Paola
— Lucas, o que você está fazendo aqui? — Não podia ser! Não mesmo.
Lucas era um homem de tirar o fôlego e que sempre tirou a atenção de todos que passavam ao seu lado. O conheci quando tinha por volta dos meus dezessete anos. Passei no vestibular e precisei sair da minha cidade para estudar na capital. Meus pais estavam muito apreensivos e não apoiavam a ideia de ter a única filha tão longe.
Dona Luiza e Seu Glauco só permitiram que eu saísse de casa pois Lucas seria quase um responsável pra mim. Ele tinha seus 21 anos de idade, cursava Engenharia Civil e veio de uma família com ótimas condições financeiras. Quando comecei a namorá-lo, foi quase como uma jogada de sorte. Não que meus pais fossem interesseiros. Longe disso. Mas na cabeça deles, eu seria cuidada por alguém responsável e que tinha condições disso.
Depois de uns meses de namoro, acabei indo morar com Lucas. Foi uma forma de ser um pouco mais independente e também realizar o meu sonho... um casamento. Obviamente não casaria com meus dezessete anos, todavia, morar com o meu namorado era um passo para o contrato.
Estava começando a faculdade dos meus sonhos, namorava o homem mais desejado da cidade e achava que só tinha olhos pra mim. Acreditava estar numa vida perfeita. Tinha em mente terminar meus estudos e casar oficialmente.
Passei longos nove anos da minha vida com o Lucas. Namoramos por sete e ficamos noivos por dois. Ele sempre foi um namorado meio distante, mas eu acreditava que era a forma de expressar o seu sentimento, já que sempre me respeitou.
Quando me formei na faculdade aos vinte e dois anos, começamos a planejar um possível casamento mas sempre deixando como última prioridade. Nós praticamente vivíamos uma vida de casados não é mesmo?! Morávamos juntos desde que saí da casa dos meus pais.
Nosso casamento já estava marcado, todas as despesas pagas quando Lucas fez tudo aquilo...
É um assunto que dói até hoje. Por conta disso, não tenho mais relação mãe e filha. Um dia irei criar coragem e contar tudo o que aconteceu para os meus pais, talvez só assim minha mãe veja que eu não tive culpa do que aconteceu.
— Paola, que saudade. — ele abraçou-me muito forte e não tive forças para empurrá-lo.
— Tire essas mãos de mim, agora!
— Vamos conversar... — não permiti que terminasse e já retruquei.
— Não tenho nada para conversar com você. — continuei. — A única coisa que eu quero é que você vá embora Lucas, por favor! Deixe-me em paz.
Não suportei tudo o que estava acontecendo no momento e não consegui segurar as minhas lágrimas. Lembrar tudo o que eu passei com ele, o medo que eu tinha...
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Bruno - Série Condenados ao amor
RomancePrimeiro livro da série: Condenados ao amor. Bruno Garcia, com seus 34 anos é um renomado delegado que parece ser uma pessoa completamente diferentes em situações diversas. No trabalho, Bruno é focado e responsável, por esse motivo, é muito bem suce...