Capítulo 17

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— Diga que carinha é essa? — Bruno insistiu.

— Você é curioso demais, Bruno.

— Miguel fica muito empolgado quando sai de casa, gosto de ver que ele se distrai quando está comigo sabe...

— Crianças brincam em qualquer lugar.

— Eu sei mas nunca acho suficiente, já me sinto longe de Miguel durante toda a semana e quero sempre recompensá-lo.

— Eu tenho certeza de que ele ama estar com você e não se importa com isso.

— Você fala como se vivesse tudo isso.— Bruno puxou-me de encontro ao peito dele.

— Tem coisas que a gente simplesmente sabe.

                               ***

Ficamos mais um tempo antes de Bruno chamar Miguel para ir embora. Ele não gostou muito pois havia feito amigos novos mas logo obedeceu e foi tirar toda a areia antes de entrar no carro.

Bruno parou num condomínio próximo ao meu bairro. Miguel estava dormindo, por isso, pegou-o no colo e disse que já voltaria.

— Desculpe a demora, Flávia tira minha paciência.

— Flávia... esse é o nome dela? — perguntei curiosa.

— Ciúmes boneca? — Bruno acariciou meu rosto e eu desviei meu rosto.

— Ciúmes? Ficou louco?

— Não é o que parece sabia?

— Ora Bruno, me deixa na minha casa!

— Paola, o que houve?

— Ouviu o que eu disse?

— Paola, não estou entendendo você. —  na verdade nem eu estava entendendo o que estava acontecendo comigo. Provavelmente uma boa TPM chegando.

— Não estou me sentindo muito bem, é só isso.

Bruno parou o carro na garagem do meu condomínio e insistiu para me levar até a porta.

— Obrigada pela companhia e já pode descer.

— Só acho que você precisa de uma boa massagem para relaxar. — Bruno aproximou-se de mim e tocou meus ombros, fazendo-me relaxar instantaneamente.

Como não estava muito bem, Bruno insistiu em tomar banho comigo e logo depois procurou um remédio e fez questão de levar até o meu quarto.

— Eu vou fazer algo para a gente comer, se precisar de alguma coisa é só chamar OK?

— Uhum. — coloquei uma bolsa quente para tentar aliviar a dor enquanto assistia qualquer coisa na TV.

Bruno

Era impressionante como as mulheres mudavam de uma hora para outra. Paola estava tão bem num momento e logo depois já era outra pessoa.

Tomamos um banho juntos e coloquei-a deitada e medicada enquanto ia fazer algo para comermos.

Coloquei o espaguete para cozinhar enquanto preparava o molho com queijo. Fiz um suco natural de laranja e  coloquei tudo sobre uma bandeja.

Paola estava dormindo mas ainda sim acordei para que pudesse se alimentar.

— Só acho que você poderia passar as noites aqui sabia?

— Não está mais estressada?

— Não sei, depende da massagem que eu receber depois de comer.

— Abusada!

— Você gosta.

— Claro bonequinha!

Depois de alimentá-la, puxei-a para perto de mim e comecei a acariciar seu corpo.

— Bruno...

— Fica pertinho de mim, você não quer uma massagem?

— Uhum. Eu adoro suas mãos em meu corpo, você sabe disso não é? — Paola sussurou.

— Ah Paola...

A vontade falou mais alto e fizemos amor gostoso.

— Amo seu cheiro, essa sua carinha depois que você se entrega a mim. — distribui beijos ao longo do seu corpo — Não consigo olhar você e não tocar, não beijar...

— Bruno com romantismo? Que surpresa é essa? — Paola brincou.

— Ah claro, aproveite o momento pois eu não sou disso.

— Ah, eu sei delegado. Agora fique quieto e vem dormir agarradinho comigo, vem!

A cada dia que passava eu estava mais entregue a Paola e isso me assustava mas ao mesmo tempo gostava de sentir isso. Nunca havia passado por isso antes e era algo novo, um sentimento que eu queria conhecer.


Bruno - Série Condenados ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora