Capítulo 32- Mommy

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Me perdoem pela demora amores... 

Quero muito agradecer aos mais de 300 favoritos, isso é incrível.

Essence entra nos seus últimos 10 capítulos e espero que continuemos juntos até o fim... ♥

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O que existe além do que já foi dito sobre o amor?

Aquela velha e clichê resposta vem muito antes dá pergunta ser finalizada.

Amor é tudo.

Está em tudo.

Rege tudo.

Sem mas ou porquês. É o que é, é porque é.

Sua definição poderia ser dada de inúmeras maneiras, dá forma mais racional possível á mais filosófica. Dos mais complexos significados perdidos nos dicionários pelo mundo, aos inúmeros livros de romance que tenta, incansavelmente, colocar em palavras algo indescritível.

Bem aventurados aqueles que tentam entender.

E loucos aqueles que sentem.

O amor cerca de todas as formas possíveis. Dá vida, dá cor ao dia meio cinza. Faz florescer no inverno. É abrigo em dia de tempestade. É casa, depois de uma longa jornada sem rumo.

Era assim que ela se sentia, em casa. Completamente em casa.

E não porquê aquelas paredes lhe eram velhas conhecidas. Não porquê cada detalhe fora milimetricamente escolhidos e cada canto possuía algo de sua personalidade. Não era mais por causa do lugar, não mais.

Há exatos 2 anos e dois meses ela havia descoberto outra forma de morada, dessas que não importava o lugar do mundo em que se esteja, ao olhar para o lado ainda se estará em casa.

Desde a viagem á Boston, mais de dois anos atrás, as coisas mudaram completamente. O tratamento para a doença que tanto lhe assombrava havia tido uma evolução sem igual. Ela ainda estava ali, e aparecia nos momentos mais inoportunos, mas a positividade que a invadia havia se tornado muito maior. Os remédios fortes haviam diminuído, mas ainda faziam parte de sua rotina. A dieta havia ganhado inúmeras exceções, mas vez ou outra lhe fazia torcer o nariz e engolir a comida sem sal, sem gosto e sem vida. As vozes haviam sumido. As crises de pânico e ansiedade foram se perdendo com o passar dos dias... E nunca fora tão bom viver 780 dias.

Os últimos raios de sol invadiam a enorme janela de vidro dá Mansão. Os álbuns de fotografia se perdiam no tapete dá sala, e os lindos olhos castanhos sorriam diante de toda aquela bagunça. Todos aqueles dias estavam alí, presos dentro daquelas fotos. Guardando aqueles momentos, e lhe causando belas memórias.

Era surreal como as coisas haviam mudado nesse meio tempo. Como havia evoluído como mulher, mãe e "esposa". Era surreal como o amor havia a transformado de preto e branco em arco íris. Como esse sentimento arrebatador fizera sua essência florescer. Era indescritível o quão grata era por ter se permitido se perder no sentimento mais arrebatador dá face dá terra.

Seus delicados dedos passeavam pelas fotografias e em cada uma um tipo diferente de sorriso dominava seus lábios. Cada foto trazia uma sensação diferente. Uma boa sensação.

A xícara de chá dançava por entre seus dedos e um longo suspiro escapou de seus lábios.

As campanhas para as eleições daquele ano já haviam começado, e tudo lhe parecia bagunçado demais. Fora do lugar, sem sentido e o pior cinza.

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