazer menos sentido do que fazia. Quando decidiu se casar e se entregar a alguém de corpo e alma, ela contrariou a todos, até mesmo a sua família que por gerações levou a tradição "Seule âme" acreditando fielmente que duas pessoas partilhavam a mesma alma e que quando se encontrassem seriam inteiros.

Suas irmãs haviam encontrado sua outra metade, Mary Margaret nasceu com um pequeno beija flor atrás de sua orelha esquerda, como uma delicada marca de nascença. David, seu marido, possuía a tatuagem de uma trombeta-chinesa (Flor preferida do beija-flor) na costela. Zelena, nascerá com uma Lua cheia também na orelha esquerda, e Ruby possuía a marca de uma pata de lobisomem no dedo anelar. Ela assim como as outras nasceu com um marca, mas a sua era a pata de um leão no pulso direito.

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