Quando me descobri

Capítulo 14 - Um par de meias rosa...

ZAC POV

Ela tinha dito que me amava também e eu acreditei pois era exatamente o que eu via em seu olhar. Diana tinha voltado a ser cristalina para mim e eu já a lia com muita facilidade. 

Quando eu sai de carro, não sabia para onde e o que eu queria fazer então só dirigi. Dirigi por muito, muito tempo pensando no quanto essa mulher tinha me mudado. Eu não suportava ciúmes por ter um histórico longo e até confesso ter agido como um hipócrita quando confundi as mensagens entre ela e o tal do Bruno, que depois eu vim saber que era quase um irmão para ela. 

Eu nada mais tinha feito além de agrada-la. A pedi em namoro e disse que eu estava apaixonado por ela e mesmo assim Diana não confiava em mim e eu não sabia o que fazer mais para provar o quanto ela era importante para mim. 

Eu a queria na minha vida mas deveria ter a deixado ir sem ter me comprometido e ver como as coisas seriam dali para frente com a distância entre nós. Para mim não seria uma coisa difícil já que fico bastante tempo longe da minha família quando entro em turnê, não seria nada de que eu não estivesse acostumado mas para ela seria, mas eu estaria dando apoio de longe se ela demostrasse que era isso que queria e aí sim, assumiria um relacionamento com ela. Acho que me antecipei em criar rótulos sem saber se ela seria capaz de lidar com tudo e agora eu não sei como fazer para voltar atrás, talvez pelo fato de não querer mas claramente era o mais correto. Band Aid, lembra? 

Ela ia embora no domingo e eu poderia aproveitar esses dias com ela e terminar na hora de que ela estivesse indo embora, mas isso seria muito cruel e ela se sentiria usada, definitivamente essa não é minha intenção. Eu gosto da Diana, gosto de verdade e queria muito que isso desse certo entre nós. 

Deus! Tinha tanto tempo que eu não dava gargalhadas como ela me faz dar, o sexo é inigualável com a minha outra experiência e tudo nela me agradava, com exceção do ciúme, é claro. No Hop Jam ela estava tão diferente, feliz e orgulhosa com a forma como eu tratava as fãs e agora ela tem ciúmes da Kate. PORRA!! Da Kate? Nem se ela fosse a última mulher do mundo, eu voltaria para ela  e eu sei que é feio o que vou dizer mas tomei asco literalmente de Kate, uma repulsa moral e física sem tamanho, mesmo sendo mãe dos meus filhos. 

Eu já estava no limite de Tulsa quando reparei que estava mais calmo, apenas mais pensativo sobre como eu faria para conversar com ela e reverter o nosso namoro sem que nós dois saíssemos machucados embora eu soubesse que era impossível, uma vez que só de imaginar a conversa, dói para caralho. Realmente falar isso tudo olhando em seus olhos quando tudo que eu mais vou querer vai ser a beijar e a colocar no meu colo, protegendo-a, vai ser foda de difícil mas é o que deve ser feito.

 O mais irônico disso tudo é que normalmente sou quem faz merda e a faço chorar, agora estou aqui, dirigindo acima da velocidade e chorando como um maricas. Eu não quero ficar longe e não me sinto pronto para isso, Diana trouxe luz e paz para minha vida, já era difícil saber que ela iria embora mas de alguma forma eu saberia que ela era minha e isso era o suficiente, agora ela vai e qualquer um poderá a tocar se ela permitir. Meu Deus, eu não sabia que doia tanto pensar nisso.

" Porra, Zac se controla! Parece até que ama essa mulher"   Olhe a estrada mas foi aí, exatamente aí quando me dava uma bronca que percebi que eu a amava. Era irracional, eu sei, mas ao mesmo tempo, era sincero. Eu amava Diana. 

Não sei se fiquei feliz ou extremamente irritado ao constatar isso, pois o soco que eu dei no volante me deixou confuso. Eu estava há minutos atrás falando em terminar com ela e agora percebo que eu a amo. Será que ela me amava? Como que eu ia terminar com ela sabendo agora que os meus sentimentos são tão mais porfundos do que eu tinha conhecimento? Tentei imaginar seus últimos dias em Tulsa sem eu poder a tocar e fechei meus olhos rapidamente pois a pressão que senti foi algo equivalente a uma facada no estômago. Quando olhei a estrada de novo, percebi que eu não tinha muitas opções a não ser lutar por ela ou pelo menos esperar que ela lutasse por mim... por nós.