Muitas pessoas leram o último Capítulo mas poucas falaram sobre ele... suspeito então que vocês não tenham curtido, o que já era esperado por mim. Ainda assim, existem outros finais... Zelena, Camila, Henry, Cora e Grace, céus Eu queria muito saber se eles de alguma forma foram felizes como vocês esperavam... sobre Robin, Regina e o final... Eu espero que vocês entendam finalmente o porque de tudo....
NOTA FINAIS POR FAVOR É A ÚLTIMA.
——————————————————Mudei.
Mudei de cidade, de estado, de país.
Mudei a cor e o tamanho dos meus cabelos.
Mudei o tom do batom e a seriedade das minhas roupas.
Mudei a casca para poder enfim conseguir mudar a carne.
Passei anos me redescobrindo, redesenhando meu corpo, pintando sobre minhas marcas, crescendo e reaprendendo.
O amor me pegou de todo desprevenido, estendeu-me a mão e foi casa, quando acreditei estar perdida... O amor foi o sol e sal da minha vida, foi o colorido em meio a dias cinzas... O amor foi salvação para uma alma perdida.
Mas só depois que o perdi que eu entendi que havia feito dele tudo para mim, quando devia ter feito de mim tudo e dele o complemento do que eu era... Devia ter me feito casa e o feito porto... o amado na mesma medida que amava a mim e não mais, e não tanto, e não somente ele.
O amei tão profundamente que esqueci de me amar da mesma forma. O amei mais do que a qualquer coisa neste mundo, e há um certo livro que diz que devemos amar somente a Deus sobre todas as coisas... eu amei a ele.
O primeiro ano foi o mais difícil.
O primeiro mês, o mais doloroso.
A primeira semana, insuportável.
O primeiro dia, letal.
Ele não havia morrido, mas uma parte minha havia partido naquele 23 de junho daquele ano... E foram se partindo junto à todos os dias 23 que vieram pela frente.
Eu sofria por Robin, mas sofria ainda mais por mim. E junto à dor, minha barriga crescia... os desejos surgiam, a saudade aumentava, os primeiros movimentos vinham, a primeira batida do coração... corações...
Doia como o inferno não tê-lo. Doia viver tudo que havíamos planejado, sozinha. Doia não ter tido a chance de contá-lo sobre nosso filho, ou ver seus olhos se encheram de lágrimas quando juntos descobríssemos que não carregávamos um pequeno milagre, mas sim dois...
E foi ali que eu entendi que precisava salvar também a mim se quisesse ser feliz e fazer feliz meus dois pequenos amores...Então mudei! Por pura necessidade...porque é difícil tentar se curar, mas se torna impossível fazer isso no ambiente ao qual adoeceu...
Hope e Lauren nasceram no meio do inverno, minha estação... e aquele fora o primeiro dia 23 que eu não chorara aos seus pés o pedindo para voltar pra casa, para mim, para nossa família.
E fora nos olhos castanhos de Hope e nos verdes de Lauren que eu renasci.
Lauren tinha seus olhos, Hope os meus, ambas os cabelos cor de ouro, mas assim como ele sonhará eram cópias perfeitas de uma eu que valia a pena, com jeitos e trejeitos seus...
Benjamin sofria tanto quanto eu. Dormia em meus braços, pedia por ele, chorava sempre e crescia sem um motivo justo para não ter dito adeus.
Os anos se arrastavam, a ferida já havia fechado mas a cicatriz doía, doía muito, doía todos os dias em que eu o olhava e não o sentia.
Dois anos depois eu cortei meus cabelos, larguei os ternos, o escritório e todos as coisas que roubavam me o tempo e a vida. Dois anos depois eu parei de tentar pedir por salvação, de o querer porque doia, de o pedir para mim quando deveria o pedir para si. Dois anos depois eu comecei a me redescobri, voltei a pintar, parei para olhar e vi Lauren cair, Hope chorar, e Benjamin sorrir... em que momento ele havia voltado a sorrir? Dois anos depois eu voltei a me amar como merecia, a me curar como havia prometido, a sorrir porque meus filhos sorriam.
Eu dei ao meu corpo tudo de mim. Eu o amei o máximo que pude... devolvi a mim meu coração e minha alma e entendi, pela primeira vez, o que era amor em si.A tarde caia, o sol se punha e tons de vermelho se misturavam no horizonte. Meus pés se afundavam na areia enquanto o vento abraçava meu corpo... Eu me sentia presa dentro de um flash back, vivendo uma versão mais bonita e muito mais feliz, da história inicial. Em algum momento nos últimos cinco anos, a areia, o mar e o sol se tornaram um porto seguro, um refúgio, um confidente leal... Em algum momento tudo voltou a fazer sentido, e eu não sabia ao certo em qual, mas sentia ali que o caminho era finalmente aquele, que pela primeira vez eu confiava em mim, acreditava em mim, amava a mim. E esse sem duvidas era o mais certo dos caminhos.
Faziam horas que meu corpo se encontrava ali, parado diante do mar... não haviam mais motivos que me fizessem querer correr, de repente eu tinha tudo... a mesma vida que havia me roubado, havia me devolvido, e mais... muito mais do que eu merecia.
Vida, irônica vida... eu sempre soube que não possuía as rédeas da minha...
Tempo, cruel e precioso tempo... hoje e só hoje a gratidão de o ter sentido me envolve e eu entendo o quão preciso e necessário tu és...
Havia um linha tênue sobre quem eu era, quem eu queria ser e quem eu sou... só o tempo reconstrói a primeira e a torna capaz de ser a terceira.Não há caminhos sem batalhas, vitórias sem feridos. Não há como se tornar alguém sem as marcas da guerra para lembrar-lhe todos os dias quem tu és. As minhas eram fortes, e hoje eu entendia o porquê, e por isso as amava tanto.
–Lauren! Desceu dai. - meu pequeno anjo de recém completamos 5 anos subia em uma pedra enorme sem se importar com o risco que corria. –Benjamin ajude sua irmã, por favor. -Sorrindo meu pequeno correu a agarrando pela cintura impedindo que a loirinha caísse e conseguisse mais uma cicatriz para juntar-se as inúmeras que tinha graças aos 5 anos de aventura. –Hope! Você não pode correr sozinha por aí. -Os fios loiros caiam em seus olhos e um largo sorriso iluminava teu rosto.
– Desculpa Mommy... -resmungou Lauren se aproximando e jogando-se em meus braços... em que momento ela havia crescido tanto?
–Eu não estava sozinha, Mom... -afirmou Hope.
–Oh não? -perguntei a agarrando e a trazendo para mim.
–Papai estava comigo. -sorriu contra minha bochecha. –Ele sempre esta. -meu coração acelerou, como sempre acelera a ouvir sobre ele.
–Papai!!!
Benjamin e Lauren se perderam no meio da minha visão, os olhos transparentes fitavam os meus, o corpo suado e mais moreno, graças ao sol, seguia em minha direção... palavra algum descreveria este momento.
–Ela não estava sozinha, nenhuma de vocês nunca mais estará sozinha. -Seus lábios se fundiram aos meus... aquela era minha verdadeira segunda chance, todas as outras eram apenas um treinamento para o merecer, para merecer cada um deles.
Benjamin desceu de suas costas e puxou Lauren e Hope para a beira do mar. Teus braços me soltaram aos poucos, seus dedos percorriam o vestido vermelho abrindo os primeiros botões, teu corpo se ajoelhou a minha frente e naquele instante eu senti como se o ceu já tivesse sido meu.
–Eu estava morrendo de saudade de vocês meus amores. -Os movimentos vieram fortes e todos os meus poros se arrepiaram ao sentir seus lábios junto ao meu ventre.
–Nos também, Papai, nos também. –O quarto mês de gestação se aproximava, e eu que acreditei estar gerando dois milagres cinco anos atrás, me sentia verdadeiramente abençoada ao descobrir que aos 43 anos teríamos mais um bebê... abençoada ao sentir que todos os astros conspiravam a nosso favor, abençoava por amá-lo e ser correspondida por sentir que todo o meu corpo era formados por bênçãos e amor.
–Robin!!!! - gritei alto ao sentir seus braços envolveram minha cintura me tirando do chão...
Três anos e nove meses após o acidente seus olhos se abriram pela primeira vez. Três anos e nove meses após o acidente eu voltei a respirar de novo. Três anos e nove meses. Quando acreditei ter aceitado e aprendido a seguir em frente, cai outra vez, mas desta vez em seus braços.... e nunca antes foi tão bom o início de uma estação.
Era 23 de março quando seus olhos encontraram os meus e eu voltei a ser primavera outra vez.
O acidente havia deixado sequelas, inúmeras sequelas... então mais uma vez eu resolvi mudar. No final do segundo mês de internação, Robin recebeu alta e do hospital voamos para Porto Ricco... a cadeira de rodas era só um detalhe, que viera a ter fim na primavera do ano seguinte. A fisioterapia continuou por mais algum tempo até não ser mais necessária.
A vida aos poucos entrava nos eixos, e se adaptava a nos... e não adaptávamos a ela.
Ele não ouviu o primeiro choro, a primeira febre ou os primeiros dentinhos. Ele não viu os primeiros passos, a primeira palavra, a primeira queda... elas o amavam independe dos anos perdidos, o amor delas o salvara tanto quanto o meu... tê-lo vivo não tornava aqueles pequenos momentos um castigo.
Tudo era aprendizado, tudo nos tornava mais fortes... não era menos doloridos os anos perdidos, eu o perdi mais do que o tive em meus braços... mas entendia as linhas tortas do destino que explicavam aos poucos seus propósitos.
Robin viera para me salvar quando eu nada era. E amor que nos vivemos tinha gosto de Deus. Mas nem com todo o amor que sentia e que vivia consegui salvar meu corpo e minha mente, eu estava melhor, mas não era ainda a mulher que a minha alma merecia... eu precisei perdê-lo para me reconstruir. Eu precisei de outros pequenos motivos para seguir em frente, mas só quando olhei no espelho e arranquei todos aqueles disfarces fui capaz de amar-me por completo... e céus eu era ainda mais bonita do que me lembrava, do que merecia...
–Você acha que vamos finalmente seremos felizes para sempre? -sua voz me trouxe de volta àqueles momento. –Você estava longe... -sorriu.
–Estava pensando na gente, em tudo que nos aconteceu... -seus braços me envolveram e a mesma paz de sempre veio. –Uma vez você me disse que eu lia "para sempre Alice" errado, que Lídia havia ficado, que as pessoas ficam. -fitei o mar. –Eu entendo sabe?! Hoje eu entendo. Porque eu fiquei, porque você ficou. -castanhos nos azuis, tempestade na calmaria.
–Você releu certo então? -sorri o beijando.
–Não... eu resolvi ler outra história, a nossa história. -Robin me puxou para seus braços nos derrubando na areia, deixando meu corpo contra o seu. –Eu vi a tua essência, eu a entendi, eu a amei e por isso eu fiquei. Você viu a minha, a entendeu, a amou e por isso ficou... eu não sei se a vida vai permitir que sejamos felizes para sempre. -selei nossos lábios antes de finalizar. –Mas seremos felizes pelo máximo de tempo que nos for permitido, eu prometo.
–Eu te amo Regina.
–Eu amo você Robin.... eu simplesmente amo você.
—————————————————-
E eeeeeeentão? Essa é a nossa última vez juntos aqui em essence, eu não tenho mais lágrimas, eu chorei em meio ao final feliz, eu sinto meu coração sendo partido... eu dei a vocês meu primeiro amor e estou o finalizando junto com vocês, é um misto de sensações que me corrói kkkk
Espero do fundo do meu coração que vocês tenham gostado.
Eu pensei de verdade em matar o Robin, esse era o plano inicial, eu pensei em matá-lo na hora da batida, eu pensei em prólogo ele ser apenas uma mera ilusão dela... e então escrevendo eu não consegui. Eu o amo tanto que não consegui.
Que tipo de autor é esse que nem consegue matar o próprio personagem? Pelo amor de Deeeeuso. Shushsushsua
Bom a vida continua e com ela uma nova fanfic OQ "A mulher mais linda da cidade" secretamente eu acho a ideia dela ainda melhor que essence, acho que vocês vão se surpreender com a ideia de aprendizado que eu tenho por trás e como isso vira à tona, estou realmente empilhada e quem puder acompanhar espero por vocês nessa nova jornada
Link: https://www.wattpad.com/story/123075738-a-mulher-mais-linda-da-cidade
Ela está disponível também no Spirit.
Bom ficamos por aqui, eu queria muito entrar em grupo OQ no wpp então quem puder e quiser me ajudar nisso ❤️
Meu Twitter: @The1996Lern
Até breve, Vitória ❤️
VOCÊ ESTÁ LENDO
Essence
FanfictionAlgumas coisas simplesmente fogem da nossa compreensão, e o amor com jeito de conto de fadas que tanto sonhamos parece cada vez mais inalcançável aos nossos olhos. Mas, um encontro um tanto quanto inusitado pode mudar vidas. Entre músicas, risadas...