Capítulo 41- Im gonna love you like im gonna lose you

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NOTAS IMPORTANTES LEIAM POR FAVOR!!!!

Bom primeiro quero muito me desculpar com todos vocês, foram meses difíceis na minha vida e eu deixei totalmente a escrita de lado, não podia dar a Essence menos do que tudo de mim e eu estava vazia, ela não merecia isso.
Um capítulo nunca antes foi tão difícil, eu não queria termina-la, eu a amo demais para colocar um ponto final... mas tudo uma hora ou outra chega ao fim, espero que vocês se sintam cada palavra, cada verdade.
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"Para 'ferir', obrigada por me ensinar que mesmo que à noite você me leve às maiores profundidades do oceano, eu ainda acordo pela manhã.

Para 'curar', obrigada pelas lágrimas, quando elas finalmente vieram, elas tinham gosto de Deus.

Para 'amar', você é ainda mais linda do que eu me lembro." —Camila Cabello

A vida se molda a gente, ou a gente se molda a vida?
Um baque te derrota, ou te torna mais fortes?
E o amor?
Ele salva?
Ele te salvaria?
Ele a salvou?
Seus dedos percorriam o enorme livro de tradições de sua família, o mesmo livro que jamais havia lido por inteiro, mas que conhecia como a palma da mão.  Seus dedos percorriam os desenhos e com um leve sorriso ela explicava o que representavam aos três pares de olhos grandes que a encarava. Como um conto cheio da magia do amor era capaz de entreter e envolver crianças tão pequenas? Talvez fosse porquê elas tinham cede de esperança, vida e amor.
-Essa é igual a da Mamãe -Apontou Theodoro e Regina sorriu.
-Sim, e essa aqui é igual à da sua vó.
-E a sua mamãe? -Seus dedos seguiram pelas páginas seguintes até encontrar sua marca mostrando-a a Benjamin. E pela primeira vez ela se deu conta de que nunca havia observado o desenho, prestado atenção em seus detalhes e o admirado como ele merecia ser admirado. Nem sua própria marca, ou qualquer outra daquele livro. Nada ali nunca a tocou, pois nunca a fez jus. Por mais conhecida que cada uma daquelas palavras fosse, nunca lhe pertenceram, não até a chegada dele. Seu primeiro namorado não possuía uma marca, seu marido muito menos, e ela os amava. Quem se deixaria levar por uma velha lenda de "almas gêmeas" quando o que se sentia parecia ser simplesmente certo?
A tarde caiu e com ela eles se foram.
Benjamin dormia no banco de trás junto a Theodoro, enquanto a menina observava a rua completamente perdida na história que havia ouvido durante a tarde.
-Tia? -Os olhos da morena procuraram pelos da criança e sorriu para ela. -Minha mãe não possui marca alguma... -Seus olhinhos desviaram brevemente procurando pelas palavras que pudesse usar. -Você acredita que mesmo assim mamãe seja a alma gêmea da Tia Zel? -A perguntou a pegou de surpresa.
Ela acreditava?
-Emmy...- Um suspiro escapou de seus lábios. -Sua mãe já teve uma alma gêmea...
-A mommy! – Respondeu sorrindo.
-E a Tia Zel também, mas só amor não basta... E Anos depois sua mãe está se permitindo amar novamente. -A pequena concordou. -Tia Zel também. E quando a gente constrói um amor, uma família, esse pode ser muito mais forte do que destino, marcas, lendas, histórias... -Emmy sorriu e voltou a se perder na estrada.
-Você acredita nisso? -perguntou o loiro.
-Acredito.
A casa da mais velha fora vista de longe e Emilly se levantou apressada pronta para saltar assim que o carro parasse. Regina e Robin a fitaram desentendidos tal animação não combinava em nada com as caras e bocas que a menina vinha usa usando o resto do dia. Theodoro foi pego no colo e Robin permaneceu no carro com Benjamin, que também dormia, deixando assim que Regina e Emilly adentrassem o ambiente. A porta da frente foi aberta com força e com a mesma força a menina gritou pela mãe.
-Mãae!!! -Camila desceu as escadas completamente descabelada acompanhada de Zelena que não se encontrava em uma situação muito melhor, e a morena não conseguiu conter a risada que escapou de seus lábios.
-O que aconteceu Emy? -perguntou preocupada.
-Tia Regina disse que acredita! -Os olhos claros brilhavam.
-Acredita?- Foi a vez da ruiva se pronunciar.
-Que Tia Zelena é sua nova alma gêmea. -Um longo silencio invadiu a cena e as três mulheres se fitaram por longos segundos. – Bom e que você é a nova alma gêmea da Tia Zelena. Isso é maravilhoso, não é? -a ruiva encarava a irmã tentando entender em que momento haviam chego aquela conclusão, fitava Camila procurando decifrar o que a morena sentia e por fim fitava seu reflexo no espelho se perguntando: "Camila é minha alma gêmea?"
-É sim meu amor, maravilhoso. -sorriu para a criança.
-Isso quer dizer que não vamos mais precisar ir embora? -A esperança transbordava por seus olhos.
-Emy, as coisas não são assim tão simples, mas isso que dizer que voltaremos com mais frequência e quem sabe levaremos ela conosco. -O sorriso no rosto da menina se expandiu e assim subiu as escadas correndo.
-Qual parte eu perdi? -perguntou a ruiva.
-Theodoro encontrou o livro de tradições da família e então eu contei a eles sobre antigas lendas, Emy me questionou sobre Camila não possuir uma marca igual a tua e perguntou se mesmo assim eu acreditava que o amor de vocês fosse possível -respirou fundo. -E eu só disse a verdade, que acredito. -A ruiva se aproximou pegando Theodoro em seus braços, sussurrando para a irmã um "muito obrigada..."
O céu estralado roubava a cena e a atenção de qualquer um que se permitisse perder naquele mar de estrelas, o verão trazia consigo o esplendor de cenários como aquele. Regina se sentia abençoada por ser capaz de contempla-lo.
-Eu estava de longe apenas observando vocês, mas suas palavras não saem da minha cabeça. -Seu corpo se encaixou ao dela e juntos observaram a noite. -Nos nunca conversamos sobre alma gêmeas, tradições de família ou qualquer coisa do tipo... -Ela virou brevemente o rosto o fitando. -Quando você percebeu que as nossas marcas se completavam e que eu era a sua alma gêmea? -a pergunta soou mais seria do que ele gostaria.
-Na noite em que me encontrou na floresta... Um pouco antes de desmaiar em seus braços. -Ele a fitou surpreso. -Eu nunca levei nada disso a sério, eu nunca precisei de uma marca para sentir intensamente as coisas e isso não foi diferente com você. Eu já te sentia, eu já te queria, só não era capaz de admitir. -A prefeita virou o corpo por completo o tendo de frente para sí. -Minha mãe sempre acreditou demais em tudo isso, e quando ela soube que eu havia sonhado com a minha alma gêmea logo deduziu que era você e por essa razão pediu para que me encontrasse na floresta, para que fosse você a ir atrás de mim. -Seus dedos se perderam nos fios loiros.
-Por que nunca me contou nada disso?
-Porque nos somos mais que duas marcas que se completam. Porque a tradição é linda, mas eu te amo além dela, e te desejo além dela, e te preciso além dela. Você é o meu Seule âme, você sempre vai ser, independente de qualquer tradição ou marca, por uma razão muito simples: Eu quero que seja. -Suas mãos o puxaram para si e com urgência ela o beijou, sendo correspondida com a mesma intensidade. Suas mãos se perdiam nos cabelos bagunçados, na barba por fazer, nas costas suadas... nele e em todas as partes que a pertencia.
Robin era quente, como um dia de verão, reluzia luz e vida, transmitia paz e fazia com que todos ao seu redor quisessem correr para o mar azul que carregava nos olhos. Fazia com que ela quisesse se perder naquela cor, se afogar em seu mar particular de todas as formas humanamente possíveis. Regina era em sua melhor descrição a fusão do outono no inverno, quando os dias começam marrons e terminam cinza. Carregava tempestades inteiras nos olhos, transitava por furacões, tsunamis e tempestades, poucos se arriscavam a encarar de perto, ele já havia se perdido e entendia finalmente o porque de tempestade ter nome de gente.
Robin a fez florescer da maneira mais pura e intensa possível. Ele estava disposto a viver uma vida inteira na geada assassina se fosse ela a dona de tal estação... E Regina foi mais, mais que uma tempestade interminável, mais que um inverno impiedoso, Regina foi flor, fincou raízes, derreteu-se junto a neve e com ela floresceu, porque era inverno, mas por sorte depois sempre vinha a primavera.
E assim foi capaz de finalmente entender  quem era ela. Entendeu que nem sempre teria sua primavera, as vezes ela seria verão e outras vezes inverno... Deixava suas flores caírem no outono e se rendia quando vez ou outra suas marcas se faziam presente lhe roubando um pouco de vida... Ainda assim voltada a florescer sempre que o via... E ele? Bom talvez ele não fosse só verão afinal, as pancadas da vida não permitiam que essa fosse sua única estação.
O dia amanheceu nublado o que não era comum naquela época do ano, o vento forte anunciava a chegada de um temporal e em dias como aquele tudo que desejava era permanecer em meio aos seus lençóis, perdida nos braços dele e ambos da maneira a qual ela se encontrava no momento, nua.
–Robin? -o barulho do chuveiro se fazia presente e a preguiça que dominava seu corpo a impedia de se levantar e juntar-se a ele. Longos minutos se passaram até o chuveiro ser desligado.
O corpo molhado, a toalha cobrindo uma pequena parte, os cabelos úmidos completando a paisagem... suspirou, como podia se sentir ainda mais apaixonada por aquele homem?
–Ja acordada? -seu corpo se aproximava do dela aos poucos e os olhos castanhos carregados de luxúria o comiam a distância. –Ainda é cedo morena. -Seus olhos caíram sobre o relógio que marcava "7:17"
–E por que o senhor está acordado essa hora? -ele ponderou um pouco antes de responder, havia se esquecido completamente de lhe contar o que iria fazer hoje.
–Eu tenho uma reunião em Cambridge as 10:00am.
–Assim do nada?
–São alguns assuntos da empresa, minha mãe não poderia vir resolver e bom é a 50 minutos daqui, me dispus a fazer. -um longo suspiro escapou dos lábios dela.
–Hoje?
–Uhum. -Seus olhos caíram sobre a janela e o temporal que ameaçava cair.
–Robin vai chover!
–Eu volto antes do temporal, vai ser rápido, eu prometo. -O descontentamento era visível em seu rosto, ele então a beijou rapidamente. –Eu preciso ir, é importante para Grace e os negócios, eu volto antes que você possa perceber.
A vida nos torna experiente. Nos ensina a obedecer às sensações e reconhecer o quão poderoso é o sexto sentido. O amor salva, mas é preciso ter sensibilidade para ser salvo.
–Robin, por favor. Eu não estou me sentindo bem. -ele ponderou. –Eu preciso de você aqui.
–Re -a gravata foi deixada de lado. –Eu vou estar a 50 minutos de casa, se você precisar eu venho correndo, mas eu realmente preciso ir, Grace nunca mais me pediu nada e eu não quero ter que dizer não agora.
–Eu preciso que você fique! -gritou. –Eu preciso. -derramou o fitando. –Eu não sei o porquê, eu só preciso. -Não queria sair daquela forma, as gotas de chuva já começavam a cair e se não fosse logo seria pego pelo temporal.
–Morena não faz assim, eu vou, mas volto logo. Prometo que se a chuva engrossar eu fico por um hotel e espero passar.
–Ok... -em passos largos ela seguiu para sacada. -Me liga quando chegar.
–Não vai me dar um beijo? -Seus olhos se encontraram e ela o abraçou. –É sempre assim, sempre que chove você fica assim, mas a vida não pode parar meu amor.
–Eu sei... é só a insegurança de sempre me roubando a lucidez. -ele a puxou para seus braços selando os lábios a deixando mais leve.
Leves batidas na porta os separam alguns centímetros, e logo pezinhos adentraram o ambiente. Benjamin com seu ursinho de pelúcia e o inseparável paninho de dormir, caminhou até o pai estendendo seus braços.
–O que faz acordado tão cedo filhotinho? -perguntou a mãe acariciando suas costas.
–Leitinho. -pediu sonolento.
–Vamos todos tomar café juntos então?

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