Bruno - Série Condenados ao amor

Capítulo 27

Amorecos,

Antes de entregar o capítulo para vocês só quero esclarecer umas dúvidas sobre o episódio passado. 

Paola ficou praticamente com toda a carga do que aconteceu. Lucas e sua família são pessoas muito influentes e é claro que a última coisa que seus pais queriam era ver o próprio filho tendo que pagar na justiça pelos atos cometidos. Por isso, o pai de Lucas subornou alguns médicos e policiais e meio que o caso foi deixado de lado. Paola sofreu agressões e ficou com hematomas sim...bom, acho que isso vai da imaginação de vocês também kkkk mas para ela seria inútil denunciar o ex, já que ele havia saído do país. Fora que ela tinha muito medo também, mesmo sendo advogada e sabendo de tudo que envolve o meio jurídico, na prática, sempre há muito medo da vítima não é mesmo?! No caso dela, medo de ser colocada como louca diante de tudo o que aconteceu. Teria que bater de frente com pessoas que, querendo ou não, tinham um certo  poder e influência.

É só isso mesmo. Se tiverem dúvidas, só deixar nos comentários.

Bjinnn e bora para o capítulo.... 

Bruno

Já passei por diversos problemas dentro daquela delegacia. Cada caso que aparece a todo momento naquela DP deixa-nos muito exasperados com a falta de amor e carinho ao próximo. Mas sabe de uma coisa? Nada supera quando tais adversidades acontecem com pessoas próximas a nós. Pensamos que nunca iremos passar por coisas assim, até que aconteça ao contrário.

Estava sem palavras com a situação toda. Não sabia o que falar ou como reagir. Sentia meus punhos serrados e desejando socar a primeira coisa que aparecesse na minha frente, mas ao mesmo tempo, queria deixar a raiva de lado e cuidar da minha garota. Ela não merecia aquilo!!

Sabia que eu não poderia fazer nada para aliviar a sua dor, mas de uma coisa eu sabia... esse Lucas pagaria por tudo que fez com a minha menina.

  — Eu irei cuidar sempre de você. — continuei. — Você não está sozinha, Paola. Está rodeada de pessoas que te amam. Seus pais, seus amigos, Miguel ama você como se fosse uma segunda mãe. Nós seremos uma família, meu amor!

  — Não, Bruno! Não seremos uma família nunca... — passou suas pequenas mãos sobre os cabelos. —  Eu não posso ter mais filhos.

Meu mundo desabou naquele momento. Não queria acreditar que a pessoa que eu mais amava, levaria essa culpa pelo resto da vida. Culpa por algo que não fez. Doeu em mim saber que eu não poderia esperar uma criança dela. Doeu muito lembrar que todos os meus sonhos em construir uma vida ao lado de Paola seriam afetados por aquele filho da puta.

— Depois da infecção que eu tive depois de perder meus filhos, minha tuba uterina se obstruiu. Eu sou infértil! E não poderei te dar mais filhos. — Paola levantou num impulso. Só queria tê-la perto de mim e poder cuidar da minha menina, mas a cada passo meu, ainda mais ela se afastava de mim. — Nem sei se posso dar o que você precisa. Sou uma mulher vazia e oca.

  — Não diga uma coisa dessas, Paola. Sou feliz assim!

— E depois? O que vai ser? — Paola pegou suas roupas e se vestiu rapidamente. — Quando Miguel pedir um irmão e eu não puder dar. Quero não ter que passar por isso. Desculpe... Eu preciso de um tempo. 

—  Por favor...fique aqui. —  Pedi milhares de vezes para que ela ficasse mas só queria ficar sozinha e bem longe de mim.