Capítulo 2

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Paola Nunes

Passei meu final de semana inteiro em casa. Quando não estava vendo um filme estava colocando as papeladas em ordem. Também era dia de dar um jeito na casa, já que a faxineira só vinha três vezes na semana.

Comecei a semana indo para a academia. Eu não abria mão de fazer meus exercícios diários ainda mais que depois de um tempo a idade vem  chegando e eu precisava estar com meu corpo em dia.

Depois de um treino intenso, tomei uma ducha e fui direto para o  meu carro.

— Bom dia Luciana. — cumprimentei assim que entrei no escritório.

— Bom dia Paola.

Passei na sala de Carlos para cumprimentá-lo e logo segui para a minha pois tinha muitas coisas para resolver. Minha cliente ficou de passar aqui para trazer alguns documentos e entrar com o processo de divórcio e guarda dos dois filhos. Enquanto ela não chegava eu terminava de fazer uns ajustes nos papéis que eu precisava.

Ainda saí para almoçar numa pensão super aconchegante aqui perto e voltei ao trabalho, mas antes mesmo de chegar a minha sala, minha cliente Priscila ligou para o meu celular avisando que não poderia comparecer. Fiquei um tanto irritada pois odiava a falta de compromisso por parte de algumas pessoas.

Como eu só precisaria atendê-la, resolvi tirar o resto da tarde para passar na concessionária e buscar meu novo carro. Estava com um emprestado e por isso, passei em casa para deixar algumas coisas que eu guardava dentro do carro.

***

Saí muito empolgada com o meu novo hilux sw4. Parecia uma criança que tinha ganhado um brinquedo novo.
Só não aproveitei para sair pois a semana só estava começando, por isso, decidi voltar para casa.

Bruno Garcia

Pensei que teria o final de semana para buscar meu filho e levá-lo para a minha casa mas os planos mudaram e eu acabei ficando agarrado na delegacia por conta de uns vagabundos foragidos. Ele ligou para o meu celular todo empolgado pois passaria dois dias na minha casa e ficou todo sentido quando eu liguei desmarcando tudo. Confesso que tentei resolver tudo mas nunca é fácil e rápido. Fiz a promessa ao meu garotão de que o levaria para tomar sorvete assim que saísse da escola e que ligaria para combinar. Aquele moleque é a minha razão, não conseguiria viver sem ele.

Liguei para a mãe dele avisando que o  buscaria na escola e também deixaria em casa assim que fizéssemos o nosso passeio. Saí da delegacia mais cedo e busquei Miguel na escola.

— Papai! — Miguel gritou assim que saiu da escola.

— Eai garoto! — segurei-o no colo.

— Estava com saudades. Vai ficar comigo hoje? — perguntou todo empolgado.

— Claro que sim moleque. O que quer fazer?

— Vamos na praia? — Miguel pulava e gritava.

— Nem pensar. Hoje não é dia de ir para a praia. No final de semana eu prometo que irei levar você. — ele fez cara de piedade como sempre fazia quando queria algo mas só com o meu olhar ele desistiu.

— Então podemos só tomar um sorvete na praia?

— Sim! Vamos lá para a sua cadeirinha.

— Papai, mamãe diz que eu já sou um homem, então eu não posso ir na cadeirinha. — Miguel odiava a cadeira que servia para a idade dele mas eu nunca gostei de deixá-lo ir na frente como ele sempre pedia. Era muito raro quando isso acontecia.

— Sim, você já é um homem mas não o suficiente para ir aqui meu filho. Sabe que sua mãe não gosta e nem eu!

— Ah papai, por favor !

Bruno - Série Condenados ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora