Capítulo 19

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Liam POV

Eu: Posso vê-la? - Pergunto quando eu e o médico chegamos junto de Harry e de Ashley.

Como o médico diz que sim,  respiro fundo e de seguida abro a porta. Quando a vejo, não consigo aguentar sem deixar cair lágrimas nenhumas, ao pensar que a culpa de ela estar assim é toda minha.

Aproximo-me de cama e pego na sua mão. E quando vou falar, a porta do quarto abre-se é rapidamente limpo as minhas lágrimas.

Entram duas enfermeiros e uma enfermeira.

Enfermeiro: Vamos tratar das feridas de Melissa, pretendo ficar senhor?

Assinto e caminho para o fim da cama para os deixar cuidar dela à vontade. Um deles espeta mais uma agulha na pele da Mel para fazer a transfusão, enquanto os outros retiram as ligaduras e as compressas dos braços e pernas.  Em seguida tratam primeiro dos braços e em seguida das pernas.

Não consigo conter novamente as lágrimas ao ver realmente o estado em que ela está, ao ver as suas feridas.

Quando os enfermeiros saiem todos, puxo uma cadeira para junto da cama e sento-me na mesma.  Volto a pegar na sua mão.

Eu: Que foste fazer!? -  Pouso a minha cabeça, fazendo contacto com a sua mão, a qual continuo a agarrar, através da minha testa. -  Desculpa-me por favor! A culpa disto tudo é minha! Não me iria perdoar se algo mais grave te acontecesse. - Dou um beijo na sua mão.

Levanto-me, ponho a cadeira no sítio onde estava e volto a caminhar para junto dela.

Eu: Não me deixes! -  Limpo as lágrimas. - Dou-lhe um beijo na testa. -  Amo-te! -  Sussurro ao seu ouvido. Dou-lhe uma festa no cabelo e de seguida caminho para a porta.

Quando saio do quarto, mal consigo respirar, para assimilar tudo o que acabar de ver, tudo o que se está a passar, porque o Harry começa logo a falar.

Harry: Que raio se passou naquele quarto?

Expliquei-lhe exatamente o que aconteceu, explicando o porquê de ter saído daquela maneira de casa. Sinto-me tão culpado pelo que se passou,  porque na verdade se não tivesse tido aquele meu ataque de ciúmes nada disto tinha acontecido.

É óbvio que confio nela,  se não o fizesse era eu que não queria estar com ela, não a queria magoar.  Mas eu só quero o seu bem.

Eu sei que Amar é uma palavra e um sentimento muito forte, mas eu sei que a amo mesmo e que é com ela que quero ficar.  Isto parece demasiado paneleiro, e talvez o seja, mas é realmente o que eu sinto, e não posso evitar isso. Vou protegê-la. Fazer com que ela vença os seus medos!

Médico: Podem ir para casa, quando ela acordar nós ligamos e além disso a hora de visitas hoje já acabou.

Caminhámos para a saída.

Eu: Harry! -  Chamo-o.

Harry: Hm?

Eu: Posso ficar em vossa casa? Quero saber logo quando houver notícias!

Harry: Podes.

O meu caminho é bastante  monótono. É feito a pensar em tudo isto. Para nem falar do facto de que acho que o Harry está um pouco chateado comigo!

Quando chego a casa deles, oiço barulho no andar de cima e subo. Vejo sangue no Hall. Bato à porta do quarto de Liam.

Harry: Entra! -  Quando abro a porta vejo que ele estava a chorar antes de eu bater, mas agora disfarçava.

Eu: Ei, calma! Olha,  eu sei que podes estar um pouco chateado comigo, e tens toda a razão.  Eu sinto-me culpado por tudo isto. Mas quero que saibas que nunca faria nada para prejudicar a tua irmã. Eu gosto dela, gosto de verdade e quero fazê-la feliz,  quero fazê-la melhorar, só preciso que ela me deixe.

Harry: Eu sei Liam, mas no entanto ela  está no hospital.

Eu: Eu não sei o que lhe passou pela cabeça para voltar a fazê-lo, nem com esta grau de gravidade...

Harry: Tu sabias do que ela fazia?

Eu: Sim! Ela contou-me.

De repente um telemóvel começa a tocar. Vejo o Harry a pegar nele e a sair do quarto, e eu faço o mesmo.

Harry: Ashley! - Chama-a e rapidamente a vejo a sair do quarto da Mel.

Ela vai atender para a sala.

Limpo o chão do Hall e entretanto é hora de jantar. Mal como...

É meia noite e não consigo dormir. Como será que ela está? Espero que acorde rapidamente e que melhore, não aguento vê-la assim!

À minha volta está um silêncio ensurdecedor, mas na minha cabeça está tanto barulho, que parece que estou no meio de um tiroteio.

Por volta das três e meia, acabo finalmente por adormecer, mesmo afogado em pensamentos que me deixam irrequieto a noite inteira.

Flashlight - Book 1Onde histórias criam vida. Descubra agora