Diana
Eu dirigi não sei por quanto tempo. Talvez se eu não parasse de chorar logo, fosse desidratar. Ele não podia ter feito isso comigo. Nunca! Eu acreditei nele! Droga! Como eu acreditei nele!
Simplesmente as lágrimas não cessam e eu sei que devo encostar o carro em algum canto até a minha visão focar novamente, mas não consigo. A sensação de derrota não permite que eu saia da posição que eu estou. Dói! Dói muito! Como eu não percebi a aproximação dos dois? Quão envolvida com a loja eu estava que não vi isso acontecer? Desde a abertura? Vi os dois rindo juntos mas eles estavam cercados das minha amigas e dos irmãos. Nem pensei em maldar.
Não lembro de ter sofrido tanto antes. Parece drama para quem não sabe a minha história com o Zac, mas não é. Ninguém sabe o quanto eu me apaixonei, o quanto eu aprendi a ser uma mulher ao lado dele porque jamais eu quis decepciona-lo, quis ser a mulher que ele precisava, forte, descontraída, amorosa e quente. Porra! Eu larguei tudo para trás! Minha vida no Brasil, minha mãe, meu tio Beto... o Bruno.
Vi a placa indicando o lago onde ele me trouxe uma vez para fugirmos de tudo. Já passei por aqui algumas vezes e sempre me prometia que da próxima eu pararia. Encostei o carro e como estava vazio, desci. Se quer me dei o trabalho de olhar no retrovisor, mas sei que minha maquiagem está toda borrada. Eu não ligo. Não ligo para nada. Ele me traiu! O Zac me traiu.
Sentei na mesa de madeira e pus meus pés no banco. O sol está lindo se pondo, porém só serviu para me trazer mais nostalgia. Eu não quero ouvir a voz dele porque sei o rombo que vai fazer dentro de mim, não quero vê-lo porque isso também não vai me ajudar. Eu só queria saber o motivo dele não ter se afastado de mim quando se interessou por outra pessoa.
- Você disse hoje que me amava, Zac. Como foi capaz de fazer isso? - Pareço uma lunática falando sozinha mas não estou em mim e isso é um puta de um argumento para minha atual insanidade.
A cena dele com a boca grudada na dela não pára de aparecer na minha frente. Acho que sou masoquista porque cada vez que surge a imagem, eu foco mais nele. As mãos grandes que me tocam, digo, tocavam com carinho e desejo, estavam nos ombros dela. Será que ela estava a puxando para mais perto? Ele quem a despiu? Foi como ele costumava fazer comigo? Deus! Ele é como os outros! Mais uma vez me enganei feio. O que eu queria? É o Zac Hanson! Mais da metade das mulheres desse mundo querem ele. Eu não sou especial, nunca fui. Não! Eu sou é uma imbecil iludida que me deixei levar. Estou longe de ser alguém diferente. Se quer tenho forças para impedir as lágrimas que dirá ser alguém diferente o suficiente para amarrar o Zac.
E a piranha da Dora? Lobo em pele de cordeiro. Eu jurava que ela poderia se tornar uma amiga. Era tão competente! Eu avisei que estava chegando e que não me atrasaria. Pedi para ela dar o recado para ele. O celular do Zac só dava desligado por isso liguei para a loja!
Droga! A loja! Liguei para lá porque alguém precisava fecha-la e eu não poderia fazer isso, não hoje. Não sei como vou fazer para pisar naquela sala de novo sem chorar o mundo, lá era o meu lugar sagrado, o lugar onde alcancei o meu sonho e agora nada mais é do que o lugar que presenciei o meu coração sendo arrancado. Por sorte a Jenny vai ficar e fechar para mim. O clima não está bom por lá, pude notar em sua voz mas ser discreta é uma das minhas qualidades. Não tenho a menor capacidade de absorver mais um problema.
Olhei meu celular chamar do meu lado imaginando ser ele mais uma vez, mas dessa vez era a Sofia. Não quero falar com ela, mas ela não tem nada com isso, não é? Respirei fundo antes de atender.
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Quando me descobri
FanfictionZac e Diana Ela apareceu quando ele precisava! Ele foi uma surpresa deliciosa para ela! O destino os uniu mas quem ditou as regras quando isso aonteceu, foi o desejo.