Paola Nunes
Tenho um cliente marcado essa manhã em meu escritório. Não sou uma profissional de pegar qualquer problema e muito menos de perder uma causa.
No momento do julgamento, sou apenas a doutora Paola, nada envolvendo minha vida pessoal.Não quero ser prepotente mas sou uma das mais procuradas no Rio de Janeiro. E não é para menos, hoje em dia o casamento não é levado a sério e por isso existem muitos divórcios. Acho que para se unir a alguém, a confiança e o amor são mais importantes.
A maior parte dos meus clientes são mulheres, que constantemente são "ameaçadas" pelos homens que insistem em não dar a pensão alimentícia ou até mesmo a compartilhar os bens como combinado na hora do casamento.
Não trabalho sozinha, tenho como sócio o doutor Carlos. Ele é advogado criminalista e o conheci na faculdade e desde então viramos amigos e hoje somos sócios.
Carlos era um homem muito bonito, além de simpático e carinhoso, todavia, era mulherengo. Confesso que já dormimos algumas vezes, mas nada que comprometesse o nosso relacionamento e sociedade.
Com um vestido preto e na altura dos joelhos, um salto divino bege, e meus fios presos num rabo de cavalo eu fui para o escritório.
— Bom dia Luciana! — cumprimentei a secretária.
— Bom dia Paola. — falou — O doutor Carlos está esperando-a e a sua cliente ligou e disse que chegaria um pouco atrasada.
— Tudo bem, obrigada! — agradeci e fui para a sala do Carlos.
— Entre... — disse ele.
— Bom dia, Carlos. — falei sentando-me na cadeira.
— Bom dia, gracinha. — Carlos e suas brincadeiras.
— Queria falar comigo?
— Lembra que eu comentei com você sobre a comemoração do meu aniversário? — perguntou e eu assenti — Já sei o que irei fazer e quero você lá!
— Sem dúvidas meu amigo! O que irá fazer? — perguntei interessada.
— Tive algumas dúvidas mas decidi fazer algo em minha cobertura nova... um churrasco, alguns petiscos, bebidas, o que acha?
— Acho uma boa, pode acreditar... já estou lá. - fiquei ainda mais animada — Posso levar algo?
— Minha linda, apenas a sua presença já está ótimo! — Carlos falou com um fio de carinho e confesso que algumas vezes eu tinha medo dos sentimentos dele.
— Bom, eu preciso ir. — avisei.
Ele levantou para me acompanhar até a porta e antes que eu saísse, ele me puxou para selar nossos lábios.
Meu dia foi resumido em estresse. O caso era bem complicado. Minha cliente era casada com um filho da mãe que queria tomar tudo o que ela tinha e ainda não pagava a pensão alimentícia das três crianças há mais de um ano. Depois de me dizer tudo, eu tive a impressão de que ganharia esse caso, assim como os últimos que defendi.
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Bruno - Série Condenados ao amor
RomansaPrimeiro livro da série: Condenados ao amor. Bruno Garcia, com seus 34 anos é um renomado delegado que parece ser uma pessoa completamente diferentes em situações diversas. No trabalho, Bruno é focado e responsável, por esse motivo, é muito bem suce...