Capítulo 18

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Lucas

Estava impressionado em como Paola estava linda e radiante em algumas das fotografias que havia recebido. Momentos que passamos juntos vieram em minha mente, sua responsabilidade, sua independência... eu amava aquela mulher.

Eu era um moleque, infantil, um completo babaca que não ligava para nada e ninguém. Havia jogado fora uma vida ao lado da minha mulher mas isso seria temporário, eu teria Paola novamente e faria o que fosse necessário.

Paola

Estava sem sono. Meus pensamentos pairavam em tantos assuntos... trabalho, meus pais, sentimentos.

Minha vida estava uma completa loucura com coisas acontecendo ultimamente. Não imaginava me envolver com alguém nessa fase da minha vida e agora eu estava aqui, deitada com Bruno.

Eu sabia que era bem mais do que isso tudo o que estávamos passando. Era muito mais que umas noites, muito mais que umas fodas e eu estava com medo do que poderia ser daqui para frente.

Desvencilhei-me de Bruno e ele se mexeu mas não acordou. Coloquei um hobby e fui até a cozinha preparar um café. Depois de pronto fui para a varanda da sala de estar. O tempo estava fresco e ventava bastante, o café esquentava meu corpo dando-me uma boa sensação.

Meu coração estava disparado, meu estômago embrulhado e minha cabeça dando voltas e mais voltas.
Eu não queria admitir o que estava sentindo, não podia fazer isso pois ainda não estava preparada.

Senti meu rosto sendo inundado por lágrimas, tentei me controlar mas estava sensível demais para me segurar. Eu estava precisando de colo, queria desabafar e a única maneira no momento era chorar.

Bruno

Acordei pela madrugada e senti falta do calor do corpo de Paola. Procurei por todo seu apartamento até encontrá-la deitada no sofá da sala. Estava encolhida e abraçada ao seu corpo pois sentia frio, com isso, deitei ao seu lado puxando-a para o meu peito.

Não conseguia raciocinar quando estava perto dela. Era assustador o que Paola me fazia sentir de tão intenso que era. Sentia que meu dever era protegê-la, a possessividade reinava quando o assunto era ela. Amava ficar por perto e isso era muito mais do que uma transa. Eu estava apaixonado por Paola e era um caminho que não tinha mais volta.

Levei-a para cama antes de me vestir e ir para casa. Eu precisava de um tempo para pensar em tudo o que estava acontecendo, além disso, teria que descansar um pouco antes de buscar Miguel para mais um dia.

                          ***

— Bom Dia Flávia, Miguel já está pronto?

— Quem é Paola, Bruno? — Flávia cruzou os braços, aguardando uma resposta.

— Não sei se você lembra, mas estamos separados e isso significa que eu não devo satisfações para você.

— Eu quero conversar com você, não estou gostando...

— Você não precisa gostar de nada. Cuide da sua vida e deixe-me em paz.

— Miguel, seu pai chegou! — não demorou muito para meu filho aparecer pelo corredor da sala.

— Olá garotão!

— Vamos logo papai.

— Mas o que é isso? Não vai me dar um beijo meu filho?

— Tchau mamãe. — Miguel abraçou sua mãe e logo depois seguiu-me até o carro.

Ao chegar no carro, meu filho olhou-me com uma expressão de curiosidade mas não disse nada. Coloquei-o na cadeira e parti com o carro.

Bruno - Série Condenados ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora