Paola Nunes
Estava com um ódio mortal daquele idiota, só faltava cuspir fogo. Como isso acontece comigo? Acabo de sair com o meu carro novíssimo e acontece uma tragédia dessas.
Justificando, a culpa não foi minha e sim daquele doido, que saiu da pista de cima e nem se quer olhou onde estava entrando. Agora lá estava eu... sentada ao lado de um deus grego de tão bonito que era.
Eu seria muito sortuda se tivesse conhecido aquele cara em outro momento. Conheço um bom partido de longe, sabia que poderia passar umas noites bem divertidas com ele, mas agora, depois daquilo ? Nunca!
— Você não precisa ficar com raiva de mim. — ele ainda insistia em falar comigo, chegou até a tentar uma conciliação e perguntou meu nome.
— Não preciso mesmo mas estou com muita raiva, estou cansada, estou com sono, com fome! — estava inclusive de tpm.
— Então eu vou ali e já volto. — o deus grego saiu do carro e deixou-me sozinha. Ele não foi muito longe, apenas atravessou a rua e parou numa padaria próxima e logo já caminhava de volta. — Você disse que estava com fome... não sei se gosta mas trouxe um misto e esse suco.
Bom, pelo menos ele havia comprado algo para comer, já havia ganhado um pontinho comigo.
— Não vai comer? — perguntei oferecendo um pedaço depois de morder.
— Obrigado. — ele se reencostou no banco e fechou os olhos. Por um momento me arrependi de ter sido grossa nesses últimos minutos já que ele já havia se tranquilizado.
Fiquei com aquilo martelando na minha cabeça mas logo tratei de mandar embora aqueles pensamentos. Eu não pediria desculpas, ele estava errado.
Fiz o mesmo que ele. O meu cansaço combinado as músicas que tocavam na rádio acabei cochilando e só acordei quando ele resolveu chamar.
— O guincho do carro chegou. Vamos?
— Graças a Deus! — continuei — Claro que sim, só irei buscar a minha bolsa.
Antes de colocar o carro para cima, peguei minha bolsa e voltei para o veículo do deus grego.
— O que foi? — perguntei, já que ele olhava-me fixamente.
— Eu não posso dirigir sem as chaves.
— Ah, é claro! — busquei as chaves dentro da minha blusa e entreguei a ele, que logo logo começou a seguir o guincho.
— Ele demorou por conta de um acidente na estrada, agora podemos ir tranquilos.
— Espero que não demore muito!
— Não vai.
Decidi voltar ao meu cochilo do que ficar batendo papo com o louco que acabou com o meu carro. Mexi na posição do banco para ficar mais confortável e ele começou a reclamar dizendo que eu era muito abusada mas não dei confiança.
Não demorou muito e já estávamos no mecânico. Coloquei meus sapatos novamente para sair do carro e escutar o que o tal cara tinha para dizer.
Fui direto ao ponto e o senhor que tinha o nome de Paulinho foi dar uma olhada em meu veículo.
— Bom, eu preciso de alguns dias para fazer essas reparações.
— Dias? — porra, como eu ficaria sem carro alguns dias?
— Isso, eu vou precisar trocar algumas coisas, pequenas reparações mesmo, mas eu preciso de três a sete dias.
Bom, o que eu poderia fazer né. Era o jeito. Ele anotou os meus números para entrar em contato comigo assim que ficasse pronto.
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Bruno - Série Condenados ao amor
RomansaPrimeiro livro da série: Condenados ao amor. Bruno Garcia, com seus 34 anos é um renomado delegado que parece ser uma pessoa completamente diferentes em situações diversas. No trabalho, Bruno é focado e responsável, por esse motivo, é muito bem suce...