Capítulo 43 - Dignidade...

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 * Leia o capítulo ouvindo a música do clipe.

Zac

Eu deveria estar envergonhado pela forma como agi na frente do meu irmão e da minha cunhada, mas simplesmente não conseguia. Diana havia sugerido irmos para a piscina para que eu não causasse mais tumulto. Como ela consegue ser tão fria? Ela achou que minhas lágrimas eram falsas? Que eu estava bêbado ou algo do gênero? Não! Eu não estava. Quando cheguei em casa e vi que ela já não estava mais, doeu para caralho porque o seu cheiro havia ficado. Ela não tinha a mínima noção do quanto a sua marca estava por todo o canto da casa gigante? Eu bebi. Bebi mesmo! Tentei amenizar o vazio que eu sentia, mas depois de 3 doses cheguei à conclusão de que não me levaria de volta para ela, então eu parei. A expressão de pena que Taylor e Sofia direcionavam para mim, me enfraquecia e só serviu para me deixar mais perdido, mais vulnerável. 

Ela estava na minha frente, iluminada apenas pela claridade da lua e estava linda! Ela É linda! Mesmo com as lágrimas molhando seu rosto e com a tristeza implícita no olhar. Caramba, se ela apenas soubesse o quanto eu sou louco por ela, jamais teria me julgado da forma como julgou. Tudo bem, eu não a culpo. Se estivesse em seu lugar, teria voado no pescoço da piranha da Dora. Mas, pelo amor de Deus! Eu não traio! Não traí Kate nem quando não a amava mais, que dirá a Diana por quem eu sou completa e redondamente apaixonado. Só de estar perto dela, fico satisfeito e me sinto pleno. 

Mesmo querendo explicar tudo com calma, a única coisa que eu pensava era em toca-la. Sentir sua pele na minha, a maciez que eu me acostumei, sentir seu cheiro e tocar meus lábios nos seus. Ah porra! Eu queria muito isso, mas finalmente ela permitiu que eu me aproximasse. Ela ia me ouvir. O problema era que eu não sabia como começar e também a voz estava embargada já que o choro não me deixava falar. 

- Zac... - Ela limpou o canto do olho direito e vi a pulseira que eu havia lhe dado. Ela não tinha tirado e apesar de ser um fato bobo, aquilo me trouxe esperança. Tudo ficaria bem, não é mesmo?

Limpei minha garganta e o rosto antes de finalmente ter coragem de dizer algo. 

- Amor... - Disse e ela fez uma expressão de dor, fechando os olhos ao ouvir. - Desculpa! Desculpa. - Peguei sua mão direita e ela abriu os olhos novamente. Pensei que ela fosse a puxar, por isso segurei com mais força para que ela não tivesse oportunidade. - Diana! - Recomecei dessa vez mais confiante. - Escuta uma coisa. Eu preciso que você escute tudo o que eu tenho para dizer e depois você fala, está bem?

Ela me olhou durante algum tempo antes de concordar com a cabeça. 

- Quando eu te vi a primeira vez em Cancún, fiquei encantado com você. Meu casamento com a Kate já estava declinando há tempos. Pensei em você no avião voltando para casa e também quando Ike, que sentado do meu lado, mostrou uma foto da Livia, onde você aparecia. Alguma coisa em mim aqueceu quando soube que você era amiga da menina por quem ele estava tão interessado. O tempo foi passando e aquela chama que mantia você dentro de mim nunca apagou. Quando a Sofia e Livia vieram para Tulsa, eu sabia que era algum sinal. Sabia que em algum momento nos encontraríamos. Foi então que nos falamos no telefone e eu te convidei para vir para cá. Baby, quando eu soube que você viria, eu aproveitei a fase ruim que estava meu casamento e terminei tudo. - Dessa vez, Diana estava tão entretida com o que eu disse que não se manifestou ao ouvir o apelido carinhoso. - Eu sabia que não iria resistir e teria você nos meu braços. Eu sabia que queria você desde a primeira vez que te vi. - Respirei fundo me sentindo mais confiante. Algo me dizia internamente de que eu seria capaz de provar o quanto aquilo tinha sido um mau entendido. - Diana, quando você passou pela porta da varanda do Taylor, aquela ali atrás e me olhou, eu queria arrancar a sua roupa e te fazer minha. Era carnal, eu admito, foi assim durante os primeiros momentos ao seu lado. Mas logo depois quando reparei sua forma de agir, a forma como você prende seu cabelo... porra! A forma como você se espreguiça, ou leva o garfo na boca, eu determinei que queria você para mim. Você era minha e eu determinei  como minha missão te fazer feliz. 

Quando me descobriOnde histórias criam vida. Descubra agora